30 de abr. de 2011

2º Salão do Livro acontecendo em Guarulhos, SP

Guarulhos está sediando o 2º Salão do Livro que começou ontem, 29 de abril, e vai até o próximo domingo, 08 de maio de 2011, no Parque Cecap.
 
O público presente pode, contar com atrações diferentes, atividades educacionais, culturais, programação especial para as crianças com teatro e contação de historias.
 
Com entrada gratuita o 2º Salão do Livro conta com apoio institucional da Câmara Brasileira do Livro (CBL).
 

29 de abr. de 2011

Que poema de Fernando Pessoa é você?

Recebi essa dica de uma queridíssima amiga (grande Eny!) e não podia deixar de compartilhar com vcs! É só clicar AQUI e descobrir o seu lírico de Fernando Pessoa. Façam este teste (é bem curtinho). Eu amei! Sou Bernardo Soares e tenho TUDO a ver com o Desassossego...
E você, que poema de Fernando Pessoa é? Me contem, que quero saber!!

O poeta Fernando Pessoa tinha uma atração peculiar por Bernardo Soares. Para início de conversa, ele o classificava de semi-heterônimo porque: “não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela”. Ou ainda: “Sou eu menos o raciocínio e a afetividade.” É importante destacar que foi por meio de Bernardo Soares, autor de “O Livro do Desassossego”, espécie de diário em prosa poética escrito a partir de 1914 que o poeta Fernando Pessoa mais sinceramente falou de si mesmo. 

Para saber mais sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos, leia a entrevista com Fernando Segolin, professor de Pós-Graduação de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP e “pessoano” por excelência




 O Livro do Desassossego, de Bernardo Soares

“A vida é para nós o que concebemos nela. Para o rústico cujo campo próprio lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.
Isto não vem a propósito de nada.
 

Tenho sonhado muito. Estou cansado de ter sonhado, porém não cansado de sonhar. De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos. Em sonhos consegui tudo. Também tenho despertado, mas que importa? Quantos Césares fui! E os gloriosos, que mesquinhos! César, salvo da morte pela generosidade de um pirata, manda crucificar esse pirata logo que, procurando-o bem, o consegue prender. Napoleão, fazendo seu testamento em Santa Helena, deixa um legado a um facínora que tentara assinar a Wellington. Ó grandezas iguais à da alma da vizinha vesga! Ó grandes homens da cozinheira de outro mundo! Quantos Césares fui, e sonho todavia ser.
Quantos Césares fui, mas não dos reais. Fui verdadeiramente imperial enquanto sonhei, e por isso nunca fui nada. Os meus exércitos foram derrotados, mas a derrota foi fofa, e ninguém morreu. Não perdi bandeiras. Não sonhei até ao ponto do exército, onde elas aparecessem ao meu olhar em cujo sonho há esquina. Quantos Césares fui, aqui mesmo, na Rua dos Douradores. E os Césares que fui vivem ainda na minha imaginação; mas os Césares que foram estão mortos, e a Rua dos Douradores, isto é, a Realidade, não os pode conhecer.
 

Atiro com a caixa de fósforos, que está vazia, para o abismo que a rua é para além do parapeito da minha janela alta sem sacada. Ergo-me na cadeira e escuto. Nitidamente, como se significasse qualquer coisa, a caixa de fósforos vazia soa na rua que se me declara deserta. Não há mais som nenhum, salvo os da cidade inteira. Sim, os da cidade dum domingo inteiro – tantos, sem se entenderem, e todos certos.
Quão pouco, no mundo real, forma o suporte das melhores meditações. O ter chegado tarde para almoçar, o terem-se acabado os fósforos, o ter eu atirado, individualmente, a caixa para a rua, mal disposto por ter comido fora de horas, ser domingo a promessa aérea de um poente mau, o não ser ninguém no mundo, e toda a metafísica.
 

Mas quantos Césares fui!” 

(27/06/1930; em “Livro do Desassossego”)



26 de abr. de 2011

Jorge Amado coloriu minha quarta de cinzas

No mês passado, a primeira obra de JORGE AMADO completou 80 anos e eu aproveitei para finalmente postar aqui minha breve visita à casa dele em Salvador, Bahia, na quarta-feira de cinzas, logo após o Carnaval. Sim, pessoal! Meu lado nerd (que eu prefiro chamar de amante literário, rs) falou mais alto e eu saí de tras do trio elétrico e fui até o Pelô pra fotografar isso de pertinho pra vcs, queridos leitores. Na verdade mesmo, a intenção era visitar, mas devido à data, estava fechado. Uma pena!!

Eu, na frente da Casa de Jorge Amado, no Pelô, Salvador, Bahia.



E coincidentemente ou não, há 80 anos, o escritor Jorge Amado (1912-2001) publicava seu primeiro livro, "O País do Carnaval", relançado neste mês pela Companhia das Letras.

Desde então, Jorge Amado já deixava registrada sua marca: a brasilidade. E inaugurou ali uma produção literária que mudaria para sempre o mercado editorial brasileiro.




Sempre polêmico, desde os anos 1940, divide os intelectuais. Mário de Andrade o criticava por ser caudaloso, mas pouco esforçado em seu texto. De uma forma geral, os modernistas entendiam sua obra como um retrocesso, já que não promovia inovações de linguagem e não se abria a várias interpretações. Mas aqueles que são favoráveis a sua obra, defendem a fluidez de seus textos, o apelo público e a capacidade de criar personagens.

Minha opinião é claramente expressa pelas palavras de outro grande escritor, João Ubaldo Ribeiro, que afirma que "o livro pode ter densidade psicológica e ser um péssimo romance. Jorge Amado permitiu que muitos leitores gostassem de literatura e se reconciliassem com os temas nacionais".

Lembro de quando ainda na antiga sétima série do Ensino Fundamental nos foi solicitado pela escola a leitura de "Capitães da Areia". Eu fiquei viciada naquele livro. Tá, tudo bem, eu não sou parâmetro. Mas pela primeira vez (e talvez uma das raríssimas) eu vi os meus amigos, que sempre fugiam (e fogem até hoje, rs) dos livros, completamente viciados naquele livro, escrito por um dos maiores nomes da literatura nacional. Vocês acham isso pouco? Pois eu não! Não tenho razões para achar a literatura de Jorge Amado fraca ou infundada. Mas eu não sou especialista no assunto. Portanto, me permito dizer apenas que ele é capaz de trazer as características mais sordidamente verdadeiras de nosso país para dentro das páginas de seus livros, de maneira que nos prende até o último ponto final. E eu ADORO isso!
 
Ao longo da carreira, com 45 livros publicados, vendeu 20 milhões de exemplares no Brasil e foi traduzido em 55 países, onde, estima-se, tenha vendido 60 milhões de livros. Isso fez dele o escritor brasileiro de maior público, só superado por Paulo Coelho.
E sua morte não foi motivo de esquecimento de suas obras. Muito pelo contrário. Em três anos na Companhia das Letras, vendeu 800 mil exemplares, mais que qualquer outro autor da editora.





E você, já leu alguma obra de Jorge Amado? Qual? Gostou? Conte para mim!


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FUNDAÇÃO CASA JORGE AMADO


Fachada da Fu ndação Casa jorge Amado, Pelourinho, Salvador, Bahia. 





Como comentei no início do post, dei uma passadinha lá na Bahia para visitar de perto a Fundação Casa Jorge Amado, que é uma organização não-governamental e sem fins lucrativos cujo objetivo é preservar, pesquisar e divulgar os acervos bibliográficos e artísticos de Jorge Amado, além de incentivar e apoiar estudos e pesquisas sobre a vida do escritor e sobre a arte e literatura baianas. A Casa de Jorge Amado tem também como missão a criação de um fórum permanente de debates sobre cultura baiana – especialmente sobre a luta pela superação das discriminações raciais e sócio-econômicas.

Para manter viva a memória do escritor, a Casa conta com uma exposição permanente de documentos, fotografias, livros, suas apropriações populares, adaptações e objetos relacionados. Também estão expostos prêmios recebidos por Jorge e fotos tomadas por Zélia Gattai (esposa do autor) documentando o dia-a-dia do autor.

Atualmente, a Fundação Casa de Jorge Amado já é considerada um ponto de referência na geografia cultural de Salvador.

A adoção, sugerida por James Amado, da frase “Se for de paz, pode entrar”, como lema da Casa, procurou expressar o desejo dos que elegeram este espaço como um local em que se privilegiasse o entendimento entre contrários, na busca da harmonia e da fraternidade, contra toda forma de discriminação.
Para Jorge Amado, a Casa não deveria jamais se transformar em depósito de documentos, mas se constituir, cada vez mais, em um permanente Centro, vivo e atuante.


"O que desejo é que nesta Casa o sentido de vida da Bahia esteja presente e que isto seja o sentimento de sua existência. Que, ao lado da pesquisa e do estudo, seja um local de encontro, de intercâmbio cultural entre a Bahia e outros lugares."
Jorge Amado

FONTE: Folha de S. Paulo e Fundação Casa Jorge Amado.


PS: Cliquem AQUI e vejam mais fotos das minhas experiências literárias em Salvador, Bahia. Tem lugar mais colorido no mundo do que esse? Lindo demais!

21 de abr. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Buenos Aires, a Capital Mundial do Livro

Há alguns anos atrás eu fui pessoalmente, jutno ao meu pai, conhecer de perto a Feira de Livros de Buenos Aires: ampla, diversificada e abarrotada de um público enlouquecido pela vontade de ler!!
Que tal aproveitar o feriadão prolongado para dar aquele passeio entre os livros dos hermanos?




Escolhida como Capital Mundial do Livro pela Unesco, Buenos Aires preparou uma programação especial para os amantes de literatura, que começa em abril deste ano e se estende até abril de 2012.
Entre as atrações, passeios turísticos com temática literária, obras de teatro gratuitas pelas ruas da cidade e uma das maiores feiras literárias do mundo.
A celebração começa com a abertura da Feira do Livro, na quinta-feira 21. Listamos os eventos dos próximos meses para você se preparar para um mergulho no melhor da literatura argentina e internacional.

Feira literária de Buenos Aires tem início no dia 21 de abril


Na próxima quinta-feira 21, acontece a abertura da 37ª Feira do Livro de Buenos Aires, com o tema “Uma cidade aberta ao mundo dos livros”. É a maior feira do livro em um país de língua hispânica. O espaço de eventos La Rural, em Palermo, se torna uma cidade literária, onde autores, editores, distribuidores, artistas, educadores e milhares de leitores se encontram.
O homenageado desta edição especial é o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, o peruano Mario Vargas Llosa. Entre os demais artistas convidados estão o escritor e artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró, o sociólogo francês François Dubet, a autora mexicana Margó Glantz, o ensaísta alemão Diedrich Diederichsen, além da presença de importantes escritores argentinos.
Quando: a feira acontece até o dia 09 de maio, quarta, das 18h às 22h, de domingo a quinta, das 14h às 22h, sexta e sábado, das 14h às 23h.

Onde: La Rural, Prédio da Feria de Buenos Aires. Av. Sarmiento, 2704.

Preço: de terça a quinta, 15 pesos, de sexta a domingo, 20 pesos

19 de abr. de 2011

BIENAL DO LIVRO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Eu infelizmente não estive presente neste grande evento literário. Mas o queridíssimo THIAGO URURAHY (guardem esse nome, que ainda fará muito sucesso no meio da literatura fantástica!) foi e junto à equipe da Revista Fantástica surgiu um post bem bacana para vocês! Deixo aqui o meu MUITO OBRIGADA a essa colaboração! Afinal, parceria é uma via de mão dupla, né? rs! 
 
BIENAL DO LIVRO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS de 2011

No último final de semana da Bienal do Livro de SJC (especificamente, no domingo dia 17/04) a equipe da Revista Fantástica esteve no evento para participar do “Bate Papo com o Autor”. Trata-se de um dos muitos fórums promovidos pelo evento, contando a condução de Leandro Reis, autor da trilogia “Os Filhos de Galagah”, “O Senhor das Sombras” e “Enelock”, o último ainda não lançado.
 
 
 
 
O pavilhão da Bienal foi montado dentro do Parque da Cidade, uma belíssima área verde tomada por famílias que aproveitavam o castigante calor do Vale do Paraíba. De acordo com a coordenação, cerca de 50 mil títulos estavam disponíveis para o público, que também foi surpreendente, confirmando o já esperado sucesso da bienal. O evento solene de abertura contou com a participação do Coro Jovem Sinfônico, no dia 08 de Abril. Essa toada de mesclar a cultura do livro com outras manifestações artísticas seguiu durante todos os dias do evento, dando um colorido diferente às atividades “mercantilistas padrão” a que estamos acostumados nas grandes bienais do livro, como Rio de Janeiro e São Paulo. Ponto para o evento.
 
Com relação à infraestrutura, sentimos faltam dos estandes das grandes e clássicas editoras que sempre prestigiam as bienais maiores. O pavilhão não era dos maiores e sofreu com a superlotação (e com o calor) durante os períodos mais movimentados, fortalecendo mais uma vez a tese de que a própria organização não esperava uma adesão tão grande da população de São José. Isso impactou também a nossa sagrada hora do almoço, dado que as opções de alimentação eram poucas*. Em linhas gerais o evento foi montado para atrair a família. Digo isso pois as áreas reservadas para as crianças ocupavam um espaço bastante relevante dentro do pavilhão. O objetivo de chamar pais e filhos para abraçarem a cultura do livro foi plenamente a tingido. Infelizmente (para nós pelo menos), os estandes estavam menores e com poucas ofertas, dando à Bienal uma cara de “evento de final de semana”.
 
Mesmo com todas as qualidades já citadas, o maior ponto positivo foram as palestras e discussões que ocorreram diariamente em um ótimo espaço chamado “Bate-Papo com o Autor”. Entre oficinas de criação de contos à conversas sobre a influência da internet da literatura, o espaço lotou inúmeras vezes e foi responsável pelos melhores momentos do evento, seja para troca de ideias ou para desmistificar o trabalho do escritor para o grande público. Conduzidos por Leandro Reis, a partir das 13 horas do dia 17, a equipe da Revista Fantástica “trocou figurinhas” durante pouco mais de uma hora sobre o boom da internet e suas consequências. A mesa, formada por Leandro Schulai (“O Vale dos Anjos” e criador do canal “Na Mira dos Livros” no Youtube), Walter Tierno (“Cira e o Velho” e colunista de quadrinhos do blog “Psychobooks”), Bianca Briones (“Entre o Amor e a Amizade” e dona do blog “Redoma de Cristal”), Alba Milena (blog “Psychobooks”) e Carolina Chiovatto (especialista de redes sociais e ferramentas de SEO da Revista Fantástica) respondeu a uma série de perguntas com propriedade e com o bom humor característico da publicação eletrônica.
 
Entre o calor de São José e o aperto dentro dos estandes, o resultado final da Bienal do Livro foi extremamente positivo, seja pelo sucesso de público ou pela presença de escritores e profissionais da área literária dividindo suas experiências com os visitantes.
 
Um abraço e até a Bienal de Guarulhos!
 
Equipe Revista Fantástica
 
* problema ainda mais grave quando um dos seus membros não toma refrigerante, não come fritura e tampouco alimentos, nas palavras dele, com alto teor de sódio.

18 de abr. de 2011

"Um país se faz com homens e com livros." (Monteiro Lobato)

Hoje é dia de comemorações, afinal, em 18 de abril, comemora-se o DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL, DIA DO AUTOR e DIA DO EDITOR
Uau! quanta coisa, né?

Poucas pessoas devem saber que essas comemorações todas devem-se á uma única pessoa: MONTEIRO LOBATO, um dos maiores autores da literatura infantojuvenil, brasileira. 

Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso. Depois criou a história “A Menina do Nariz Arrebitado”, que fez grande sucesso. Dando sequência a esses sucessos, montou a maior obra da literatura infantojuvenil: O Sítio do Picapau Amarelo. E o resto, todos nós conhecemos bem: Tia Nastácia, Pedrinho, Emília, Cuca, Saci-Pererê, Dona Benta e muito mais.

Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, no ano de 2002 foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infantojuvenil.



Mas dia 18 de abril também é dia de lembrar de outros dois personagens que, literalmente, fazem a história acontecer: o AUTOR e o EDITOR.

Muita gente me pergunta o tempo todo: O que exatamente faz um EDITOR DE LIVROS?
Bom, a lista d etarefas é extensa, acreditem! Mas, basicamente, o editor é o responsável pela adequação do texto ao público alvo, organização didática, verificação de imagens, textos, gradação de assuntos e de todo o acompanhamento na produção editorial. Além disso, o editor deve ler as centanas de originais recebidos, e pesquisar constantemente as listas internacionais, a fim de buscar novos títulos o tempo todo para o nosso mercado. O editor é um cara meio relações-públicas, que fica em contato com os autores, as agências literárias, a equipe de produção, o pessoal do marketing, o time do comercial e o público leitor.

E me parece impossível falar da figura do editor sem comentar aqui do papel do AUTOR, que é nada menos, nada mais, do que a razão da existência do Mundo Editorial. Esse profissional que se dedica a sentar e escrever sem parar, tendo como único objeitvo a exploração do imaginário de milhões de pessoas. É por meio dos livros que os autores se conectam com seus leitores e, mesmo sem nunca poderem se sonhecer - ou até mesmo com séculos de distância - essas pessoas tornam-se amigas, cúmplices e confidentes.

O autor e o editor têm um trabalho árduo em conjunto. É um exercício de respeito e paciência, em que um deve compreender a opinião do outro e aprender a ouvir conselhos de quem entende do que se está sendo falado. É uma atividade de companherismo, de parceria, a qual todos querem o mesmo resultado em conjunto: o sucesso. Essa dupla tem como função construir os livros. Desde as palavras escritas, passando pela escolha da capa, do papel, do texto de quarta capa e orelhas, da foto do autor, de quem vai traduzir, revisar e diagramar... É um processo de semanas, que cria uma relação íntima e muito forte entre autor, editor e o livro em si. 



Ser editora é um prazer! Lidar com autores todos os dias e poder fazer parte desse processo que proporciona a vocês os tão esperados livros, é daquelas coisas da vida que não têm preço. 

Por isso, digo de coração: PARABÉNS A TODOS NÓS! 
Parabéns pelo dia de hoje e parabéns pelo trabalho de todos os dias! 



13 de abr. de 2011

Virada Literária: Quem lê, se vira!

Há anos que a cidade de São Paulo promo a Virada Cultural, evento que dura um final de semana inteiro de eventos culturais, principalmente ligados à música, e que atrai, todos os anos, milhares de participantes.
Pois já não era sem tempo de colocarem uma pitadinha de literatura no meio dessa história toda, né? E pela primeira vez, acontecerá a VIRADA LITERÁRIA. Trata-se de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Libre (Liga Brasileira de Editoras).

Para quem não conhece, a Libre é uma organização nacional de pequenas e médias editoras independentes, atualmente com 105 associadas e com um catálogo coletivo composto por mais de 10.000 títulos.

Programação da Feira de Livros na Virada Cultural
Local: Estacionamento da Biblioteca Mário de Andrade.
Av. São Luiz - Centro
Dia 16/04 - Sábado das 19h10 às 00h10 - com intervalo de 01 hora

Maratona de Escritores:

Beatriz Bracher e Noemi Jaffe: em leitura de trechos sobre o amor.
Fabrício Corsaletti, Fabiano Calixto e Alberto Martins: em leitura de poesias.
Antonio Prata e Humberto Werneck: em leitura de crônicas
Tatiana Garcia - Cartas ao Cão
Mário Marinho - Velórios inusitados
Heródoto Barbeiro - Meu Velho Centro
Flávio Aguiar - Crônicas do mundo ao revés
Roniwalter Jatobá - Paragens A escola e a letra
Mouzar Benedito -  Meneghetti: o gato dos telhados e Ferrer, Bil Ferrer.
Haroldo Ceravolo Sereza - Florestan: a inteligencia militante.
Entre outros a confirmar.
Dia 17/04 - Domingo - 01h10
Perfomance com a atriz e cantora Priscila Lavorato (voz) e o acordeonista  Thadeu Romano.
Trata-se de uma performance cênica musical baseada na vida da cantora francesa Edith Piaf.
O repertório permeia pelos seus sucessos, e o texto foi elaborado a partir de uma pesquisa realizada em depoimentos da própria artista.
Das  03h10 às 05h10  - Karaokê literário
Os visitantes poderão escolher  um livro e ler alguns trechos
Das 09h15 às 17h00 - (intervalo de 01 hora) Continuação da Maratona de Escritores e encerramento

7 de abr. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Acessórios de exposição recriam mundo de Harry Potter em NY







Sala dentro da exposição "Harry Potter: The Exhibition" é vista em Nova York. 31/03/2011


Centenas de artefatos, dezenas de figurinos, acessórios e móveis da franquia cinematográfica usados na exposição "Harry Potter, The Exhibition" vão transportar os fãs do menino mago para o mundo em que Harry, Hermione e Ron combatem o malévolo lorde Voldemort.
Estique-se na enorme cadeira de reclinar de Hagrid na cabana que ele divide com seu cão Fang e ande pela Floresta Proibida, habitada por unicórnios, centauros e outros seres dos livros e filmes da série.
Sente-se debaixo das velas flutuantes do Salão Nobre, onde acontecem festas e bailes.
Mesmo os visitantes não familiarizados com os livros de J.K. Rowling - fenômeno editorial visto como responsável por ter levado uma nova geração a aderir à leitura - e com a franquia de blockbusters do cinema baseados neles não poderão deixar de se impressionar com os detalhes e a qualidade artística dos mais de 200 artefatos e acessórios da exposição.
"É como passar um dia em Hogwarts", disse Eddie Newquist, executivo criativo chefe da Global Experience Specialists, Inc. (GES), de Las Vegas. "Você tem a sensação de ter pisado dentro do filme."
A exposição levou anos para ser criada e inclui artefatos do filme final, "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2", que será lançado em julho. Ela ficará em Nova York até 5 de setembro, em sua última escala nos Estados Unidos antes de ser levada para fora do país.
Dividida em várias seções, a mostra, que cobre uma área de 1.300 metros quadrados, abrange todos os aspectos do mundo mágico de Harry e suas aventuras com Ron e Hermione.
Seções interativas na sala de aula de herbologia e a seção sobre o quadribol, o esporte mais popular entre os aprendizes de feiticeiros, também fazem o visitante sentir que mergulhou no mundo de Harry Potter.

5 de abr. de 2011

Vem aí, a Bienal do Livro de São José dos Campos

 As meninas do Blog Dear Book estão divulgando as informações de um grande evento literário: a Bienal do Livro de São José dos Campos.








VEM AÍ UM DOS MAIORES EVENTOS LITERÁRIOS DO ESTADO DE SP NO ANO!

A Bienal do Livro de São José dos Campos acontecerá no período de 8 a 17 de abril de 2011, no Parque da Cidade - Pavilhão Gaivotas e promete ser um dos maiores eventos literários do estado no ano.

O evento é promovido pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos, através da Secretaria Municipal de Educação; em parceria com a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, ANL - Associação Nacional de Livrarias, é organizado pela Spoladore Eventos, tem patrocínio do Instituto Embraer e Grupo Terra e apoio da Gerdau.

  • Local: Parque da Cidade – Pavilhão Gaivotas.
  • Endereço: Av. Olivo Gomes s/n – Santana - 12211-420 – São José dos Campos – SP
  • Área total do evento: 10.000m². 
Para maiores informações: 

Site: http://www.bienaldolivrosjc.com.br/
Twitter: http://twitter.com/bienallivrosjc 

Não percam!!!

4 de abr. de 2011

O livro infantil

Uma vez eu escrevi aqui sobre como vim parar aqui, No Mundo Editorial. E, dentre todos os fatores, aquele que me foi determinante, foi o contato, desde pequena, com os livros. 

Dia 2 de de abril foi dia Dia Internacional do Livro Infantil. E esse gênero literário é de uma preciosidade rara. Eu fico me perguntando, muitas vezes, como podem existir crianças que não tem esse privilégio da leitura. Privá-las disso, para mim, é um dos crimes mais graves que um adulto (e um Governo) pode cometer. 



Claro que há exceções, mas na grande maioria dos casos, o gosto pela leitura dá-se desde a infância. E eu sempre bato na mesma tecla de que, se queremos um Brasil melhor, devemos começar a investir na formação de leitores que amem ler. Por mais clichê que pareça - e é! - a educação é a base de tudo. E a literatura, a fonte de transformação das pessoas. 

Um livro infantil é capaz de abrir as portas do imaginário de uma criança. É ele quem vai transportá-la ao universo dos contos de fadas, do bom x mau, do certo x errado, da aventura, do medo, da alegria, do final feliz, das conquistas, do amor verdadeiro, da amizade e todos estes valores capazes de formar o caráter de um ser humano. Nem sempre é fácil para os pais explicar isso aos seus pequenos, e a literatura é o suporte da educação e da formação dessas crianças.




Ensinar seus filhos, netos, sobrinhos, afilhados, vizinhos, amigos e alunos, desde pequenos, que LER  é ter poderes mágicos que nos transformam em pessoas melhores é, sem dúvida, ensiná-los que sempre podem buscar soluções nos livros, pelo resto de suas vidas.


P.S: A quem interessar, vale uma olha no post O JEITO IDEAL DE LER PARA BEBÊS