29 de jul. de 2011

[Yale] O Brasil está na moda


Não sei se já comentei, mas o Yale Publishing Course 2011 tem 64 alunos de diversos países, sendo 7 do Brasil, o que representa mais de 10% do total. Nós, brasileiros, só perdemos em quantidade para Nova York, que fica a apenas duas horas de distância daqui e concentra os escritórios das maiores e mais importantes editoras dos Estados Unidos.

Se você está pensando “UAU”, seja bem-vindo ao clube! A reação é exatamente essa: surpresa! O mercado editorial brasileiro não está mais aquecido: está FERVENDO! E todo mundo está interessado em fazer negócios com a gente.

Os não-brasileiros aqui presentes já distribuíram cartões, pegaram nosso contato, e garantiram uma visita muito em breve. E antes que as piadinhas sobre gringos interessados no Brasil comecem, essas visitas têm fins exclusivamente comerciais. Pois é: o Brasil está na moda!

Prova disso é que ontem, durante a palestra PUBLISHING IN THE AGE OF GLOBALIZATION (Editando na era da globalização), ministrada por ED NAWOTKA (que tinha acabado de chegar de São Paulo, diretamente do 2o. Congresso do Livro Digital), falou-se do mercado editorial no mundo inteiro e, para surpresa brasileira, aparecemos no telão como exemplo de cases de sucesso editorial, comercial e de marketing. Isso mesmo!

Primeiro, Ed Falou sobre o sucesso mundial dos livros do Paulo Coelho e, em seguida, o livro Ágape, best-seller do Padre Marcelo Rossi (Editora Globo), que lidera há meses as listas de mais vendidos, estava no telão.







Não parou por aí: Deixe os homens aos seus pés, de Marie Forleo (Universo dos Livros) foi altamente elogiado pela campanha de marketing vinculada à vencedora do BBB11, Maria Melilo.







Por fim, A batalha do Apocalipse, Eduardo Spohr (Verus), apareceu como sucesso de literatura fantástica nacional.






Além disso, Nawotka mostrou em sua apresentação dados bastante significativos da indústria literária brasileira: 


Não posso negar que senti muito orgulho em ser brasileira, não só porque o livro Deixe os homens aos seus pés, citado acima, é sucesso coletivo da editora em que trabalho, e que dediquei grande esforço na divulgação e marketing; mas, principalmente, porque finalmente estamos sendo reconhecidos mundialmente no mercado editorial. E isso não é pouca coisa!

E apesar de ainda sermos considerados atrasados (estamos 5 anos atrás dos EUA, por exemplo), estamos correndo atrás do prejuízo e da liderança (prova disso é que a pessoa mais nova do curso sou eu, uma brasileira!) de um mercado que conhecemos muito bem.

Essa a nossa hora de fazer o mercado editorial brasileiro acontecer.  Por isso, mãos à obra!

28 de jul. de 2011

[Yale] Publishing Management - O curso



Quando fui demitida da Leya ano passado, fiquei perdida. Nunca tinha sido demitida antes (e já diria o ditado que vamos vivendo e aprendendo), fiquei cheteada, desanimada e sem rumo. Então, alguém falou: "Por que você não vai estudar fora do país?" Bom, quem acompanha o blog sabe que viajar é sempre uma excelente opção para mim e então, ao invés de ficar me lamentando sobre a vida e minha demissão, fui correr atrás dos meus interesses.

Googlando a respeito de Publishing Courses, encontrei o antigo curso na Universidade de Stanford, na Califórnia, que me foi altamente recomendado por editores renomados do mercado brasileiro. Para minha infelicidade, o curso já não existia mais por falta de verbas. Mas foi então que descobri que ele havia sido transferido para a Universidade de Yale, de onde escrevo este post hoje. 

Comecei a pesquisar, a correr atrás, a me informar. E, na metade do curso, já posso garantir que ele é altamente recomendável a todos os interessados em trabalhar no mercado de livros, seja na área editorial, comercial, finanças ou administrativa: aqui temos profissionais de todas as áreas, de diversos locais do mundo, como podem ver logo abaixo:

Mapa para localizar todos os países de onde vêm os participantes. By, HOLMES.

Material distribuído aos alunos
As editoras deveriam investir em seus profissionais, incentivando-os a fazerem parte disso (aproveito para agradecer meus pais e irmã, pelo suporte moral e financeiro; bem como a meu chefe e colegas de trabalho, pelo suporte também moral e de mão-de-obra). Pode parecer caro quando falamos em U$ 5.000,00, mas eu posso garantir que esse dinheiro é muito bem investido, já que além dos melhores palestrantes sobre o assunto, toda infrainstrutura moderna, transporte, há muita comida boa e bebida (incluindo alcoólicos) o tempo todo.




Jantar no Berkely College, em Yale
Mas que fique claro que o curso é para quem atua na área: aqui não se aprende a fazer um livro, por exemplo. Aqui todos já sabem fazer livros, seja lá que formato for. O que fazemos aqui é dividir experiências, trocamos informações e muito networking (tragam seus cartões de visita, rs!). Aprendemos com as histórias alheias, rimos com os erros coletivos e levamos lições para a vida inteira. E não só durante as palestras com os "papas" do mercado editorial norteamericano: temos café da manhã, almoço, jantares, churrascos, coquetéis, festas e tudo mais o que o ambiente social networking pode oferecer. É um oportunidade inigualável de APRENDER!  



Fora isso, tem todo o ambiente Yale University, né? O campus é repleto de bibliotecas, prédios históricos, galerias de arte, centros esportivos... vale MUITO a pena. Então... VENHAM TODOS VOCÊS! 


P.S: Há também a versão deste curso para revistas.
P.S2: Vejam FOTOS AQUI!!

27 de jul. de 2011

[Yale] E-book é SIM assunto de editor


Imagem de apresentação de Melcher: "Surface or Substance? Reading in a digital age"

O PublishNews de ontem publicou o texto “E-book não é assunto de editor”, de Cindy Leopoldo, e confesso que fiquei extremamente assustada. Não pude deixar de discordar. Primeiro porque, o mesmo portal deu manchete para o 2º Congresso Internacional do Livro Digital, que está acontecendo no Brasil. E, principalmente, porque em apenas dois dias de Publishing Management Course, em Yale, EUA, não tenho a menor dúvida de que o livro digital veio para ficar. 

No mesmo dia em que li o texto da Cindy, no qual afirma que “e-book é assunto de sites e revistas de tecnologia, se localiza mais ou menos entre a seção de smartphones e a de games”; ouvi Liisa McCloy-Kelley, vice-presidente e diretora das Operações de Produção Digital da Random House, afirmar que os e-books estão aqui para ficar e que já existe uma nova categoria de mão-de-obra especializada no mercado editorial: a do livro digital.

E isso inclui um EDITOR. Não se faz livros sem editores, sejam eles impressos ou digitais. E como funciona um editor de livros digitais? Bom, que tal começar com a difícil decisão de qual plataforma usar? Será um e-book? Será um app? Terá animações? E ilustrações? Que tal um vídeo? Outras decisões importantes, como formato da diagramação (que não está mais presa a um número de cadernos pré-determinados); ou quais títulos existirão APENAS na versão digital, entre outros, deixam bem exemplificado que e-books é SIM assunto de editor.

Liisa McCloy-Kelley disse uma dessas coisas óbvias que ninguém nunca presta atenção: “O futuro [do mercado editorial] está em algum lugar no equilíbrio entre impressos e digitais.” E não pude concordar mais. 
Os impressos não vão sumir e, muito provavelmente, serão objetos de consumo e desejo, assim como são hoje os discos de vinil são para os amantes da música e indústria fonográfica. Mas livrarias vão falir e editoras vão fechar e devemos encarar o fato com pesar, mas sem nos espantarmos. O Brasil ainda está atrasado na produção dos livros digitais, mas isso não o exclui do processo. Muito pelo contrário: é  inevitável e pertence a um futuro muito próximo. 

Imagem de apresentação de Melcher: "Surface or Substance? Reading in a digital age"

Meu conselho? Preparem-se! Especializem-se! Não lutem contra isso, porque vocês vão perder! A tecnologia facilita nossas vidas e isso é um fato consumado. Por isso, a mudança é inevitável. Depende apenas de você fazer disso uma coisa boa. Ou não.






P.S: Para quem tem iPads, iPhones ou iPods Touch e estiver disposto a gastar U$4,99, sugiro darem uma olhada no app OUR CHOICE, de Al Gore. Foi apresentado a nós ontem no curso, durante a palestra de Melcher, da empresa criadora do app, que ganhou o prêmio de melhor app do ano. Não me lembro de nada mais significantemente revolucionário em livros digitais. #ficaadica!

26 de jul. de 2011

[Yale] As bibliotecas de Yale


Falar de todas as bibliotecas de Yale seria adorável, mas impossível. Na minha breve passagem por aqui, visitar todas essas bibliotecas é inviável. São 13 milhões de diferentes títulos de livros espalhados pelas mais  de 25 bibliotecas distribuídas pelo campus da Universidade. Algumas maiores, outras menores, mas todas atendem às necessidades dos estudantes, dos moradores de New Haven e dos visitantes.

Infelizmente, meu tempo livre é muito restrito e, por isso, não consegui (ainda) visitar o interior da belíssima Sterling Memorial Library, ou a Yale University Library (a biblioteca oficial de Yale), que parece mais uma catedral gótica (este estilo arquitetônico é o que predomina aqui, por escolha do próprio arquiteto, que se inspirou nos prédios de Oxford e Cambridge, na Inglaterra). Aliás, a vontade real do dono (sim, aqui funciona assim: prédios são construídos por milionários e doados para as universidades) da Sterling Memorial Library, era poder construir uma igreja. Por questões políticas e religiosas da época, isso tornou-se inviável e, assim, ele fez questão que a fachada e o interior da biblioteca lembrassem o máximo possível uma catedral. Quase louco, né? Rs! 



Mas para a alegria geral, consegui visitar o interior da moderníssima Beinecke Rare Book and Manuscript Library. O prédio é simplesmente monumental, por dentro e por fora. E a biblioteca é uma das mais importantes do país, onde são guardados manuscritos raríssimos e únicos e o primeiro livro impresso, por exemplo. 



É literalmente uma montanha de livros até o teto e, como é de se imaginar, o acesso a eles é restrito aos associados e, por motivos óbvios, os livros não podem ser retirados para empréstimo, é permitida apenas a consulta local, algumas vezes sob supervisão dos responsáveis. 



A sensação de estar num local como esse, é que nunca faltará livro para ninguém. E que assim seja! 

Beinecke Rare Book and Manuscript Library por fora e por dentro.


P.S: Para ver mais fotos, acesse o ÁLBUM.

24 de jul. de 2011

[Yale] The Yale Bookstore


Não é novidade para ninguém que não importa aonde eu vá, sempre paro numa livraria, não é mesmo? Pois aqui em Yale não seria diferente e, para ser bem sincera, já passei em três. 

Mas hoje vou falar da The Yale Bookstore, by Barnes & Nobles.  É a livraria oficial de Yale, como já deu pra perceber. Mas justamente por isso, ela não é como as outras: nela vendem-se roupas, bandeiras, botons, materiais escolares, chaveiros e tudo mais de souvenirs e utilidades que Yale pode oferecer para os alunos e visitantes. 


Além disso, o subsolo é praticamente de utilidades para coisas de casa, como edredons, abajours, lençóis, travesseiros, puffs e afins. 







O café, uma espetáculo de Starbucks a parte. A decoração é composta pelos prédios que compõem todo o complexo da Universidade.



Alias, na própria loja há folders dos famosos formados por Yale como o ex-presidente George W. Bush (no plural aqui, porque pai E filho estudaram lá, como praticamente manda a tradição conservadora norteamericana: universidade é coisa de família!)

Fora isso, é uma livraria como outra qualquer, inclusive no Brasil, que já há algum tempo segue o padrão EUA de ser, com espaços infantis bem estruturados e privacidade para os leitores aproveitarem o que há de melhor ali mesmo.

Nos destaques, George RR Martin e as Crônicas de Gelo e Fogo (alguma surpresa?). Acreditam que eles estava aqui há uma semana autografando os livros e eu perdi essa?? Também em destaque, o bruxinho que mora em nossos corações: Harry Potter é dica de leitura também sem novidades. O que me chamou atenção foi a seleção dos mais vendidos dentre os alunos da Universidade. Bacana isso, né?

Bom, deixa eu correr pra me arrumar que hoje começa a parte séria da viagem e tenho um jantar com o Michael Jacobs, o Presidente/CEO da Abrams Books. Depois conto tudo!

 

P.S: Existe uma FACULDADE PARA AUTORES aqui em YALE , vou tentar desccobrir mais infos pra vcs.

P.S2: Tem mais fotos AQUI.

23 de jul. de 2011

[Yale] Hi from Yale University

Cá estou, no sol de rachar das 19:30 (horario local), tomando um delicioso frapuccino de morango no Starbucks de New Haven (CT-USA) para me refrescar do verão bem quente, quando me dei conta que nem contei pra vcs que vim fazer um curso de Publishing Management na Universidade de Yale, né? Pois bem! Eu vim, gente!!! To vivendo uma semana de Rory Gilmore (quem aqui assistia Gilmore Girls levanta a maoooo) e mto feliz!! :)



Por isso, os próximos posts serão uma sequência de atualizações sobre isso, ok??
E espero conseguir postar com frequência, mas não sei direito como.vai ser o ritmo (quer dizer, vai ser insano, dado que tenho aula o dia inteiro durante a semana toda hehe).

Mas como acabei de chegar, posso falar um pouco da cidade, que se não existe só por causa da universidade, com certeza vive em função dela.


Além dos campus espalhados pelo centro e de livre acesso ao público, o comércio respira os Buldogs, mascote de Yale. 
Os prédios são um espetáculo arquitetônico histórico a parte, e as ruas parecem de cidades cinematográficas. Galeria de arte de graça, teatro a preço de banana e bikes por todos os lados. além, eh claro, de livrarias e lojas a cada esquina. Mas se engana quem acha que vou voltar cheia de presentes: aqui é tudo azul e branco e nada mais.  


And let' s go Buldogs!!!


22 de jul. de 2011

Eu quero pra mim!!

Da série "Colaboradores do blog com pautas que eu adoro", a indicação da vez veio do Luciano Alves (Obrigada, Lucci!!).

E eu não só adorei a novidade e decidi publicá-la aqui, como quero tudo pra mim! rs!



Tem como não querer, gente?? Olha essas decorações com livros, quanto amor!! Vejam muito mais no link da Wanelo e babem que nem eu!!





21 de jul. de 2011

Escrever está fora de moda


Li numa matéria publicada no Estadão, o ensino da letra cursiva (de mão) será opcional no Estado norteamericano de Indiana e deverá ser banido definitivamente nos próximos anos. Assustados? Calma, a notícia piora: a decisão deve ser seguida por mais de 40 Estados do país que também consideram esta forma de escrever como ultrapassada - OI?? - Na avaliação deles, é mais importante se concentrar no aprendizado das letras bastão (de forma).



O motivo de tal decisão, que já adianto: considero absurda, é que atualmente as crianças praticamente não necessitam mais escrever as letras com caneta ou lápis no papel. Seria mais importante elas aprenderem a digitar mais rapidamente, já que quase toda a comunicação acontece por meio de letras de forma nos celulares e computadores. São 40 estados que integram o Common Core Stated Standards Initiativa (Iniciativa para um Padrão Comum de Currículo), responsável por tentar padronizar o ensino básico nos Estados Unidos e que defendem abertamente o fim do ensino da letra cursiva.



Já no Brasil, há uma nova metodologia no ensino da letra cursiva, mas não seu abandono nas escolas.(UFA!)


Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o aprendizado da letra cursiva ajuda a desenvolver a coordenação motora fina. E, também, habilidades de raciocínio. Em segundo lugar, é um erro acreditar que uma criança que saiba digitar não precisa saber escrever.

O ato de ESCREVER é que ensina a noção de vocabulário, ortografia e gramática a uma criança, que simultaneamente, aplicará isso ao computador, de maneira quase que automática. Não discordo que a letra cursiva perdeu a prioridade, mas Privar a criança do aprender a escrever, é um  crime contra sua inteligência motora e intelectual.

Imagina só se a moda pega e o resto do mundo resolve que escrever é coisa tão passada, que aprender a letra cursiva é obsoleto! Bom, eu consigo prever uma catástrofe linguística mundial! E olha que sou grande defensora de que a língua, assim como todas as coisas, muda (podem conferir AQUI).

Uma criança que não tem a opção de aprender a escrever vai se tornar um adulto ignorante sem saber, simplesmente porque as escolas o tornaram assim.

Uma criança privada de um exercício tão bonito e agradável como o escrever, será um adulto incompleto e, arrisco dizer, que infeliz. Mesmo que não tenha a consciência disso.


19 de jul. de 2011

Pequenos gestos fazem a diferença

Olha a Livraria Cultura começando um projeto que vai virar tendência...



Que tal servir de exemplo?
Estou encantada com a iniciativa e o No Mundo Editorial apoia a ação!


Aproveite e garanta a ECO BAG de sua preferência clicando AQUI.

[flip] OS 10 LIVROS MAIS VENDIDOS NA FLIP

 E para quem acha que a Flip é só feita de festa, vamos aos números de vendas...



1- Máquina de fazer espanhóis  - Valter Hugo Mãe (Cosac Naify)
2- Remorso de Baltazar Serapião - Valter Hugo Mãe (34)
3- Muito além do nosso eu - Miguel Nicolelis (Companhia das Letras)
4- Teorias selvagens - Pola Oloixarac (Benvirá)
5-  Diários de bicicleta - David Byrne (Amarylis) 
6- Contra um mundo melhor - Luiz Felipe Pondé (LeYa) 
7- Verbos auxiliares do coração - Péter Esterházy (Cosac Naify) 
8- Se eu fechar os olhos agora - Edney Silvestre (Record) 
9- A travessia do rio - Caryl Phillips (Record) 
10- O viajante do século - Andrés Neuman (Objetiva)

Fonte: PublishNews

18 de jul. de 2011

[flip] Os números (parciais) da Flip



Em matéria publicada pelo Publishnews temos números parciais da 9ª Festa Literária Internacional de Paraty. O Datafolha se ocupou de uma pesquisa que em breve apresentará números mais reais, mas a organização da Flip estima que o público presente à festa este ano tenha ficado em torno de 20 – 25 mil pessoas, como em 2010. A cidade estava mais tranquila, e só faltou água no sábado (OI??) e vagas de estacionamento no domingo.

Pela Flipinha, passaram mais de 25 mil crianças (Aêêê). A biblioteca infantil, montada ao lado da tenda da Flipinha, recebeu a visita de 15 mil crianças (todascomemora). Por problemas de espaço, só três mil adolescentes (80 em cada debate) participaram da FlipZona.

Foram 139 convidados, dos quais 29 internacionais (concentrados na programação oficial). No sábado à noite, os acessos ao site que transmitia os encontros ao vivo contabilizava 62,5 mil acessos (UAU!!!!). Em 2010, segundo a organização, foram 21 mil acessos.

A Flip custou R$ 6,8 milhões.

15 de jul. de 2011

[flip] Joe Sacco, uma agradável surpresa

Estava a caminho de Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, onde fiquei hospedada para ir à Flip, quando eu e meus amigos conversávamos sobre o que conseguiríamos ou não assistir e fazer na Festa. Como até poucos dias antes do evento nem sabíamos que iríamos, nada foi programado (o que, cá entre nós, tornou tudo com gostinho mais especial, rs!). Foi quando, xeretando no aplicativo do iPhone, vi que JOE SACCO estaria presente justo no mesmo dia que nós. Um dos meus amigos, filho de chargista e grande fã de quadrinhos, ficou animadíssimo com a notícia e foi tão contagiante, que despertou minha vontade de saber um pouco mais sobre esse quadrinista até então (quase) desconhecido para mim. Só pra vcs entenderem o começo da minha animação, ele criou um gênero chamado "Jornalismo em quadrinhos". Genial, né?

Photo by Sergio Bergocce

Pela manhã do sábado, assistimos a palestra de Joe Sacco do lado de fora da Tenda do Telão, onde pudemos ouvir perfeitamente tudo o que esse jornalista dos quadrinhos disse. Como disse o Publishnews, não foi só seu traço cheio de detalhes e realismo que surpreendeu a plateia, atenta também à sua visão humana das guerras, onde as pessoas são mais importantes do que os fins, e aos relatos delas. Joe Sacco impressionou pela capacidade de perceber o ser humano e, principalmente, de se importar com a vida das pessoas, como ele mesmo afirmou. 



Joe Sacco autografando e conversando com Sergio, o fã.
Joe contou que, para realizar seu trabalho, vai até os lugares e conversa com as pessoas de lá para entender o passado e fazer uma ponte com o presente. Segundo ele, essa é uma das vantagens das histórias em quadrinhos. “Você pode apresentar ao leitor a passagem do tempo ao mesmo tempo. Uma fotografia, por exemplo, não conta toda a história de um lugar.” - Gente, não é MUITO amor essa dedicação toda??
Descobrir um jornalista que narra as guerras por histórias em quadrinhos me acrescentou muito! Era alguém que eu não conhecia e foi amor à primeira vista! Não só pelo trabalho incrível dele, mas por ele em si: atencioso, comunicativo, prestativo, educado e paciente. Fez duas palestras, autografou livros e mais livros e, ainda assim, não perdeu a pose, nem por um minuto! 

Deixo aqui o meu muito obrigada à Companhia das Letras por ter improvisado outra sessão de autógrafos, já que a primeira claramente não foi sucificiete (um beijo pra Diana Passy, que me alertou do tamanho da fila e não me deixou perder tempo à tôa!).
Foi então, quase indo embora da Paraty, que conseguimos o tão desejado autógrafo de JOE SACCO!

Foi mesmo para ir embora radiante, né?!
Ah! Cliquem AQUI para verem mais fotos!


Sergio Bergocce, com seu "PALESTINA" autografado por Joe Sacco

P.S: Pra quem quiser conhecer um pouquinho mais sobre o trabalho de Joe Sacco, recomendo a leitura do post d´O ESPANADOR, da queridíssima @julhama, que não é só uma devoradora nata de livros, como uma alucinada por quadrinhos.

P.S²: Acessem AQUI e baixem "Uma história de Saravejo" gratuitamente, para vocês sentirem o gostinho da qualidade do trabalho dele!

14 de jul. de 2011

[flip] Fotos da Flip

Finalmente as fotos da FLIP! ôôô coisa mais linda!!!

Cliquem AQUI e espero que gostem!!! :)


Hoje é dia de Harry Potter - Acabou, snif! :(

(Pausa na série Posts sobre a Flip por uma jsuta causa)


Oi, meu nome é Talita, eu tenho 25 anos, e não estou sabendo lidar com o fim (fim DE VERDADE) de Harry Potter. (Todos: Ooooooiiii Talita).




Tá, eu sei que já acabou de verdade com o lançamento do último livro. Mas sempre fica uma expectativa pro filme, né gente? E agora vai acabar MESMO! Ai, essa abstinência antecipada que já me doi! Pior: eu NÃO vou à estreia (todassurta!!!)

HP em HQ
Mas já que vai acabar, então, resolvi fazer o dia de Harry Potter aqui no Blog, com algumas dicas pra vcs!

Primeiro, que tal um pouco de HP em HQ?? Dêem uma olhadinha AQUI e confiram que bacana ficou a adaptação das histórias em quadrinhos.



Depois, testem seus conhecimentos sobre o bruxinho e seus amigos no link AQUI, num jogo de caça objetos. Eu confesso que sou muito boa nisso, viu?? Tô aceitando desafios! rs!

Bolo de Hogwarts
Então, sigam para o site da Livraria Cultura AQUI e vejam a programação que a loja do Shopping Villa Lobos está preparando para um evento para os fãs neste sábado. Alôôô!! Eu vou estar lá para garantir meus brindes, que já fiquei sabendo que estão lindos e imperdíveis!!


E, para finalizar, que tal um bolo de Hogwarts??? Isso mesmo!! Acesse AQUI e vejam que obra de arte! E que delíciaaaa! Yami yami!!



Bom... Acho que o jeito é clicar AQUI e relembrar a visita ao The Wizarding World of Harry Potter, na Island of Adventure, da Universal Studios, em Orlando (EUA), né?




E pra quem gosta, o que não falta nesse blog é Harry Potter. Tem post do bruxinho AQUI, AQUI, AQUI, AQUI e em muito mais. É só dar um "Pesquisar este blog" lá na Home.

13 de jul. de 2011

[flip] Enfim, a FLIP - Parte 2

UAU! Eu nunca achei que escrever sobre a Flip seria tão difícil. Mas não pelo evento em si, pq o que não faltam são pautas. Mas pq essa semana tá beeem corrida (quem acompanha minha novela online by Twitter sabe que mudamos de escritório no trabalho e isso mudou um pouco nossa rotina essa semana). Mas chega de blablabla e vamos ao que interessa!





Eu não sei exatamente o que era mais legal: andar pelas ruas históricas de Paraty, ver livros pendurados em árevores, ou conseguir assistir palestras de autores incríveis, ouvindo o barulho do mar!





É... a Flip é mesmo uma FESTA, no mais amplo sentido da palavra! Quebra aquele ar de programa cultural que tinha tudo para ser chato. Rompe barreiras e encanta todos os visitantes, de qualquer lugar e de qualquer idade. O que eu acho mais bacana na Flip é justamente esse clima amistoso, amigável, que envolve todo mundo em alguma atividade cultural. Não precisa estar dentro do auditório, com seu ingresso comprado, para ouvir determinado convidado falar disso ou daquilo. Não. A Flip envolve os convidados em atividades o tempo todo, seja pelas estruturas das editoras, seja pelas programções de rua, seja pela beleza de Paraty! Você pode ser uma criança grande ou um adulto infantil! Tudo pode, tudo vale!



A Festa Literária Internacional de Paraty é, sem dúvidas, o principal evento literário do país e um dos mais importantes do mundo. Isso porque o objetivo comercial é totalmente secundário. A grande sacada da Flip foi transformar os grandes nomes da literatura mundial em pessoas comuns, que dividem as ruas com editores, livreiros e, acima de tudo, com os leitores. Lá, somos todos iguais, sem drama. E aproximar o escritor do público leitor é mostrar que qualquer um de nós é apto a ler todo e qualquer tipo de literatura de qualquer país do mundo. Simples assim.

A 9ª edição da Flip veio recheada de pessoas bacanas e, como já disse no post anterior, a estrutura do evento foi uma surpresa mais do que agradável. O Brasil está crescendo para o mundo e para si mesmo. E um evento como a Flip é prova de que somos reconhecidos internacionalmente como produtores de cultura e, principalmente, ganhando respeito no mercado e âmbito literário.


E pra encerrar, todo mundo nu
Fonte: Revista Veja
Bom, se alguém tinha alguma dúvida de que o encerramento da 9a. edição da Flip seria ao melhor estilo Antropofágico, com certeza o diretor de teatro Zé Celso deixou BEM claro estavam errados. A encenação de Macumba Antropófaga, misto de rito e musical, que durou 3 horas, mostrou os atores Marcelo Drummond e Letícia Coura - ou Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral - bebendo absinto, comendo  carne crua, despindo-se e se amando nas areias da praia de Paraty, acompanhados pelos olhares dos outros participantes do grupo, do Teatro Oficina Uzyna Uzona, vestidos como índio e sob os olhares do diretor, que  circulava pela plateira de branco coberto por um manto de plástico com a palavra Paraty impressa em vermelho.O espetáculo trouxe à cena Macunaíma, Mario de Andrade, Pagu, além de Cristo, Montaigne, Buñuel, Maiakowsky, Cristo.E no melhor estilo Antropofágico, os atores convidaram alguns membros da plateia a participarem da macumba, deixando-os pelados junto ao grupo. Um encerramento memorável e digno de Oswald de Andrade: "Tupi or not Tupi"





Bola Fora
Mas nem tudo são rosas e o novo curador da Festa, Manuel da Costa Pinto, pode ter colocado sua cabeça a prêmio logo em sua primeira edição no cargo, já que no Balanço da Flip foi infeliz em seu comentáriosobre a participação do documentarista e intelectual francês Claude Lanzmann, um dos convidados do encontro.Segundo matéria publicada na Folha de S. Paulo, Costa Pinto --que antes da Flip classificou Lanzmann como o convidado mais significativo para ele-- criticou a rispidez com que Lanzmann tratou o mediador de sua conferência, o professor e crítico Márcio Seligmann-Silva, equiparando a atitude a práticas nazistas. Na visão do curador, o destempero de Lanzmann (que é judeu) refletiria um preconceito contra acadêmicos. Ainda de acordo com matéria da Folha, a Associação Casa Azul, organizadora da Flip, divulgou nota no início da noite do domingo afirmando que "gostaria de esclarecer que a opinião expressa por Manuel da Costa Pinto representa uma posição pessoal. A Associação lamenta o uso de uma palavra inadequada em relação a um convidado cuja presença engrandeceu a Flip em 2011. A organização da Flip destaca seu habitual respeito aos escritores convidados, que representam o sucesso deste evento de celebração da literatura".

A Casa da Companhia e a Cada do IMS

Esses dois lugares merecem destaque! Não só pela iniciativa das respectivas instituições em montarem um espaço bacana para os visitantes, mas por toda infraestrtura que disponibilizaram, sem cobrar nem um centavo! Cadeiras, banheiros, livros, água, café, livros, televisão, computadores, internet, wi-fi. Todos tinham direito a fazer uso de tudo isso, sem custos!  
#Ficaadica aí para quem quer ganhar destaque nesses eventos!


Fotos
Ontem baixei as fotos e prometo que vou disponibilizá-las num álbum o quanto antes. Mas se quiserem, matem o gostinho nas selecionadas que foram pro Flickr. E prometo que ainda essa semana disponibilizo um link com todas!