29 de nov. de 2010

ANJOS QUE AMAM

E depois das ondas de bruxos e vampiresca lideradas por HARRY POTTER e pela saga CREPÚSCULO, respectivamente, agora é a vez dos ANJOS roubarem os corações e nos levarem ao sonho dos amores impossíveis!
Eu mesma fui relutante ao ler SUSSURRO, da Intrínseca, porque achava que seria uma cópia barata de Crepúsculo. A essência é a mesma, mas demorou apenas alguns capítulos para que o PATCH se tornasse o meu novo EDWARD. Bom? Mau? Misterioso. É isso que prende. É isso que atiça. É isso que encanta. É isso que apaixona.

Ontem mesmo me rendi aos encantos de HALO, da Agir. E nem bem comecei a ler o livro, já não consigo mais parar. Os anjos me consquistaram com a mesma intensidade que os vampiros e os bruxos já tinham feito.

Talvez meu ex-chefe tenha razão: sou uma eterna romântica, adoradora dos amores impossíveis... Mas para mim é isso: não importa a viabilidade do amor se concretizar, desde que seja verdadeiro e intenso. É disso que o mundo precisa e é por isso que o sucesso dessas obras é enorme: as pessoas (eu, você e todos nós) se agarram naquilo que não se vê mais hoje em dia.

Eu já fiz um POST aqui, sobre já ser adulta e ainda esperar o meu Edward. Mas o que vale aqui não é o personagem em si, mas tudo que ele representa: o heroi que o mundo não tem, o amor verdadeiro que falta na humanidade.

Os anjos são a nova moda dos livros chamados Young Adults. Mas esses modismos todos deixam clara a maior deficiência entre nós: o vazio de sentimento que é preenchido por esses amores impossíveis. O mais impressionante é que Shakespeare já havia cantado essa bola, com Romeu & Julieta, mesmo que o amor fosse entre um casal humano, ainda assim, impossível. Será que é mesmo tão difícil lutar por um sentimento verdadeiro e ser feliz ao lado de quem se ama, independente de quem seja ou como seja?

Modismos ou não, ficção ou realidade, todos esses livros trazem à tona a temática do diferente, do especial, do impossível, do julgado erroneamente pelo próximo, do preconceito aos diferentes, do questionamento do lugar comum. E isso é uma maneira de fazer os Young Adults refletirem, mesmo que inconscientemente, sobre essas questões que são dificuldades do dia a dia da nossa sociedade. Quem foi que disse que esses livros não têm conteúdo? Creio que eles agregam muito mais valores do que muitos autores ditos conceituados, de uma maneira muito mais próxima da reliadade de seu público alvo.

Então, eu pergunto: qual é o problema de você também se render aos encantos dos bruxos, vampiros e anjos? Apaixone-se pelo impossível você também!!







DICA DE LEITURA!

O site da revista VEJA dessa semana trouxe um resumão sobre os anjos que estão conquistando os coraçõezinhos por aí!
Dê só uma olhada!


Na literatura, os anjos são vários, mas são todos humanos
Maria Carolina Maia
Os livros sobre anjos não são iguais. Em alguns, eles são melhores do que em outros – aqueles em que são caídos e enfrentam dilemas éticos e existenciais. Em algumas histórias, eles vivem aventuras cheias de ação e suspense. Em outras, vêm à terra conhecer ou ajudar pessoas e acabam se apaixonando. Se há algo em comum entre eles, além das asas, é com certeza o caráter humano que carregam em todas as páginas. “A febre de anjos na literatura se manifesta em livros diferentes, mas com um elemento em comum: a tendência a apresentá-los como criaturas mais próximas do ser humano do que da visão arquetípica do anjo da guarda”, diz Roberto Feih, diretor-presidente da editora Objetiva, que lançou no país, em outubro, Angeologia (456 páginas, 49,90 reais), romance construído sobre antigos mitos em que anjos são capazes de ter sexualidade e realizar atos cruéis. Para Feith, é justamente essa forma de tratar os seres de asas que faz deles personagens atraentes aos leitores. E que os transforma em best-sellers.
Confira, abaixo, alguns dos livros que alimentam o boom dos anjos no mercado editorial.

Halo, de Alexandra Adornetto
Série sobre três anjos que vêm à terra disfarçados de três irmãos órfãos: Gabriel, Ivy e Bethany (Beth), que é a narradora da história. Adolescente, ela passa a frequentar a escola onde Gabriel dá aula – Ivy irá trabalhar numa instituição de caridade. Lá, faz amigos e chega a tomar um porre, além de descobrir sentimentos humanos como o amor. Inexperiente, passa a se perguntar como pode se apaixonar por um mero sorriso – no caso, o do estudante Xavier, o capitão do time de futebol, que já enterrou uma namorada. Os dois vão viver um romance no estilo virginal de Sthepenie Meyer – os anjos não fazem sexo, embora sintam desejo.

Fallen, de Lauren Kate
Saga sobre Lucinda (Luce), uma garota de 17 anos que se apaixona por Daniel Grigori, um anjo caído do céu – daí o título, que em inglês significa “caído”. Luce conhece Daniel no reformatório Sword & Cross, aonde aporta após a morte do namorado em um incêndio envolto por mistérios. A atração é recíproca, mas uma série de acontecimentos, incluindo a morte da adolescente, vai obstaculizar a relação. Que, na realidade, já vem enfrentando desafios há milhares de anos: Luce e Daniel são amantes que se encontram e se desencontram vida após vida. Romantismo puro.

Hush Hush, de Becca Fitzpatrick
Nora Grey, uma bem comportada estudante do ensino médio, se encanta pelo bad boy da escola, Patch Cipriano, que parece ter poderes mágicos: ele desponta em toda parte por onde ela passa e sabe tudo a seu respeito. Não é mágica, claro. Ele é um anjo caído que irá envolvê-la não apenas em um romance, mas também na luta eterna dos anjos versus nefilins, seres imortais nascidos da relação entre anjos e humanos. E que irá obrigá-la a uma difícil decisão, capaz de colocar em risco a sua vida.


Tempo dos Anjos, de Anne Rice
Estreia da consagrada autora de Entrevista com o Vampiro no campo dos anjos, o romance, primeiro de uma trilogia, conta a história de Toby O'Dare, um assassino de aluguel que recebe a visita de um anjo e, com ela, a oportunidade de se redimir de seus pecados. O'Dare é enviado à Inglaterra do século XIII com a tarefa de ajudar um casal de judeus acusado de matar a própria filha. A partir daí, se desenrola uma trama de suspense marcada por reflexões na linha da literatura angelical, em que bem e mal se opõem e se enfrentam e fé e razão convivem num embate.


Beijada por um Anjo, de Elizabeth Chandler
Embora também permeada por um romantismo das antigas, a saga tem sexo – mas um sexo feito por amor, não ditado pelo desejo carnal. Ivy e Tristan se conhecem na escola, ele é o popular do colégio e ela é a garota nova do pedaço. Campeão de natação, ele a ajuda a superar o medo que sente da água, por conta de um trauma da infância – quando criança, ela se afogou e foi salva, acredita, por um anjo. A fé de Ivy em anjos, no entanto, esmorece quando Tristan morre, porque ela pede ajuda para salvá-lo e não é atendida. Já ele, que não acreditava em anjos, se torna um.

27 de nov. de 2010

[Dica de outras boas leituras] Penitenciários recebem oficinas de leitura

Mais uma dessas notícias que nos animam e nos enchem de esperança. Publicada no BLOG DO GALEANO, a matéria (que pode ser lida na íntegra logo abaixo), conta um pouco sobre o projeto UMA JANELA PARA O MUNDO - LEITURA NAS PRISÕES, desenvolvido por uma perceria entre alguns dos Ministérios do Governo Federal.
E não é que eu sempre digo que são os livros que ainda vão mudar esse país para MUITO melhor??

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Detentos e agentes penitenciários de Catanduvas (PR) começam a receber amanhã (25 de novembro) capacitação em leitura dentro do projeto “Uma janela para o mundo – Leitura nas prisões”, uma parceria dos ministérios da Cultura, Educação, Justiça e Desenvolvimento Agrário, Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O Ministério da Cultura, através do Programa Mais Cultura, investiu R$ 160 mil no projeto com a doação de oito pontos de leitura nas quatro penitenciárias federais: Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR).

Agora as penitenciárias que receberam o acervo do MinC e o do Programa de Bibliotecas Rurais “Arca das Letras”, do MDA, passam pela a capacitação.

Esta é a segunda capacitação – a primeira ocorreu em Porto Velho (RO) – , que segue para Mossoró (RN), dias 2 e 3 de dezembro, e Campo Grande (MS) dias 9 e 10 de dezembro. A oficina será feira por consultores da Unesco, buscando sensibilizar detentos e agentes penitenciários para a importância da leitura. Um dos temas do encontro é a coletânea “O pequeno livro das grandes emoções”, elaborada pela própria Unesco especificamente para leitores adultos e jovens em formação. A equipe de tratamento penitenciário dará continuidade ao trabalho iniciado, tornando a atividade de capacitação permanente.

Cada ponto de leitura doado pelo MinC é composto por um acervo de 650 obras – exemplares de literatura brasileira, estrangeira, infantil e juvenil, DVD’s, enciclopédias, entre outros – computador e impressora. Além do acervo do Ministério da Cultura, as penitenciárias receberam também obras do Programa de Bibliotecas Rurais  “Arca das Letras”, do MDA. Os acervos foram ampliados com doações de familiares dos internos e por instituições parceiras, o que propiciou acesso a variados títulos e o interesse crescente da comunidade interna pela leitura.

26 de nov. de 2010

[Dica de outras boas leituras] Meninos de rua trocam drogas por livros

Em meio a essas notícias de guerrilha civil em nosso país, o post de hoje é sobre uma nótícia que li na GazetaWeb e que traz um pouco de esperança para nós e para o nosso país.
É bem verdade que já tinha lido e guardado essa reportagem há algumas semanas, para dividí-la com vocês num momento que achasse mais oportuno. Essa onde de violência no Rio de Janeiro me incentivou.
A matéria conta sobre a solução que a Feira do Livro de Porto Alegre encontrou para ajudar os meninos de rua que vivem na região, ao invés de marginalizá-los. E adivinhem só? Os livros foram a

melhor solução!

Não deixem de acreditar que, por meio da leitura e educação, o Brasil tem um lindo futuro pela frente!!
Leiam, abaixo, matéria na íntegra.



Meninos de rua trocam drogas por livros
Eles deixaram de ser vistos como uma ameaça e suas vidas ganharam uma chance de mudar com a literatura

Antes de receber a 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, os organizadores já sabiam que precisavam acertar as contas com os donos da praça da Alfândega, no centro da cidade. Na última década, os meninos de rua deixaram de ser vistos como uma ameaça e suas vidas ganharam uma chance de mudar com a literatura.

Sem lar, fugidos da escola ou simplesmente perambulando pelo centro nos horários livres, as crianças pobres que vagavam na feira eram perseguidas pela polícia. No ano 2000, poucos programas atendiam menores de idade nessa situação em Porto Alegre. Eles andavam pelos corredores das barracas fazendo algazarra e incomodando os visitantes. Muitos usavam drogas.

Insatisfeita com a exclusão dos moradores de rua, a coordenadora da programação infantil, a coordenadora da programação infantil, Sônia Zanchetta, criou o projeto Asteroide. Primeiro teve de ensinar que a Brigada Militar não podia hostilizar os meninos como marginais. "Até o rio Guaíba, que é poluído, quando tu vês tem um menino dentro", brinca a coordenadora. Ao menos 70 deles já foram atendidos em 2010. As crianlas poderiam participar do projeto com uma condição -- ficando longe das drogas.

Disciplinar os menores abandonados ganhou esforços para obter alimentação, roupas e higiene - já que a "mulecada" suja e faminta agredia os olhos do público. Ajudaram grandes empresas até pequenos negócios como a lavanderia Chuá e o pipoqueiro seu Zé.

Alguns alunos de escolas estavam tendo conflito de horário para visitar o evento e as professoras passaram a controlar a passagem, em vez de reclamar das fugas. Por isso, há dois anos, a Escola Municipal Porto Alegre, maior centros de assistência na região, com 150 jovens, firmou uma parceria com a programação da feira.

Glauber Fernando, 22, no sexto ano supletivo, descobriu a feira aos 12 e está há 10 anos no Asteroide. Desde os nove foi parar nas ruas. Sua primeira noite foi em uma saída de ventilação - o bafo quente - de um ar condicionado junto com outros rapazes. "Só não fiquei nos trilhos do trem porque dá choque", lembra ele.

25 de nov. de 2010

Que tal transformar sua conta do Facebook num livro de verdade?

Você gostaria de ver o conteúdo da sua conta do Facebook reproduzido em um livro impresso? Foi pensando nisso que a Bouygues Telecom, operadora francesa de telefonia, criou o app 'Flashback Book', que permitia aos usuários criarem livros baseados em seus status e fotos na rede social, com a inclusao de até 10 amigos e um período de tempo determinado. A ediçao limitada de mil exemplares esgotou em 1 hora do lançamento da promoçao. A criaçao foi da DDB Paris.
FONTE: Creativity

23 de nov. de 2010

[Dica de outras boas leituras] E quem disse que os tablets não são os livros da nova geração?

O PublishNews da semana passada trouxe um artigo bastante interessante, escrito por Mike Shatzkin, que tem mais de 40 anos de experiência no mercado editorial, é fundador e diretor-presidente da consultoria editorial The Idea Logical Co., com sede em Nova York, e diariamente acompanha e analisa os desafios e as oportunidades dessa nova era digital.

O post trata da relação livros infantis + e-readers. Eu pude comprovar que isso essa união dá samba pessoalmente quando, há poucos meses, vivi uma experiência die 15 dias com minha afilhada, de 2 anos e meio, e seu irmãozinho, de apenas 1 ano; que sabiam mexer melhor no iPad da mãe deles do que eu!
Essa mistura dá uma ótima receita. Que tal experimentá-la?



Livros infantis impressos X tablets

Esse post vai discutir uma ideia que eu já tinha mesmo antes da notícia dessa manhã (1/11) sobre as novidades no cenário de e-products. Sempre fui meio cético em relação aos enhanced e-books, baseados no meu  palpite de que não funcionariam há 15 anos quando apareceram os CD-Roms. Mas é cada vez mais óbvio que produtos estilo CD-Rom podem funcionar muito bem com livros infantis. Na verdade, estou começando a pensar que enhanced e-books ou produtos estilo aplicativos poderiam superar os livros como suporte preferido em pouquíssimo tempo. Menos de dez anos.
Os motivos por ser cético em relação aos enhanced e-books (ou enriched, um termo recente que ouvi e que pode ser melhor) é porque livros adultos são escritos como experiências de leitura de narrativas sem a intenção de serem interrompidas para serem lidos por pessoas que valorizam a experiência imersiva (Nem todos. Mas a maioria dos livros que pensamos ser best-sellers ou literatura). Meu palpite é que será difícil mudar muitas das horas de consumo agora devotadas à leitura imersiva por outra coisa bem diferente. E vejo isso como um desafio qualitativamente diferente do que a mudança da própria leitura imersiva de um mecanismo de distribuição (papel) para outro (telas).


A razão pela qual o material infantil não sobreviveu no período CD-Rom há 15 anos foi a complexidade do mecanismo de distribuição. Era preciso estar no computador, o que normalmente significava um desktop. Era preciso carregar o CD-Rom, que na maioria dos computadores (porque poucos eram Macs na época) exigiam navegação adicional antes da reprodução. Esses produtos não eram realmente acessíveis a crianças, mesmo se a programação contida neles fosse dirigida a esse público.
Mas esses problemas não continuam nos "livros" para crianças (se for assim que você quiser chamá-los) que estão migrando para iPad, smartphone ou, agora, o NOOKcolor (que, eu acho, é como seus donos gostariam de chamá-lo).
O grau de imersão que você consegue num livro é diretamente proporcional à fluência com a qual ele é lido. Isso significa quanto mais jovem você for, mais provável que aceite uma experiência de leitura interrompida.
E como os aparelhos ficam mais baratos e mais ubíquos, pais e filhos vão aprender rapidamente como as experiências interativas podem ser divertidas, instrutivas e acessíveis.
Comecei a escrever esse post no fim de semana porque ficamos sabendo de várias iniciativas empreendedoras que estavam focadas no desenvolvimento de materiais infantis dessa forma.  Depois, o Publishers Lunch dessa manhã (1/11) nos contou a história do que está acontecendo na Callaway, o que só fortaleceu a certeza de que há muito dinheiro sendo colocado nessa ideia.
Resumindo, cheguei ao ponto de vista de que o mercado de livros juvenis vai migrar para produtos digitais "enhanced" de forma muito mais rápida do que a narrativa adulta e que, como resultado, a criação e publicação para os vários mercados de livros infantis estará cada vez mais a cargo de novas empresas e cada vez menos a cargo das editoras de livros.
A reportagem sobre a Callaway Digital Arts que saiu no Publishers Lunch hoje (1/11) é incrível.  Eles não só garantiram 6 milhões de dólares de financiamento do iFund liderado pela Kleiner Perkins Caufield & Byers, mas também ganharam 30 milhões do programa "Pronto para Aprender" do Departamento de Educação. Com esse empurrão, a Callaway diz que planeja produzir 150 aplicativos anuais, daqui a dois anos. Estão sendo vistos pela Apple como "parceiro estratégico" para ajudar o iPad a "transformar a educação".
Apesar de ser a mais famosa, a Callaway não está sozinha no foco sobre o mercado de conteúdo para crianças construído a partir de livros.
A Oceanhouse Media está construindo o que parece ser um negócio comparável de uma forma completamente diferente.  Em vez de procurar investidores para seu capital, a Oceanhouse conseguiu se autocapitalizar construindo uma rede de desenvolvedores dispostos a trabalhar por uma participação nos projetos que estão desenvolvendo. Eles conseguiram fazer acordos com a Hay House (que não é dirigido a crianças, em princípios), seus vizinhos em San Diego. E conseguiram os direitos do Dr. Seuss e Berenstain Bears. Numa conversa com eles, me pareceu que conseguiriam entregar novos produtos no mesmo nível que a Callaway, mas muito antes do que esse prazo de dois anos.
A Trilogy Studios possui sócios que dirigem estúdios de games na Electronic Arts, Fox Interactive e Vivendi Universal Games, tendo lançado recentemente o produto infantil de maior sucesso até o momento, um MMO (que significa um jogo "Massive Multiplayer Online") baseado num filme de animação bastante famoso. Eles expandiram o portfólio para incluir livros interativos de histórias e jogos sociais, além de contratarem o editor veterano Marc Jaffe (até recentemente da Rodale) para garantir os direitos de algumas das marcas mais reconhecidas de entretenimento e do mercado editorial para futuros desenvolvimentos digitais.
Rick Richter, até recentemente o chefe de publicações para crianças da Simon & Schuster, criou uma concorrente no setor chamada Ruckus Media Group. Eles estão fazendo aplicativos para Apple e Android, compraram os direitos do Rabbit Ears Library (clássicos infantis lidos por celebridades) e estão contratando autores com conteúdo original.
Smashing Ideas é um site, estúdio de games e aplicativos que já está no mercado há 14 anos. Eles trabalham com marcas voltadas para a juventude como Hasbro, Nickelodeon e Disney há vários anos. Agora fizeram um acordo para desenvolver projetos com a Random House e também desenvolvem projetos em cima de livros em domínio público com aplicativos, entre eles a Guerra dos Mundos, O Livro da Selva e o Mágico de Oz. Isso não é nenhuma surpresa porque Ben Roberts, que agora lidera a divisão de e-book, ajudou a criar Alice para o iPad.
Todo esse investimento e todo esse desenvolvimento deve ter a mesma visão que eu. As crianças serão o grande mercado para esse tipo de produto. A narrativa linear pode ser imersiva somente até o ponto em que o ato de leitura em si for fácil e sem esforços. Não é possível se perder na história se você precisa ficar procurando palavras ou relendo com frequência sentenças para entender o significado.
Isso significa que é muito mais difícil para um jovem imergir na história só com palavras no papel. É por isso que os livros infantis oferecem muito mais do que isso: imagens, claro, mas também pop-ups e vários outros elementos tridimensionais, até onde podem ser distribuídos em algo que é fundamentalmente papel amarrado.
É possível dizer que as crianças sempre possuíram "enhanced books"!
Os novos aparelhos têm muito mais capacidade do que os CD-Roms para se relacionar com mais do que palavras - formas que a maioria dos que amam a leitura imersiva poderiam achar distrativas ou chatas, mas que as crianças adoram. A navegação intuitiva com touchscreen, um desenvolvimento relativamente recente, facilita a participação e a interação com uma mente ativa que ainda não aprendeu suficiente linguagem para trabalhar confortavelmente com dicas escritas.
Não vivo numa atmosfera centrada nas crianças, mas estou consciente de que nos dois últimos anos os pais que pensaram que seus filhos eram jovens demais para os gastos de conectividade de um iPhone concordariam em comprar um iPod Touch, que faz o mesmo exceto as ligações (e, portanto, não tem nenhuma conta mensal). Um amigo meu que continua defensor da "mídia antiga" recentemente me perguntou o que eu achava de um Touch para seu filho de 7 anos, que não queria ficar atrás dos seus amigos que já tinham um. Essas crianças não estão usando o Google para fazer a lição de casa; estão jogando games que são a vanguarda tecnológica do novo mercado de livros infantis.
O iPad levou essas novas empresas a entrarem no mercado explícito de fazer enhanced e-books baseados nos livros infantis. O NOOKcolor somente coloca lenha na fogueira.
E como o NOOKcolor é metade do preço ou até menos que um iPad, os pais ficarão mais relaxados com a possibilidade de seus filhos brincarem com ele.
Há testemunhos de que crianças podem ficar mais interessadas num livro de papel depois de terem contato com os personagens e a história através de um enhanced e-book ou aplicativo. Estamos descobrindo isso porque os enhanced e-books feitos hoje estão tendo como base livros que já existem. Isso é uma forma bastante inteligente de entrar no mercado. Por que aumentar o desafio criativo começando do zero quando existe uma enorme quantidade de marcas estabelecidas e personagens para licenciar? E como o primeiro grande sucesso nesse gênero infantil, Alice para o iPad, demonstrou e a Smashing Ideas percebeu, mesmo a exigência de licenciamento pode ser evitada com o uso de textos em domínio público como base.
Meu palpite é que editores - ou quem tiver os direitos - terão um belo negócio, durante um tempo, licenciando livros e personagens para desenvolvedores de enhanced e-books chamados "estúdios digitais" que os transformarão em produtos bem-sucedidos. Com o tempo - e não vai demorar muito - esses estúdios se transformarão nos criadores de novos personagens e franquias, e o livro se tornará o "direito subsidiário". Em quanto tempo? Não muito. Entre três e cinco anos?
Qualquer editor que quiser entrar no mercado infantil no meio dessa década, é melhor comprar um desses estúdios, ou fundar um.
Essa ideia surgiu na minha cabeça há um mês; precisou vencer meu preconceito contra interrupções chatas que é como eu vejo a maioria dos enhanced e-books dirigidos a adultos. Então, claro, começamos imediatamente a montar um painel sobre o assunto para a Digital Book World. Isso me levou a conversar com muitas dessas empresas. Ainda não decidimos quem vai discutir o que estão fazendo nos dias 25-26 de janeiro, mas certamente será uma conversa sobre o futuro próximo do mercado editorial juvenil.

22 de nov. de 2010

[Dica de outras boas leituras] A MELHOR LIVRARIA DO MUNDO

De acordo com o recém-lançado Lonely Planet's Best in Travel 2011 (guia virtual sobre os melhores lugares do mundo para se viajar em 2011), a City Lights Bookstore, em São Francisco, EUA, é a melhor livraria do mundo! 




O que fez essa livraria da costa leste norteamericana ganhar tão nobre título? Bom, além da diversidade de títulos e interatividade, segundo os organizadores do guia, essa livraria "tem sido ponto de encontro de ícones literários americanos, dos autores beat em diante, como Jack Kerouac e Allen Ginsberg, ainda é central para a vibrante cena cultural da cidade."


Além da City Lights Bookstore, a lista é composta, na ordem, pelas seguintes livrarias: El Ateneo (Buenos Aires), Lello (Porto), Shakespeare & Company (Paris), Daunt Books (Londres), Another Country (Berlim). The Bookworm (Pequim), Selexyz Dominicanen (Maastricht), Bookàbar (Roma) e Atlantis (Santorini, na Grécia).

RESULTADO DA PROMOÇÃO: "Estreia de novo filme de HARRY POTTER traz brindes para você!"

OOOPPPSSS!! 
Quase que me esqueço de publicar o resultado da PROMOÇÃO, realizada em parceria com o COOLTURE NEWS

A sortuda foi MARIA CRISTINA CHERUBIM, que já vai receber amanhã mesmo os brindes lindíssimos!!


PARABÉNS!!
E OBRIGADA PELA PARTICIPAÇÃO DE TODOS!

PIRATARIA LITERÁRIA... HUNF!

Se a modernidade dos livros digitais é a pauta de discussão do momento, com especulações sobre um possível fim do impresso, acho melhor os editores, jornalistas, acadêmicos, leitores, autores e autoridades começarem a se preocupar com um problema muito maior e real, que já atinge o universo da música e do cinema: a PIRATARIA

Pois é! Na semana passada,  a polícia peruana apreendeu cerca de 1,3 mil cópias piratas de "O Sonho do Celta", último livro do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, Mario Vargas Llhosa. 

As cópias dos livros, que originalmente são editados pela espanhola Alfaguara, eram vendidos nas ruas de lima por cerca de US$ 8. A apreensão causou surpresa entre as autoridades, já que não é comum encontrar versões pirateadas de obras literárias. 

Outro país que também está em alerta é a Argentina, que têm falsificações literárias cada vez mais sofisticadas. Essa situação preocupa muito a indústria de livros do país. "É um fenômeno que está crescendo. Talvez não seja tão visível como é no Peru, onde a economia informal é intensa. Mas a pirataria de livros está crescendo na Argentina e também no Chile", disse à BBC Brasil o porta-voz da editora Santillana, Augusto di Marco.

Segundo ele, os falsificadores estariam explorando brechas nas leis argentinas e chilenas – mais duras com a pirataria do que as de outros países sulamericanos – para ampliar seus negócios.
Especula-se no setor editorial que esta produção regional poderia chegar a 10% ou 15% do volume da indústria de livros.

Livros falsificados de boa qualidade enganam leitores na Argentina


Qualidade
Os livros falsificados são vendidos no varejo até 50% mais baratos do que cópias oficiais, segundo cálculos da Câmara Argentina do Livro, e o leitor não sabe, muitas vezes, que está comprando um produto ilegal. "Quando você compra um DVD na rua sabe que está comprando algo pirata. Mas isso não acontece com o livro. Nós percebemos quando ele é falso, mas o leitor talvez não", afirmou Di Marco. 
A produção marginal não se limita a fotocópias, mas a impressão quase idêntica das obras.
Os detalhes da falsificação são quase imperceptíveis, como a qualidade do papel e páginas que foram coladas em vez de costuradas, por exemplo. Por isso, editores acreditam que exista uma "indústria" que vem se aperfeiçoando nesta produção e encontrando mercado fértil entre os leitores.
"Não acredito que a leitura esteja aumentando e que esta seja a razão do incremento da pirataria. Mas aqui na Argentina o nível de leitura é alto, e a classe média costuma ler bastante. Na prática, existe um mercado (paralelo) possível", afirmou.
Pelo nível da qualidade da produção, a polícia argentina acredita que poderia ser uma ação de especialistas. "É preciso conhecer este processo industrial. E não é qualquer um que consegue comprar papel", completa Di Marco.

Apreensão
Especialistas dizem que Buenos Aires, a capital do país, mantém a tradição da leitura e possui um dos maiores índices de livrarias per capita da América do Sul. Ao mesmo tempo, a produção de livros vem crescendo, mesmo na era da internet, de acordo com dados da Câmara do Livro.
Segundo a polícia argentina e a Câmara, os exemplares mais copiados são Best Sellers ou livros com público alvo certo.
No fim de semana, a polícia argentina (Gendarmeria) fez a maior apreensão de livros ilegais até hoje no país ao descobrir um depósito, em Buenos Aires, com 130 mil livros falsos, cotados em cerca de 11 milhões de pesos (cerca de R$ 5 milhões).
Os livros eram de autores como o colombiano Gabriel García Márquez e o argentino Julio Cortazar, incluindo ainda Minha Luta, de Adollf Hitler, e o modelo, preparado para a impressão, de Mafalda, do cartunista argentino Quino.
As investigações do caso vão continuar, já que ainda não foi localizada a gráfica onde estes livros foram feitos.
No ano passado, após denúncia da Câmara Chilena do Livro, a polícia do país apreendeu 2 mil livros prontos para serem distribuídos no mercado e 30 mil preparados para serem impressos numa gráfica clandestina de Santiago.
Eram exemplares de livros de Isabel Allende e de Jorge Edwards, entre outros mais vendidos no país e no exterior.

20 de nov. de 2010

VIRA CULTURA 2010

O VIRA CULTURA é uma maratona cultural que reúne em 35 horas as mais diversas manifestações artísticas contemporâneas, mapeando o futuro da literatura, das artes e do entretenimento.

Promovido pela Livraria Cultura, que acredita no poder transformador da informação e tem convicção do seu papel como agente cultural, promotor ativo de conteúdo atualizado e de informação qualificada; o evento apresenta uma extensa e variada PROGRAMAÇÃO CULTURAL, composta por conteúdos e experiências relevantes e diferenciadas que possam alcançar os distintos interesses dos frequentadores da Livraria Cultura.

Sucesso de público e crítica, o VIRA CULTURA passou a fazer parte do calendário de eventos da cidade de São Paulo e, este ano, será realizada a 3a. edição do evento, nos dias 27 e 28 de novembro, das 9 horas da manhã do sábado às 20 horas do domingo.  

Serão 35 horas initerruptas de programação, devidamente distribuídas por todo Conjunto Nacional: Loja Principal e Loja de Artes da Livraria Cultura, Teatro Eva Herz, unidades da Cia das letras e da Record, Academia Bioritmo, Cine Livraria Cultura e os Espaços Gastronomia e Vinil, especialmente montados nos corredores do Conjunto.

Vai ficar dormindo e perder essa??


Endereço:
Condomínio Conjunto Nacional
Avenida Paulista, 2073 - São Paulo / SP
Tel: (11) 3170-4033

Twitter: @LivCultura

19 de nov. de 2010

Entre na moda vampiresca de forma solidária e doe sangue você também!!



De 20 a 27 de novembro, o Hemorio organiza a Semana do Doador de Sangue tendo os atores Eriberto Leão e Fernanda Paes Leme como padrinhos. O dia 27 será todo dedicado aos jovens. A Editora Galera Record participa da ação com brindes, sorteios e teasers da nova série de L.J. Smith, Diários do vampiro: o retorno. O primeiro livro da aventura, Anoitecer (Galera, 448 pp., preço a definir), chega às livrarias na mesma semana.


Fonte: PublishNews.

18 de nov. de 2010

Estreia de novo filme de HARRY POTTER traz brindes para você!

Sexta-Feira é a estreia de um dos filmes mais esperado do ano (pelo menos para nós fãs), Harry Potter e as Reliquias da Morte – Parte 1.

A segunda parte será exibida a partir de 15 de julho de 2011. No elenco estão novamente Daniel Radcliffe como Harry Potter, Rupert Grint como Ron e Emma Watson como Hermione. Os dois longas têm direção de David Yates.
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I mostrará o trio principal – Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) – que saem à caça das Horcruxes – objetos encantados com magia negra que guardam parte da alma –, seguindo a missão deixada por Dumbledore.
A franquia, baseada nas histórias de J.K Howling, é uma das que mais lucraram no mundo do cinema. O capítulo Pedra Filosofal arrecadou US$ 974 milhões e se tornou o sétimo filme mais rentável da história.


O penúltimo longa da série chega aos cinemas em 19 de novembro de 2010. Já Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte II tem previsão de estreia em 15 de julho de 2011.



Promoção

Estive recentemente no Parque Temático de Harry Potter, em Orlando, Flórida e  trouxe alguns brindes de lá. Em parceria com os queridos do CooltureNews, vamos fazer um sorteio para vocês, em homenagem à estreia da 1ª parte do último filme da saga: HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE.

O prêmio será 1 Chaveiro + 1 Marcador “Rony”!!





Para participar é muito simples:

 
1º Vocês devem seguir o @CooltureNews e a @Ta_Camargo no Twitter.

2º Vocês devem seguir publicamente o CooltureNews e o No Mundo Editorial.
3º Vocês devem acessar AQUI para verem todas as regras.


*O Sorteio será realizado AMANHÃ, 19/11, às 21 horas, pelo Random.org, e o vencedor terá até 24 horas para aparecer.


**Promoção Válida para residentes no Brasil ou que tenha endereço de entrega no país.
***O Prêmio será entregue em até 30 dias, após a manifestação do vencedor.
Boa sorte a todos!



Novo tipo de embalagem para livros, joias e roupas

O McDonald's queria uma forma diferente de anunciar uma promoçao de preço baixo, dizendo que o dinheiro economizado com as ofertas da rede poderiam se converter em outros objetos de desejo de seu público. 

A ideia entao foi embalar produtos de lojas parceiras, de todos os tipos – de vestidos, joias e livros até guitarras e motos – com o papel usado para enrolar seus cheeseburgers. 

Simplesmente GENIAL! Belíssima sacada de marketing! Veja o resultado no vídeo abaixo:


 

Fonte: Directdaily

17 de nov. de 2010

Rachel de Queiroz faria 100 anos hoje!

Hoje, 17 de novembro de 2010, a escritora RACHEL DE QUEIROZ completaria 100 ANOS!

E não seria possível ignorar uma data dessas, não é mesmo?!
Então, que tal conhecer um pouco mais sobre ela?



Rachel de Queiroz
, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendendo, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna — "dona Miliquinha" — era prima José de Alencar, autor  de "O Guarani"), e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas em Quixadá, onde residiam e seu pai era Juiz de Direito nessa época.
Em 1913, voltam a Fortaleza, face à nomeação de seu pai para o cargo de promotor. Após um ano no cargo, ele pede demissão e vai lecionar Geografia no Liceu. Dedica-se pessoalmente à educação de Rachel, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. As cinco anos a escritora leu "Ubirajara", de José de Alencar, "obviamente sem entender nada", como gosta de frisar.
Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze".
Logo depois da chegada, em novembro, mudam-se para Belém do Pará, onde residem por dois anos. Retornam ao Ceará, inicialmente para Guaramiranga e depois Quixadá, onde Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade. Sua formação escolar pára aí.
Rachel retorna à fazenda dos pais, em Quixadá. Dedica-se inteiramente à leitura, orientada por sua mãe, sempre atualizada com lançamento nacionais e estrangeiros, em especial os franceses. O constante ler estimula os primeiros escritos. Envergonhada, não mostrava seus textos a ninguém.
Em 1926, nasce sua irmã caçula, Maria Luiza. Os outros irmãos eram Roberto, Flávio e Luciano, já falecidos).
Com o pseudônimo de "Rita de Queluz" ela envia ao jornal "O Ceará", em 1927, uma carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes", promovido por aquela publicação. O diretor do jornal, Júlio Ibiapina, amigo de seu pai, diante do sucesso da carta a convida para colaborar com o veículo. Três anos depois, ironicamente, quando exercia as funções de professora substituta de História no colégio onde havia se formado, Rachel foi eleita a "Rainha dos Estudantes". Com a presença do Governador do Estado, a festa da coroação tinha andamento quando chega a notícia do assassinato de João Pessoa. Joga a coroa no chão e deixa às pressas o local, com uma única explicação "Sou repórter".
Seu pai adquiri o Sítio do Pici, perto de Fortaleza, para onde a família se transfere. Sua colaboração em "O Ceará" torna-se regular. Publica o folhetim "História de um nome" — sobre as várias encarnações de uma tal Rachel — e organiza a página de literatura do jornal.
Submetida a rígido tratamento de saúde, em 1930, face a uma congestão pulmonar e suspeita de tuberculose, a autora se vê obrigada a fazer repouso e resolve escrever "um livro sobre a seca". "O Quinze" — romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca — é mostrado aos pais, que decidem "emprestar" o dinheiro para sua edição, que é publicada em agosto com uma tiragem de mil exemplares. Diante da reação reticente dos críticos cearenses, remete o livro para o Rio de Janeiro e São Paulo, sendo elogiado por Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade. O livro logo transformaria Rachel numa personalidade literária. Com o dinheiro da venda dos exemplares, a escritora "paga" o empréstimo dos pais.
Em março de 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha, mantida pelo escritor, em companhia de Murilo Mendes (poesia) e Cícero Dias (pintura). Conhece integrantes do Partido Comunista; de volta a Fortaleza ajuda a fundar o PC cearense.
Casa-se com o poeta bissexto José Auto da Cruz Oliveira, em 1932. É fichada como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Seu segundo romance, "João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo. Semanas depois, em uma reunião no cais do porto do Rio de Janeiro, é informada de que seu livro não fora aprovado pelo PC, porque nele um operário mata outro. Fingindo concordar, Rachel pega os originais de volta e, depois de dizer que não via no partido autoridade para censurar sua obra, foge do local "em desabalada carreira", rompendo com o Partido Comunista.
Publica o livro pela editora Schmidt, do Rio, e muda-se para São Paulo, onde se aproxima do grupo trotskista.
Nasce, em Fortaleza, no ano de 1933, sua filha Clotilde.
Muda-se para Maceió, em 1935, onde faz amizade com Jorge de Lima, Graciliano Ramos e José Lins do Rego. Aproxima-se, também, do jornalista Arnon de Mello (pai do futuro presidente da República, Fernando Collor, que a agraciou com a Ordem Nacional do Mérito). Sua filha morre aos 18 meses, vítima de septicemia.
O lançamento do romance "Caminho de Pedras", pela José Olympio - Rio, se dá em 1937, que seria sua editora até 1992. Com a decretação do Estado Novo, seus livros são queimados em Salvador - BA, juntamente com os de Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos, sob a acusação de subversivos. Permanece detida, por três meses, na sala de cinema do quartel do Corpo de Bombeiros de Fortaleza.
Em 1939, separa-se de seu marido e muda-se para o Rio, onde publica seu quarto romance, "As Três Marias".
Por intermédio de seu primo, o médico e escritor Pedro Nava, em 1940 conhece o também médico Oyama de Macedo, com quem passa a viver. O casamento duraria até à morte do marido, em 1982. A notícia de que uma picareta de quebrar gelo, por ordem de Stalin, havia esmigalhado o crânio de Trótski faz com que ela se afaste da esquerda.
Deixa de colaborar, em 1944, com os jornais "Correio da Manhã", "O Jornal" e "Diário da Tarde", passando a ser cronista exclusiva da revista "O Cruzeiro", onde permanece até 1975.
Estabelece residência na Ilha do Governador, em 1945.
Seu pai vem a falecer em 1948, ano em que publica "A Donzela e a Moura Torta". No ano de 1950, escreve em quarenta edições da revista "O Cruzeiro" o folhetim "O Galo de Ouro".
Sua primeira peça para o teatro, "Lampião", é montada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo, no ano de 1953. É agraciada, pela montagem paulista, com o Prêmio Saci, conferido pelo jornal "O Estado de São Paulo".
Recebe, da Academia Brasileira de Letras, em 1957, o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.
Em 1958, publica a peça "A beata Maria do Egito", montada no Teatro Serrador, no Rio, tendo no papel-título a atriz Glauce Rocha.
O presidente da República, Jânio Quadros, a convida para ocupar o cargo de ministra da Educação, que é recusado. Na época, justificando sua decisão, teria dito: "Sou apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista."
O livro "As Três Marias", com ilustrações de Aldemir Martins, em tradução inglesa, é lançado pela University of Texas Press, em 1964.
O golpe militar de 1964 teve em Rachel uma colaboradora, que "conspirou" a favor da deposição do presidente João Goulart.
O presidente general Humberto de Alencar Castelo Branco, seu conterrâneo e aparentado, no ano de 1966 a nomeia para ser delegada do Brasil na 21ª. Sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, junto à Comissão dos Direitos do Homem.
Passa a integrar o Conselho Federal de Cultura, em 1967, e lá ficaria até 1985. Depois de visitar a escritora na Fazenda Não me Deixes, em Quixadá, o presidente Castelo Branco morre em desastre aéreo.
Estréia na literatura infanto-juvenil, em 1969, com "O Menino Mágico", em 1969.
No ano de 1975, publica o romance "Dôra, Doralina".
Em 1977, por 23 votos a 15, e um em branco, Rachel de Queiroz vence o jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda e torna-se a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. A eleição acontece no dia 04 de agosto e a posse, em 04 de novembro.  Ocupa a cadeira número 5, fundada por Raimundo Correia, tendo como patrono Bernardo Guimarães e ocupada sucessivamente pelo médico Oswaldo Cruz, o poeta Aluísio de Castro e o jurista, crítico e jornalista Cândido Mota Filho.
Seu livro, "O Quinze", é publicado no Japão pela editora Shinsekaisha e na Alemanha pela Suhrkamp, em 1978.
Em 1980, a editora francesa Stock lança "Dôra, Doralina". Estréia da Rede Globo de Televisão a novela "As Três Marias", baseada no romance homônimo da escritora.
Com direção de Perry Salles, estréia no cinema a adaptação de "Dôra, Doralina", em 1981.
Em 1985, é inaugurada em Ramat-Gau, Tel Aviv (Israel), a creche "Casa de Rachel de Queiroz". "O Galo de Ouro" é publicado em livro. 
Retorna à literatura infantil, em 1986, com "Cafute & Perna-de-Pau".
A José Olympio Editora lança, em 1989, sua "Obra Reunida", em cinco volumes, com todos os livros que Rachel publicara até então destinados ao público adulto.
Segundo notícia que circulou em 1991, a Editora Siciliano, de São Paulo, pagou US$150.000,00 pelos direitos de publicação da obra completa de Rachel.
Já na nova editora, lança em 1992 o romance "Memorial de Maria Moura".
Em 1993, recebe dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o Juca Pato. A Siciliano inicia o relançamento de sua obra completa.
1994 marca a estréia, na Rede Globo de Televisão, da minissérie "Memorial de Maria Moura", adaptada da obra da escritora. Tendo no papel principal a atriz Glória Pires, notícias dão conta que Rachel recebeu a quantia de US$50.000,00 de direitos autorais.
Inicia seu livro de memórias, em 1995, escrito em colaboração com a irmã Maria Luiza, que é publicado posteriormente com o título "Tantos anos".
Pelo conjunto de sua obra, em 1996, recebe o Prêmio Moinho Santista.
Em 2000, é publicado "Não me Deixes — Suas histórias e sua cozinha", em colaboração com sua irmã, Maria Luiza.
Em novembro deste ano, quando a escritora completou 90 anos de idade, foi inaugurada, na Academia Brasileira de Letras, a exposição "Viva Rachel". São 17 painéis e um ensaio fotográfico de Eduardo Simões resumindo o que os organizadores da mostra chamam de “geografia interior de Rachel, suas lembranças e a paisagem que inspirou a sua obra”.
Rachel de Queiroz chega aos 90 anos afirmando que não gosta de escrever e o faz para se sustentar. Ela lembra que começou a escrever para jornais aos 19 anos e nunca mais parou, embora considere pequeno o número de livros que publicou. “Para mim, foram só cinco, (além de O Quinze, As Três Marias, Dôra, Doralina, O Galo de Ouro e Memorial de Maria Moura), pois os outros eram compilações de crônicas que fiz para a imprensa, sem muito prazer de escrever, mas porque precisava sustentar-me”, recorda ela. “Na verdade, eu não gosto de escrever e se eu morrer agora, não vão encontrar nada inédito na minha casa”.
Recebe, em 06-12-2000, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.

Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.


"[...] tento, com a maior insistência, embora com tão
precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas.  Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade. 
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."

Obras:

- Romances:
- O quinze (1930)
- João Miguel (1932)
- Caminho de pedras (1937)
- As três Marias (1939)
- Dôra, Doralina (1975)
- O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)
- Obra reunida (1989)
- Memorial de Maria Moura (1992)

Literatura Infanto-Juvenil:
- O menino mágico (1969)
- Cafute & Pena-de-Prata (1986)
- Andira (1992)
- Cenas brasileiras - Para gostar de ler 17.

Teatro:
- Lampião (1953)
- A beata Maria do Egito (1958)
- Teatro (1995)
- O padrezinho santo (inédita)
- A sereia voadora (inédita)

Crônica:

- A donzela e a moura torta (1948);
- 100 Crônicas escolhidas (1958)
- O brasileiro perplexo (1964)
- O caçador de tatu (1967)
- As menininhas e outras crônicas (1976)
- O jogador de sinuca e mais historinhas (1980)
- Mapinguari (1964)
- As terras ásperas (1993)
- O homem e o tempo (74 crônicas escolhidas}
- A longa vida que já vivemos
- Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas
- Cenas brasileiras
- Xerimbabo (ilustrações de Graça Lima)
- Falso mar, falso mundo - 89 crônicas escolhidas (2002) 
Antologias:
- Três romances (1948)
- Quatro romances (1960) (O Quinze, João Miguel, Caminho de Pedras, As três Marias)
- Seleta (1973) - organização de Paulo Rónai

Biografias e memórias:

BUCK, Pearl. A exilada: retrato de uma mãe americana (1943).
CHAPLIN, Charles. Minha vida (caps. 1 a 7 (1965).
DUMAS, Alexandre. Memórias de Alexandre Dumas, pai (1947).
TERESA DE JESUS, Santa. Vida de Santa Teresa de Jesus (1946).
STONE, Irwin. Mulher imortal (biografia de Jessie Benton Fremont (1947).
TOLSTÓI, Leon. Memórias (1944).

- Teatro:
CRONIN, A. J. Os deuses riem (1952).

16 de nov. de 2010

12a. FESTA DO LIVRO DA USP

Com descontos mínimos de 50% (sim, eu escrevi MÍNIMOS e não estou equivocada!), a Festa do Livro da USP é uma das maiores oportunidades para compra de livros das melhores editoras do país, a preços de banana!!



É bem verdade que algumas editoras não mandam novidades de catálogos, ou que só querem queimar os estoques. Mesmo assim, não dá para ficar de fora! 
A dica é para irem logo no primeiro dia e, de preferência, o mais cedo possível: os livros simplesmente evaporam de lá antes mesmo de você conseguir adentrar ao formigueiro humano que fica por ali! 

Mas eu garanto: preços baixos como esses são quase impossíveis de serem encontrados por aí! Por isso, aproveitem!!

Dias 24, 25 e 26 de novembro, das 09hs às 21hs, no saguão do prédio de Geografia e História, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo; a famosa FFLCH, USP. 

Simplesmente IMPERDÍVEL!!

[Novidade no ar] 10 anos de HARRY POTTER no Brasil

Em semana de estreia da primeira parte do último filme da saga, a Editora Rocco traz presentes especiais para nós, fãs enlouquecidos pelo bruxinho mais querido do mundo!!



Em comemoração aos 10 anos da série Harry Potter, a editora Rocco lança até o fim de novembro os dois primeiros volumes da criação da britânica J. K. Rowling, em formato audiolivro.  

Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara Secreta marcam a estreia do selo Rocco Digital no mercado e chegam às prateleiras em duas caixas contendo 8 CD’s cada. Até 2012 toda a série do bruxinho estará disponível em audiolivro.

Lançada em 2000, a série Harry Potter vendeu mais de 400 milhões de exemplares em todo o mundo, com traduções em 65 idiomas. No Brasil, a série alcançou o patamar de 3 milhões de exemplares.

Fonte: PublishNews

15 de nov. de 2010

II Fórum da Cultura Digital Brasileira

Fim de ano agitado no Mundo Editorial Paulista! 
Está rolando, desde sábado, o II Fórum de Cultura Digital Brasileira.

Construída de forma participativa, a grade do evento divide-se em cinco frentes: Seminário Internacional CulturaDigital.br, Experiências da Cultura Digital, Arena da Cultura Digital, Redes da Cultura Digital e Oficinas.


Já está fechada a programação do II Fórum da Cultura Digital Brasileira, que acontece entre os dias 14 e 17 de novembro, na Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino – São Paulo/SP). A grade de atrações foi construída de forma participativa a partir de cinco atividades: Seminário Internacional CulturaDigital.br, Experiências da Cultura Digital, Arena da Cultura Digital, Redes da Cultura Digital, Deck e Oficinas. O evento é gratuito, as inscrições serão feitas no local e a coordenação é da Casa de Cultura Digital e pelo Ministério da Cultura.
 
O show de abertura do fórum, que acontece no palco do Auditório Ibirapuera no dia 14, será especial: “Futurível” reunirá no mesmo palco Gilberto Gil, Macaco Bong, Banda de Pife Princesa do Agreste, VJ Scan e DJ Tudo e Sua Gente de Todo Lugar. Entre os participantes confirmados para este ano estão John Perry Barlow, fundador da Electronic Frontier Foundation; Jean-Pierre Gorin, criador do grupo de cineastas Dziga Vertov; Bob Stein, direitor do Institute for the Future of the Book; e Vicent Moon, cineasta independente e criador do blog La Blogothèque.
 
Durante 17 dias, mais de 100 sugestões foram encaminhadas e incorporadas à programação. Além de seminários, debates e oficinas, o evento contará com música, exposições e intervenções artísticas.
 
 
Programação
 
·         Seminário
A sala BNDES da Cinemateca, com capacidade para 230 pessoas, será destinada aos seminários internacionais, que tem como objetivo discutir as muitas vertentes que compõem o mundo da cultura contemporânea. Intelectuais, artistas, ativistas, pesquisadores, gestores da Ásia, África, América Latina, Europa e Estados Unidos debaterão questões prementes ao mundo no contexto digital, como: Qual o papel do autor no contexto digital? O que é bom e ruim? Quem define? E a economia da criação? Quais novas alternativas de arranjos produtivo? Cultura Digital é internet? Há uma nova ecologia multimidiática? O que veio antes, o que vem depois? Quais as perspectivas desse mundo em mutação?
 
Dia 15 de novembro – 2ª feira
14h às 16h Cultura Digital oito anos depois, dez anos a frente;
Palestrantes: John Perry Barlow (Eletronic Frontier Foundation) e Gilberto Gil (Músico)
Provocador: Cláudio Prado (Laboratório Brasileiro de Cultura Digital)
 
(16h – intervalo)
 
16h30 às 18h30 Os futuros do livro
Palestrantes: Bob Stein (Institute for the Future of The Book) e Heloisa Buarque de Hollanda (UFRJ)
Provocadora: Giselle Beiguelman (Instituto Sérgio Motta/PUC)
 
(18h30- intervalo)
 
19h às 21h Perspectivas criativas da Cultura Digital
Palestrantes: Vincent Moon (La Blogotheque)
Provocador: José Luis Herencia (Secretário de Políticas Culturais/Ministério da Cultura)
 
Dia 16 de novembro – 3ª feira
14h às 16h Cidadania Digital Global
Palestrantes: Hernani Dimantas (Laboratório de Inclusão Digital), Eddie Ávila (Rising Voices/ Jaqi Aru.org) e Douglas Namale (Voices of Kibera);
Provocador: José Murilo Jr. (Coordenador de Cultura Digital/Ministério da Cultura)
 
(16h – intervalo)
 
16h30 às 18h30 Economia Criativa em Contexto Digital
Palestrantes: Eduardo Nassar (CapDigital) e Reinaldo Pamponet (Eletrocooperativa/It´s Noon)
Provocador: Alfredo Manevy (Secretário Executivo/Ministério da Cultura)
 
(18h30- intervalo)
 
19 horas Jean Pierre Gorin (O futuro do cinema)
Apresentadora e debatedora: Jane de Almeida (Mackenzie e UCSD)
20h30 – Exibição de M/F Remix, de Gorin
 
Dia 17 de novembro – 4ª feira
14h às 16h Cultura Digital para além da internet: Remix e Transmídia
Palestrantes: Eduardo Navas (Remix Theory) e Maurício Motta (Os Alquimistas)
Provocador: Newton Cannito (Secretário do Audiovisual/Ministério da Cultura)
 
(16h – intervalo)
 
16h30 às 18h30 Laboratórios Experimentais e Cultura Digital
Palestrantes: Marcos Garcia (MediaLab Prado), Tapio Makela (Marin.cc)
Provocador: Felipe Fonseca
 
(18h30 – intervalo)
 
19h Perspectivas para a Cultura Digital (Encerramento)
Leitura da carta final do Fórum da Cultura Digital Brasileira
Carlos Magalhães (Cinemateca Brasileira)
Alfredo Manevy (Ministério da Cultura)
 
21 horas – Coquetel de Encerramento
 
 
·         Experiência de cultura digital
A Sala Petrobrás da Cinemateca, com capacidade para 108 pessoas, será o lugar para a apresentação de experiências em cultura digital e das pesquisas acadêmicas que recebemos na chamada pública. Como ambos, relatos de experiências e pesquisas, estão em grande número, resolvemos dividi-los por temas a fim de facilitar a organização e também a troca de idéias entre os participantes. Vale lembrar que toda a programação desta sala será transmitida ao vivo em streaming.
 
15 de novembro – 2ªfeira
10h às 11h: Experiências de educação e cultura digital
Laboratório Web de Comunicação (UFRJ) (Cristina Monteiro da Luz)
Centro Educacional Pioneiro: Débora Sebriam
SELIGA: Gilson Schwartz , Luiz Otávio de Santi e Marcia Maria de Moura Ribeiro
Grupo de Estudos Educar na Cultura Digital: Vanessa Rodrigues
Projeto Folhas e o Livro Didático: Mary Lane Hutner
Pólo de Cultura Digital: Cristiane Costa
 
11h às 12h30: Apresentações de Pesquisas Acadêmicas
Interatividade Gestual Artistica (IGA) - José Fornari
Exploração do Universo Virtual e das Novas Estratégias Narrativas Abertas pelas Mídias Digitais: Cristiane Costa
Permeabilidade em Narrativas Transmídias: Vicente Gosciola
O projeto Ciberintervenção urbana interativa (ciurbi): Claudia Loch
Bauhalien - O Site Experimental: Daniel Graf de Oliveira
Formas e Imagens na Comunicação Contemporânea: Alfedo Suppia
Videopoesia - Análise e Produção: Cardes Monção Amâncio
Redes Sociais e Movimento Feminista - Estudo Exploratório a Partir de Comunidades do Orkut: Ronaldo Ferreira de Araujo
Jornalismo e cultura digital: um estudo de caso do The Pirate Bay na Folha de S. Paulo: Eliane Fronza
Cidade do Conhecimento: Moedas Criativas (Gilson Schwartz)
 
16h30 às 17h30: Experiências de Economia Criativa
Eletrocooperativa/ It’s noon: Reinaldo Pamponet
Futuro em Cena: Eduardo Nassar
Projeto Estrombo: Paula Martini
Toque no Brasil: Caio Tendolini e Silva
 
17h30 às 18h: Experiências africanas
Kubatana.net: Upenyu Makoni-Muchemwa (Zimbábue)
Voice of Kibera Douglas Namale (Kenya)
 
18h às 19h: Mesa: digitalização de acervos
Arquivo Público do Estado de SP: Haike Kleber da Silva
IPHAN/Funarte- Brasil Memória das Artes: Ana Claudia Sousa
Moderador: Roberto Taddei
 
19h às 20h Projetos XPTA.LAB
 
20h às 21h Mesa sobre Teatralidade digital
Teatro para Alguém: Lucas Pretti
Phila 7
Revista Bacante
moderador: Rodolfo Araújo
 
16 de novembro – 3ª feira
9h às 10h: Mesa sobre dados abertos
 
10 às 11h: Experiências de jornalismo e colaboração
Mapa das Artes da Cidade Tiradentes: Luis Eduardo Tavares
Webdocumentário “Filhos do Temor”: Marcelo Bauer
Global Conflicts: Checkpoint: Gilson Schwartz
 
11h às 12h30: Apresentações de Pesquisas Acadêmicas
Direito Achado na Rede: Paulo Rená
Políticas de Autoria - Falhas enquanto Resistência: Ana Silvia Couto de Abreu
Políticas Culturais sobre Direito Autoral ou Revolução Caraíba Contemporânea: Helena Klang
Sociedade Informacional - um novo paradigma sócio-cultural: Mauricio N. Santos
Distúrbios da Era Informacional - conflitos entre a propriedade intelectual e a cultura livre: Luis Eduardo Tavares
Ferramentas de produção colaborativa na internet aplicadas à produção cultural e Mediação cultural em blogs de cultura urbana: Marcelo Santiago
Ações Coletivas com Mídias Livres – interpretação de seu programa político: Luiz Carlos Pinto
ContraCultura Digital: Thais Brito
Video Livre no Brasil: Andressa Viana
Colarte Digital - um mapa da arte digital colaborativa: Andre Stangl
 
14h30 às 16h: Experiências da Amazônia
Coletivo Puraqué: Marcelo Lobato e Paulo Emmanuel Cunha da Silva
Projeto Saúde e Alegria/ Rede Mocoronga: Paulo Lima
Feira Cultura Digital dos Bairros/ Pontão de cultura digital do Tapajós: Tarcísio Ferreira
Drumbeat Amazônia: Luciano Santabrigida
No2somos (Colombia)
 
16h às 17h: Experiências de ativismo e rede
Technology for Transparency/ Creative Commons: Renata Avila (Guatemala)
Rising Voices/ Jaqi-Aru.Org: Eddie Avila (Bolívia)
Global Voices: Diego Casaes
Walking Tools: Brett Stalbaum (EUA)
 
17 de novembro (quarta-feira)
9h às 10h: Experiências argentinas de cultura digital
La Vecinda
FMp3
FM La Tribu
Fabrica de Fallas
 
10h às 11h: Cinturão Digital do Ceará
 
11h às 12h30: Apresentações de Pesquisas Acadêmicas
Open Business: Oona Castro
Combate à Pirataria no Brasil: Olivia Bandeira
Conhecimento e Controle na Cadeia Produtiva da Indústria Fonográfica em Período Recente: Glauber Eduardo Gonçalves
Cidade do Conhecimento - Moedas Criativas: Gilson Schwartz
Redes Sociais Digitais e Sustentabilidade: Massimo de Felice
Audiosfera - Uma Década Hackeando a Indústria do Disco: Messias Bandeira
Cultura digital – um desafio para as políticas públicas no Brasil: Taiane Fernandes
 
14h às 15h30 Mesa sobre arte digital:
Arte do Cibridismo: Thiago Carrapatoso
Arte. Mov: Lucas Bambozzi
Laboca: Jarbas Jacome
Ressaca.net: Bruno Vianna
 
15h30 às 16h30 Experiências audiovisuais
Produção Cultural no Brasil: Georgia Nicolau
Mexe Mexe Tupi: Bruna Rafaella Ferrer
Pontão Digital Avenida Brasil/ Casa Curta-SE: Rosangela Rocha e Ricardo Ruiz
 
16h30
Núcleo de Cultura Digital para o Estado do Rio de Janeiro: Adriano Belisário
Bailux: Régis
Redes da Cultura Digital – A Experiência da UFSCar: Ricardo Rodrigues
Lixo Eletrônico.Org: Felipe Andueza
Rede Brasil de Bibliotecas Comunitárias: Abraão Antunes da Silva
 
 
·         Arena da cultura digital
A Arena da Cultura Digital é um espaço (com cerca de quarenta lugares, no foyer da sala BNDES da Cinemateca) destinado a abrigar as discussões quentes da conjuntura nacional e global. Nela, irão ocorrer debates propostos por organizações da sociedade civil e do governo. Um anfiteatro grego que irá abrigar apenas o coro dos (des)contentes.
 
Dia 15 de novembro
10h às 13h – Governança da Internet
14h às 17h – Compartilhamento e remuneração do autor em contexto digital
17h30 às 20H30 – Festivais de Música e Cultura Digital
 
Dia 16 de novembro
10h às 13h – Lan House e Cultura Digital: Como legalizar sem matar
14h às 18h – Marco Civil da Internet e Cibercrimes
18h30 às 21h – Liberdade de Expressão em Contexto Digital
 
Dia 17 de novembro
13h às 16h – Banda Larga e Cultura Digital
16h às 18h – Televisão e Novas Tecnologias
 
 
·         Redes da cultura digital
A área destinada a Redes da Cultura Digital será a tenda de circo, com capacidade de cem lugares, localizada no Foyer da Sala BNDES da Cinemateca. Oespaço será ocupado por encontros de diferentes grupos que se articulam em torno do CulturaDigital.br. São atividades auto-geridas pelos seus proponentes e abertas ao público que queira conhecer melhor esses grupos.
 
Dia 15 de novembro
10h às 13h – Newscamp (desconferência sobre jornalismo e colaboração)
Alguns nomes confirmados: André Deak (Casa da Cultura Digital), Ceila Santos (Desabafo de Mãe), Antônio Martins (Ciranda da Informação Independente), Sérgio Gomes (Projetos Especiais Oboré)
 
14h às 18h – Redelabs (encontro sobre cultura digital experimental)
Alguns nomes confirmados: Felipe Fonseca (RedeLabs), Marcos Garcia (Medialab-Prado), Tapio Makela (Translocal.net), Ricardo Brazileiro, Lucas Bambozzi
 
18h30 às 21h – Encontro de Servidores Livres
Alguns nomes confirmados: Leo Germani (HackLab), Lincoln de Sousa (Minc), Billy Blay Costa (ITeia), Fabianne Balvedi (Estúdio Livre)
 
Dia 16 de novembro
10h – 13h – PCult: encontro do Partido da Cultura
Alguns nomes confirmados: Talles Lopes (Abrafin), Pablo Capilé (Circuito Fora do Eixo), Claudio Prado (Casa da Cultura Digital), Rodrigo Savazoni (Casa da Cultura Digital), Felipe Altenfelder (Massa Coletiva), Georgia Nicolau (Produçãocultural.Org.Br)
 
14h – 18h – Newscamp (Jornalismo Colaborativo: passado, presente e futuro)
Alguns nomes confirmados: Ana Brambilla (Terra), Rafael Sbarai (Veja), Diego Casaes (Global Voices)
 
18h30 – 21h – Educação e Cultura Digital
Alguns nomes confirmados: Jader Gama (Puraqué), Paulo Lima (Saúde e Alegria), Grupo de Estudos Educar na Cultura Digital, Bianca Santanna (REA)
 
Dia 17 de novembro
9h – 11h – REA Camp
 
13h – 15h – Circuito Fora do Eixo
Alguns nomes confirmados: Pablo Capilé, Talles Lopes, Daniele Lima, Caio Marques Mota, Leonardo Palma
 
15h – 18h – Encontro das Casas Associadas
 
·         Oficinas
Com capacidade para 250 pessoas, Tenda no Gramado, as oficinas serão auto-gestionadas e cobrirão uma gama de assuntos, desde fotografia e música até uma abordagem prática sobre dados abertos.
 
Atividades permanentes
- Transparência Hack Day
- Hackerspace
- Cobertura Colaborativa
- Install Fest
- Mutirão de licenciamento livre
 
15 de novembro
10h às 12h - Dados Abertos - o maravilhoso mundo do screen-scraping: Pedro Belasco
12h às 16h - Atari Punk Console: la tribu
16h às 18h - Walking tools: Brett Staulbam
18h às 22h - Circuit Bending: Daniel Llermaly
 
16 de novembro
10 às 12h - Construção de Câmaras Digitais Artesanais com Sucata de Scanners: Guilherme Maranhão
14h às 16h - Mapas Cognitivos- cultura digital: Alissa Gottfried
16h às 18h - Walking tools: Brett Staulbam
18h às 21h - Animação 2D com software livre: Paulo Emmanuel Cunha da Silva
 
17 de novembro
10h às 12h – FFGinga: Juba
13h às 18h30 - Construção de pedais sonoros: Eric dos Santos Barbosa
 
 
Serviço
Data: 15 a 17 de novembro
Entrada gratuita
Local: Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino)