28 de fev. de 2011

Adeus, Moacyr!

O dia de ontem era inevitável: todos nós sabíamos que Moacyr Scliar nos deixaria em pouco tempo. Mas nem por isso, fora menos dolorido. 

O médico sanitarista, começou a escrever em 1970 e acabou trocando a medicina pela literatura. Scliar também recebeu, pelo romance "A Majestade do Xingu", em 1998, o Prêmio José Lins do Rego, da Academia Brasileira de Letras, onde era titular da cadeira nº 31. Teve mais de 70 livros publicados, dezenas de traduções da mais alta qualidade, ganhador de três prêmios Jabuti (2009, 1993 e 1988) e do prêmio Casa de Las Américas em 1989. 


Ele era um daqueles escritores com habilidade nata para escrever. A imaginação lhe fluía nas mãos... e pronto! Surgiam obras maravilhosas, que nos encantam e nos permitem correr todo esse universo incrível criado por ele, sem ao menos precisar sair do lugar!



Moacyr era, sem dúvida, um dos principais nomes da Literatura Brasileira. E vai continuar sendo. Porque se há algo eterno e imortal nesse mundo, é a literatura. E isso, ele sabia fazer como poucos.



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  • Moacyr Scliar faleceu à uma da madrugada de 27 de fevereiro, foi velado na Assembléia Legislativa de Porto Alegre, RS, ontem, durante todo o dia; e o sepultamento foi realizado nesta segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011, às 11h, em cerimônia reservada a familiares e amigos no Cemitério do Centro Israelita da capital gaúcha.

Moacyr Scliar, minha segunda mãe e O final da história


27 de fev. de 2011

[Dicas de outras boas leituras] N'O Espanador

Juliana Leuenroth, uma jornalista, impaciente que adora ler e tem uma preferência mórbida por biografias. Luani Guarnieri, historiadora, ilustradora, designer e devoradora de livros infantis,  que pesquisa suas narrativas visuais ao longo dos tempos. Rafael Kalebe, um palmeirense e leitor compulsivo do signo de Escorpião. Rafael Menezes, um são paulino, leitor crônico, cinéfilo ávido e escritor nas horas vagas, formado em Letras e não gosta de Madame Bovary e venera Joyce.

Quatro amigos. Pessoas como quaisquer outras. Ex-colegas de trabalho. E uma coisa em comum: o amor eterno e incondicional pelos livros.

Desde que comecei a trabalhar no meio editorial estou sempre ligada nas novidades. E há alguns meses tive uma agradável surpresa na blogosfera chamada O ESPANADOR.





Um blog sobre livros bem diferente do que estamos acostumados a ver por aí. O Espanador ultrapassa os limites da fórimula pronta "resenha e promoções." E correndo o risco de ser xingada por aqui, já estava mais do que na hora de surgir alguém para sair do senso comum. Com uma análise mais profunda, o blog traz um novo olhar crítico sobre o universo editorial, com a propriedade de quem sabe do que está falando porque não só gosta do assunto, como entende muito bem dele.

O Espanador aborda diversos temas referentes ao universo literário, e as publicações são organizadas em: Literatura Brasileira, Literatura Estrangeira, Não-ficção e Quadrinhos. Além disso, ainda traz novidades sobre Eventos e as colunas do Convidados.
A leitura é agradável e divertida! Pelo blog ser composto por mais de uma pessoa, fica fácil de perceber a identidade de cada um dentro dos seus textos, bem como seus gostos e desgostos do universo literário. 

Nada e nem ninguém fica de fora dO' Espanador, que não faz diferença dos clássicos para os best-sellers, ou literatura infantojuvenil. Se é de ler, é d'O Espanador e é de todos nós.


O Espanador foi uma agradável surpresa imersa numa blogosfera saturada de mais do mesmo. Experimente você também! 









O ESPANADOR

Twitter: http://twitter.com/espanadinhas

Contato: oespanador@gmail.com

24 de fev. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Para ser escritor

Eu não me canso de receber originais. Seja por aqui, seja pelo meu trabalho, chovem novos textos diariamente. E, infelizmente, a grande maioria deles não são lidos. Nem por mim, nem por ninguém. É impossível dar contar do recado e corresponder à demanda, além de fazer todo o trabalho de produção em si. 

Mas sempre que pinta uma oportunidade, eu faço questão de publicar aqui, para ser uma maneira de ajudar os escritores aspirantes. 

Dessa vez, a dica é da palestra “Para ser escritor”, baseada em livro com o mesmo título (LeYa, 160 pp., R$ 29,90) escrito por Charles Kiefer



No encontro, o próprio Kiefer abordará as várias facetas do processo criativo da escrita, além de tocar em temas como o funcionamento do sistema literário e demais questões que dizem respeito ao universo autoral. 

A palestra acontecerá na Livraria Cultura Bourbon Shopping (Rua Turiassú, 2100 - Perdizes. São Paulo/SP) HOJE, quinta-feira (24), a partir das 19hs.


Fonte: PublishNews

22 de fev. de 2011

E quando seus lugares favoritos deixam de existir?

Há um mês, li no Blog da Companhia das Letras um post que o Luiz Schwarcz publicou diretamente de Nova York, onde passava férias. O post, que levou o nome de Edição Extraordinária, trouxe a triste notícia do fechamento de umas das mais belas livrarias que tive o prazer de conhecer e de me deliciar por horas!


A Barnes & Noble que ficava localizada em frente ao Lincoln Center, um dos lugares mais fantásticos que já visitei, fechou as portas! E essa notícias me foi devastadora!
Minha última visita à Barnes & Noble do Lincon Center.



Lincon Center, NYC.
Quando li o artigo do Luiz, fiquei louca atrás das minhas fotos da minha última visita a esse local (e só achei agora, o que justifica meu delay do post) para poder reviver uns últimos minutinhos daquele cantinho, que ficava numa das esquinas mais glamurosas, numa das cidades que mais me encanta no mundo.

Lembro da minha última visita, quando os termômetros anunciavam exatos 32º F, que equivale a 0º C, ao meio-dia, numa fria e ensolarada manhã de inverno. Entrei na Barnes & Nobles procurando me aquecer, e não saía nunca mais de lá. Minha irmã, companheira de viagem, já estava impaciente: "Tá bom, Tali, aqui é muito legal. Mas se não atraversarmos a rua, vamos perder o Ballet!!", dizia ela, já quase irritada com meu vício. 

A loja não era uma delícia?
E, em seguida, me peguei chateada de verdade com a notícia. Logo eu, uma defensora voraz da modernidade, dos e-books, dos e-readers, dos e-tudomaisqueforpossivel! Justo eu, que acredito que o livro digital chegou para ficar, mas que jamais seriá capaz de roubar o brilho do livro impresso. E, depois de saber que um lugar como este fechou as portas justamente pelo crescimento devorador dos e-books, bateu uma pontinha de insegurança aqui dentro. 

Tudo muito aconchegante!

 Eu ainda não mudei de ideia. Continuo convicta de tudo que disse acima. Mas agora, acrescento um adendo: o advento da modernidade do livro digital vai trazer perdas irreparáveis e dores em cada um de nós, que iremos, aos poucos, vermos nossos cantinhos preferidos fechar as portas, um a um. 

E caberá a nós, carregarmos nossos e-readers para afogar nossas mágoas.




Interior da antiga Barnes & Noble do Lincon Center, em NYC.

21 de fev. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Autores independentes podem editar livros sem custos

 Essa dica é pensando em todos aqueles montes de originais que recebemos diariamente e que, na maioria das vezes, não podemos fazer na da a respeito. É minha maneira de ajudar esses novos autores!

Boa sorte, pessoal!

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Pensando em atender aos escritores que desejam publicar um livro, nasce o PerSe, portal de publicação para autores independentes. Através dele, é possível editar um livro totalmente sem custos, disponibilizá-lo para comercialização na livraria eletrônica do PerSe em e-book ou com impressão dos exemplares sob demanda. O processo é simples. O autor define as características físicas do livro, como formato, acabamento, papel de miolo e cores. Depois sobe o arquivo para o sistema do PerSe e cria a capa. Em seguida, define o preço de venda e estabelece quanto quer ganhar de royalties.
 
Os blogueiros também poderão diagramar e publicar livros. Denominada Blog2Book, essa ferramenta permite a diagramação dos conteúdos das plataformas Blogger/Blogspot e Wordpress direto no sistema. Um dos primeiros livros já editados pelo PerSe é o da jornalista Lucia Faria, proprietária da Lucia Faria Inteligência em Comunicação. Com o título Meias verdades – Uma visão particular sobre a Comunicação Corporativa, o livro reúne 50 artigos sobre sua área de atuação.
 
Embora todo o processo seja gratuito, o portal oferece serviços especializados de Publicação e Marketing, caso o autor tenha interesse em adquirir. Entre eles, diagramação, revisão, fotos, divulgação, noite de autógrafos, entre outros. 


Fonte: PublishNews

17 de fev. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Livros interativos começam a ser usados na educação de crianças

Será que ainda tem quem não acredite na invasão dos livros digitais? 
Pois a FOLHA.COM publicou um artigo que ajuda, mais uma vez, a provar que este é um  caminho sem volta! 
Então, se vc ainda tem dúvidas, é melhor rever os seus conceitos: os e-books vieram apra ficar!!

Leiam matéria do dia 4/02/2011abaixo:

(Por TALITA BEDINELLI)


Pedro Henrique Soares, 8, e Lui Furlan, 7, leem na tela do computador um livrinho que explica o significado da palavra "porta". Ficam encantados, não apenas pela história, mas pelos recursos que a acompanham: músicas, narração, vídeo e um "quiz" sobre o que leram. 
Leitores vorazes dos livros de papel, segundo eles mesmos contam, os dois começam agora a se aventurar pelo mundo da leitura digital.
O colégio onde estudam, o Notre Dame, na zona oeste de São Paulo, adotou na semana passada uma biblioteca virtual de literatura infantil, criada pela editora Callis.
Ela será usada ao menos uma vez por semana com as crianças dos ensinos infantil e início do fundamental.
A biblioteca é a primeira do tipo no Brasil, segundo a Callis. Mas outras editoras, de olho no crescimento do uso de tablets tipo iPad, também investem em livros digitais para o público infantil, que vão além da simples digitalização do livro impresso.
O objetivo das editoras é criar livros mais interativos: além de poder virar a página e colori-las com o mouse, os leitores podem ouvir músicas e a narração das historinhas. Em versões para iPads, as crianças podem tocar na tela do dispositivo e mover os personagens, por exemplo.
Na última Bienal do Livro, em agosto, a Globo Livros lançou "A Menina do Narizinho Arrebitado", de Monteiro Lobato, em uma versão de aplicativo para iPad.
Com ilustrações atraentes, o livro permite que, com um toque, a criança mude letrinhas de lugar, faça a personagem espirrar ou toque um gongo para que apareça na tela um exército de grilos.
A Abril Educação também lançou em aplicativos similares dois livros de Walcyr Carrasco no final do ano passado. Em "Meus Dois Pais", a criança pode "montar" um retrato da própria família e, em "A Ararinha do Bico Torto", é possível pintar a ave.
As opções tendem a aumentar neste ano. A Zahar afirma que está estudando projetos de livros digitais mais interativos, assim como a editora Melhoramentos, que está desenvolvendo 12 livros em formato aplicativo, afirma Breno Lerner, superintendente da editora.
Ele acredita que os livros digitais interativos podem despertar o interesse da criança pela literatura. 



LIVRO COMPLEMENTAR
Educadores ouvidos pela Folha dizem, entretanto, que o uso desses dispositivos requer cuidado: como funcionam como uma proposta diferente da do livro de papel, não devem substituí-lo. Os dois devem conviver.
A escola deve manter e estimular a ida das crianças à biblioteca tradicional. E os pais não podem trocar a leitura de historinhas em livro de papel pelas do iPad.
"É a emergência de outro tipo de mídia, que dá a possibilidade de usar outro suporte, como som, música. Mas o importante é saber lidar com a diversidade", afirma Maria José Nóbrega, assessora pedagógica de literatura da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e de colégios particulares.
Segundo ela, o livro digital, com recursos que simulam barulhos ou ações do personagem, acabam não permitindo que a criança imagine o que está lendo e exerça a criatividade, por isso é importante manter a leitura do livro de papel.
Ilan Brenman, doutor em educação pela USP e escritor de livros infantis, acredita que o livro digital interativo se aproxima mais da linguagem da televisão, do cinema e dos jogos eletrônicos.
"Quando você dá um iPad para a criança, ela brinca com aquilo. Leitura não é exatamente o que ela está querendo", afirma.

14 de fev. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Top7 - Livros para ler na sala de aula

Tudo início de ano letivo é a mesma história: uma lista gigantesca de livros didáticos e paradidáticos a serem comprados e, raramente, algum que os alunos realmente apreciem a leitura.
Então, por que não colocar, entre as leituras obrigatórias, alguns títulos do momento, que agradem nossos pequenos leitores?

Pois o Blog Somos Criativos trouxe 7 títulos de sugestão para ler na sala de aula!
Que tal dar uma olhadinha AQUI e enviar a dica aos professores e coordenadores?





7º Lugar - Percy Jackson e os Olimpianos
Com poucas páginas, as aventuras do semideus Percy Jackson com seus amigos, Grover e Annabeth são uma boa pedida para ler durante a aula, com histórias que com certeza irão te divertir. A saga tem cinco livros e é escrita por Rick Riordan, um dos escritores mais adorados dos últimos anos, publicado pela Intrínseca.

6º Lugar - Gossip Girl
Fofoca combina com escola, certo? Que tal dar uma lida em Gossip Girl para aprimorar as suas técnicas de como distribuir aquela novidade para os amigos? A história gira em torno dos adolescentes riquinhos de Manhattan que tem seus segredos ameaçados graças a uma blogueira misteriosa. No Brasil, são publicados pela Galera Record.

5º Lugar - Pretty Little Liars
Há pouco tempo a série Pretty Little Liars chegou no Brasil e com certeza vai infestar as salas agora na Volta Às Aulas! O primeiro volume é Maldosas e Impecáveis estará nas livrarias no início de Fevereiro. Mistério é sempre bom para tirar o tédio da sala de aula, não? E depois de passar dois ou três horários lendo, a única pergunta que estará em sua cabeça é Quem é A?

4º Lugar - Harry Potter
Um livro compacto e fácil de ser escondido dos professores. A história do bruxo mais famoso de todos vai te divertir e fazer aquela aula chata se tornar a melhor de sua vida, além de fazer você odiar sua escola e querer loucamente estudar em Hogwarts.
3º Lugar - Crepúsculo
Crepúsculo é um clássico das escolas. Todo mundo já viu alguém com o livro da maçã em cima da carteira! É um dos piores pesadelos dos professores, já que a história do vampiro Edward e da humana Bella conquistou todo mundo... principalmente nas salas de aula. A Intrínseca publica a série no Brasil.

2º Lugar - Diários do Vampiro
Os livros são bem pequenos e até rola ler a série inteira em um só dia escolar. Escritos por L. J. Smith e publicados pela Galera Record no Brasil, os vampiros, lobisomens, bruxos e espíritos de Diários do Vampiro conquistam fãs há quase 20 anos! Tá na hora de levar pra escola, não?

1º Lugar - Wake
Por experiência própria, a trilogia Wake é a melhor série para se ler na sala de aula. Com letras enormes, parágrafos bem espaçados e com no máximo 230 páginas, você vai querer saber mais sobre a apanhadora de sonhos, Janie. É melhor ler do que dormir, nunca se sabe quem pode estar espiando seus sonhos na sala de aula!

13 de fev. de 2011

Uma pausa para agradecer aos amigos

Ontem eu estava em casa, tentando me recuperar da semana intensa e conturbada que tive, quando resolvi comprar no PPV "Toy Story 3". É, eu ainda não tinha visto esse filme que, aliás, me partiu o coração... (Eu tenho problemas com essa coisa de separações, sempre acho tudo mto triste!)

Assistindo o filme eu comecei a, involuntariamente, fazer metáforas com os últimos dias da minha vida, que foram tristes e amargos... Mas que poderiam ter sido insuportáveis se não fossem os meus AMIGOS.


Eu comecei a fazer uma retrospectiva mental e, pela minha cabeça, passaram todos os amigos... Os amigos pais, os amigos irmãos, os amigos primos e tios, os amigos avós. Os amigos desses amigos. Os amigos de infância, os amigos de ontem, os amigos de agora e, também, os de amanhã. Os amigos das horas boas, os amigos das baladas, os amigos das viagens, os amigos das horas tristes, dos momentos difíceis. Os amigos virtuais, os amigos blogueiros, os amigos de trabalho. Os amigos da vida, os amigos da morte. Os amigos que fariam tudo por você e os amigos por quem você faria tudo. Os amigos sinceros, os amigos das risadas, os amigos companheiros, os amigos namorados, os amigos das lágrimas. Os amigos pais dos amigos. Os amigos pais dos namorados amigos. Os amigos dos amigos.

Aqueles que estiveram lá, aqueles que não puderam ir. Quem telefonou, quem escreveu quem twittou Aqueles que enviaram seus pensamentos, suas energias positivas. Aqueles que ajudaram com a parte burocrática, aqueles que sempre perguntavam: "Vcs já comeram? Não querem tomar um suco? Aceitam uma água?". Aqueles que se responsabilizaram pela contabilidade e planilhas (ah! os anjos do excel...!)


Durante minha última consulta na terapia, contando despretensiosamente sobre tudo o que aconteceu, fui questionada pela seguinte frase: "Nossa! Mas quanto RESPEITO e CARINHO pela sua família, não? Estou impressionado!" 

E sabem o que eu respondi? "Eu não. Não esperava menos de um dos nossos amigos. Eles são assim... Exatamente como nós!"

Então, deixo aqui, o meu MUITO OBRIGADA! Em nome de todo amor e carinho que vocês demonstraram... 

E, como dito em Toy Story 3: "Saudade não tem idade!" - E amizade também não.



"E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro,
basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar!

Muitos deles estão lendo esta crônica
e não sabemque estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não têm noçãode como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu,
Tremulamente construí
e se tornaram alicercesdo meu encanto pela vida.

Se um deles morrer,
eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem,
eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam,
eu rezo pela vida deles.
E me envergonho,
porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes,
mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrimapor não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam
ou talvez não sabem que são meus amigos!"

Carlos Drummond de Andradre

Emily Bronte vence Shakespeare em disputa de fala mais romântica

 A Agência de Notícias Reuters publicou nesta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, uma notícia interessante!  



Os britânicos escolheram uma frase do romance "O Morro dos Ventos Uivantes", de Emily Bronte, como sendo a mais romântica da literatura inglesa.
Uma pesquisa conduzida com 2.000 adultos, encomendada pela Warner Home Video para acompanhar o lançamento em DVD da comédia romântica "Com o Pé na Estrada", mostrou que 20 por cento dos entrevistados escolheram a frase:

"Seja do que for que nossas almas são feitas, a dele e a minha são iguais".



A declaração feita pela personagem Catherine Earnshaw sobre o amor que sentia por Heathcliff ficou à frente na pesquisa de uma frase de Winnie Puff, o ursinho criado pelo escritor inglês A.A. Milne: "Se você viver até os 100 anos, espero viver até ter 100 anos menos um dia, para que eu nunca precise viver sem você".



O dramaturgo mais famoso da Inglaterra, William Shakespeare, foi o terceiro colocado, com um verso de sua peça "Romeu e Julieta": "Mas, espere! Que luz é essa que surge por aquela janela? É o leste, e Julieta é o sol".


E vc, já leu este clássico da literatura inglesa? Não?!? Corre, então! Porque, além de tudo, este é o romance favorito e Bella Swan e Eward Cullen, o casal da Saga Crepúsculo. Aliás, a Editora Lua de Papel, do Grupo Leya Brasil, lançou uma edição belíssima!

 

6 de fev. de 2011

PARCERIA, uma via de mão dupla.

Muitos de vocês já devem estar a par da polêmica que começou com o Blog Lendo e Comentando, que fez um protesto online contra uma editora parceira do blog, cujo nome não foi divulgado, que o repreendeu por ter feito comentários negativos à uma de suas obras, cujo nome também não foi citado.
O problema ganhou dimensões grandes demais e, aproveitando a oportunidade, resolvi abrir espaço para a discussão entre blogueiros literários e editoras

Todo mundo sabe do carinho sem tamanho que tenho por esses blogueiros, que desde que comecei a implantar parcerias na Lua de Papel, quando ainda trabalhava lá, me ajudaram e me ensinaram como funcionavam os processos, as resenhas, os brindes, as promoções e tudo mais que envolve esse mundo. Hoje, trabalhando na Universo dos Livros, não sou mais a responsável por isso e, assim sendo, sinto mais liberdade em falar a respeito, já que conheço bem os dois lados da moeda (sim, eu tb sou blogueira, não se esqueçam!)

Acho que um bom começo é relembrar o significado da palavra PARCERIA, que, segundo definição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é um substantivo feminino, que significa "Reunião de indivíduos para alcançar um OBJETIVO COMUM; COMPANHIA, SOCIEDADE". 

Ou seja, se a blogosfera tem interesse em receber exemplares gratuitos, a fim de lê-los e divulgá-los, acho que é no mínimo de bom tom que o blog tenha respeito e consideração para com a editora que lhe forneceu o exemplar nos termos de PARCEIRA. Afinal, a editora tem todo o interesse de que seja feita uma divulgação positiva do seu produto, não é mesmo? 



Nenhum leitor é obrigado a GOSTAR de tudo que uma editora publica. O NÃO GOSTAR faz parte e acreditem, nem nós, que trabalhamos publicando estes livros todos os dias, gostamos de tudo que fazemos. Mas fazemos. Fazemos e RESPEITAMOS o nome da instituição onde trabalhamos. Isso não nos obriga a fazer propaganda favorável ao livro que não recomendaríamos leituras, mas em hípotese alguma seria sensato fazer campanhas negativas, né?

Pois o mesmo acontece com vcs, blogueiros!
Se não gostam de um livro, por este ou aquele motivo, ok! Sem problemas! De verdade! Vcs estão no direito de vocês! Porém, daí a publicarem resenhas que degrinem a imagem do livro, ou que falem mal dos autores, ou que usem de termos baixos para falar do livro... Bom, aqui o meu lado editora vai ter que falar mais alto! Cadê o bom senso, pessoal??

Uma dica: Quando receberem livros que não gostarem, conversem na boa com a pessoa responsável, explicando que o livro não lhe agradou, e então, prefere simplesmente não falar NADA  a respeito do mesmo. Que tal? Parece muito mais honesto e justo, não é mesmo? 

É importantíssimo lembrar, também, que NENHUMA editora tem obrigação de DAR nada a NINGUÉM. Editoras são empresas, vivem do lucro e não de filantropia. Por isso, quando as editoras decidem firmar PARCERIAS com os blogs, elas têm o interesse da BOA DIVULGAÇÃO do seu produto SIM, sem o menor problema em assumir isso.

BLOGUEIROS queridos! Vocês têm que entender que PARCERIA É UMA VIA DE MÃO DUPLA. As editoras não podem fazer todos os caprichos de vocês sem querer nada em troca. E elas não são vilãs por desejarem a boa publicidade de seus produtos, não. 

Além do mais, atitudes como a citada no início do texto, só vão levar às editoras a se defenderem de possíveis problemas com blogs, dificultando cada vez mais as parcerias e, quem sabe até, tornando-as processos burocráticos, com contratos e cláusulas a serem seguidas por ambas as partes, a fim de formalizar o que hoje é entendido como um acordo de cavalheiros. Adivinha só quem seriam os maiores prejudicados dessa história toda?

Aqui ninguém é mocinho e nem bandido: ambos os lados têm interesses claros e definidos. Então, que tal colocar a cabeça no lugar, pensar com calma, e não querer gerar uma guerra de poderes? Um conselho: A probabilidade de as editoras acabarem ou fecharem as portas porque um ou outro blog está insatisfeito com isso ou com aquilo, é mínimo. 

Quanto a vocês, EDITORAS... Bom, acho que vale repensar toda essa estrutura de blogs e parcerias, né? Ser parceiro de quem? Por que? Como? Acho válido ficar atento e não sair assumindo parcerias com qualquer blog, de qualquer maneira, visando apenas a maior divulgação gratuita. Cuidado! O preço pode ser caro!! Tenham o cuidado de analisar os pedidos, de esclarecer os termos, as regras... Façam o trabalho com o mesmo carinho e atenção que a maioria dos blogs deposita nos livros de vocês. É uma troca nada mais justa, né?

Então, que tal levar de maneira literal a definição de PARCEIRA e começarmos a trabalhar como uma equipe unida, em prol do bem da leitura deste país?

Pensem nisso!



OBS1: Este post não tem a menor intenção em falar bem ou mal do blog Lendo e Comentando, muito menos de seu autor. Mencionei o mesmo porque foi o pivô da discussão e achei pertinente usá-lo como exemplo. Soube há pouco que o Blog saiu do ar e não tenho conhecimento do porquê isso aconteceu.

OBS2: O post não sugere, em momento algum, que os leitores omitam ou mintam sobre sua real opinião sobre os livros e as editoras. Sugere claramente, apenas, que se use o bom senso na hora de firmar parcerias.

OBS3: Percebi, com os comments, que há uma confusão entre "ser blogueiro" e "ser jornalista". Não desmereço nenhum e nem outro, mas há uma diferença clara para mim, que tratarei num outro post futuro.

5 de fev. de 2011

Assistentes editoriais, uni-vos!

Desde que comecei a trabalhar em editoras e, principalmente, desde que passei a ter mais contato com o pessoal dos blogs literários, sempre recebo e-mails e mensagens dizendo que meu trabalho era um sonho para qualquer pessoa! 

Bom, eu não tenho como negar: eu simplesmente AMO o meu trabalho. De verdade! Mas daí a ser um sonho... Se você está achando esse trabalho todo uma maravilha e está morrendo de inveja... Sinto informa-lhes, mas o mundo real não é tão bonito assim! 

Quem trabalha no meio editorial sabe da importância que as ASSISTENTES EDITORIAIS têm no processo de produção de um livro. Não falo isso só porque sou uma assistente, não! Falo porque sou justa e realista!


Assistente editorial, na teoria do seu job description, tem por obrigação cuidar de todo o processo de produção: receber originais, enviar à tradução, checar a tradução; enviar à preparação e aceitar ou não as interferências dos Santos Proeparadores; encaminhar para a primeira revisão e aceitar ou não as marcas; encaminhar à diagramação e aprovar texto diagramado; encaminhar à segunda revisão e bater emendas; por fim, encaminhar à última revisão e bater emendas finais. 
Tudo isso incluindo todo o processo de contratação de colaboradores, negociação sofrida com os tradicionais  preços baixíssimos e prazos apertados. Lembrando que cada assistente, dependendo da editora, trabalha, em média, com o mínimo de TRÊS livros POR MÊS, que devem ser devidamente lidos por ela pelo menos uma vez ao longo desse processo. 

A vida de assistente editorial é muito mais sofrida do que parece. Porque, além do trabalho pelo qual somos contratadas a fazer (e está devidamente descrito acima), temos que lidar com uma série de assuntos que não deveriam nos pertencer, mas que como ninguém mais resolve, adivinha só para quem sobra? Assuntos diversos, tipo os contratos de copyrights e de autores nacionais; com as (malditas) invoices e os atrasos de pagamentos do departamento financeiro (o que, naturalmente, atrapalha todo o nosso prazo); com os erros e atrasos de colaboradores (que são, sem dúvida, nossos melhores amigos nessa jornada); com as notas fiscais e pagamentos dos mesmos, que aliás, também são, geralmente, atrasados pelo financeiro; com os leitores enlouquecidos que ligam pedindo o próximo volume deste livro da série X, ou pelo lançamento do livro Y (isso quando não ligam nos ameaçando, caso não enviemos exemplares gratuitos!); com os programas de computadores tão antigos que dá vontade de chorar; ou com a falta de programas, que parecem supérfulos, mas que fazem toda a diferença. Fora isso, tem as redes sociais, os blogs literários e, é claro, os nossos editores, nossos grandes mestres que nos põe loucas, mas de quem não conseguimos viver longe! 

Recentemente, com o intuito de desabafar a respeito das coisas que SÓ acontecem com nós, assistentes editoriais, criaram o Twitter anônimo: TIPOS DE ASSISTENTE



Esse perfil simplesmente diz TUDO o que nós gostaríamos de dizer e compartilha todas as situações biazarras que só uma assistente vivencia! As minhas 10 preferidas, até agora, são: 

- "Assistente que recebe e-mail de colega falando pra por título em "Caixa-abaixa" e quase desmaia de incredulidade."

- "Assistente que passa horas extravasando bobagem com as amigas – assistentes – na internet."

- "Assistente que recebe cobrança furiosa de agente por adiantamento e patada do financeiro porque a editora não tem grana."

- "Assistente que tem o houaiss online nos favoritos (inclusive no computador pessoal)."

- "Assistente que nunca mais conseguiu ler um livro do mesmo jeito."

- "Assistente que tem que ouvir que o tradutor atrasou porque o cachorro dele ficou doente e os filhos (adultos) ficaram muito deprimidos."

- "Assistente q lida c/ designers c/ condições estapafurdias: 'ñ uso caixa alta', 'nem cor X', 'vou te poupar de ver a versão q vc mesma pediu'."

- "Assistente que recebe tradução com parágrafos totalmente inventados pelo tradutor, fica neurótica e checa a tradução linha por linha EM CASA."

- "Assistente que pensa em suicídio enquanto ouve monólogo de autor sobre o "conceito do livro" pelo telefone."

- "Assistente que descobre novas regras da empresa ou mudanças em suas tarefas ouvindo discussões no corredor."


ATENÇÃO PESSOAL! Todas as situações acima descritas seriam lindamente engraçadas, caso não tivessem ocorrido com alguma assistente, algum dia na vida! Assim, elas tornam-se tristemente divertidas! 
Acessem e sigam o TIPO DE ASSISTENTE e tenho certeza de que vão se divertir muito com as histórias do dia-a-dia do medio editorial!!

1 de fev. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Os - SANTOS - preparadores!


Ontem o BLOG DA COMPANHIA trouxe um post da Vanessa Barbara sobre os nossos queridos PREPARADORES DE TEXTO. O post O preparador, esse desconhecido apresenta direitinho essa figura desconhecida e simplesmente ESSENCIAL no mundo editorial. 




Bom, quem trabalha na área editorial sabem muito bem de quem eu estou falando: aquelas pessoas que pegam os textos crus, e que devem deixá-los saborosos para só então serem encaminhados para as revisões, diagramação, gráfica e livrarias. 

Para mim, assistente editorial, a fase da preparação de textos é, sem dúvida, a mais importante de todas as etapas da produção do livro. Se as coisas desandarem aí, acreditem: elas vão desandar até as prateleiras! 

Tem uma coisa no post da Vanessa que realmente me chamou MUITO a atenção: que os preparadores devem ser DESCONFIADOS de tudo e todos. 

Fica a dica para todo mundo, afinal, o mercado anda bastante carente de preparadores bons, eficientes e qualificados! Não deixem de ler!!