30 de set. de 2011

Cicatrizes Invisíveis








"Algumas pessoas acham que ler é chato.
Mas a única verdade que posso afirmar é o fato de que
LER me salvou de péssimas realidades.
Sim, eu sei que não posso viver 
só na minha própria imaginação por meio
dos livros que li, sejam eles ficção ou não. 
Mas encher minha mente de coisas boas
(mesmo que imaginárias) 
tem feito muito 
em
curar
 cicatrizes invisíveis."

Fonte: Pics For Life

29 de set. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Quanto o brasileiro gastará comprando livros em 2011?


Em nota publicada no Estadão, foram divulgados números de quanto o brasileiro gastará comprando livros este ano.

Segundo pesquisa do Ibope Inteligência, nada menos que R$ 7,18 bilhões (UAU!!!). Ligeiramente acima do apurado em 2010.



O Sudeste responde pelo consumo de 57,9% dos livros vendidos, média de R$ 55,08 per capita.
O Norte e o Nordeste consomem quase 20%; o Sul responde por pouco mais de 15%; e o Centro-Oeste representa menos de 10% das vendas.

TODASCOMEMORA!!!!!

26 de set. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Venda de livros porta a porta deslancha

Em plena era digital, fui surpreendida com uma matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo de ontem, de autoria de Felipe Vanini Bruning: Venda de livros porta a porta deslancha

COMO, em plena era de compras online e livros digitais e blablabla, uma atividade como a venda de livros porta a porta pode crescer?


Pois vale a pena ler a matéria na íntegra logo abaixo e entender este fenômeno, bem como abrir espaço para possibilidades sólidas de negócios no mercado livreiro, já que, de acordo com os números apresentados na matéria, parece que fazer dinheiro vendendo livros porta a porta é garantia na certa!


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Venda de livros porta a porta deslancha
 
Antes considerada moribunda, a venda de livros porta a porta ganhou um novo sopro de vida recentemente.
De 2007 a 2010, a participação do segmento no mercado editorial do país aumentou de 9% para 21,66%. Atualmente, somente as livrarias e as distribuidoras estão na frente do porta a porta como canal de venda.
Nessa retomada, o livro ganhou parcerias. Com a sua compra, as editoras oferecem brindes como DVDs, CDs, cursos a distância, livros digitais, entre outros produtos.
"O Brasil tem mais de 5.000 municípios e menos de 2.000 livrarias. A venda porta a porta tem uma enorme capilaridade e supre essa lacuna", afirma Diego Drumond e Lima, presidente da ABDL (Associação Brasileira de Difusão de Livros) e diretor-geral da Editora Escala.

Lalo de Almeida/Folhapress
João Ferreira de Lima apresenta livros à família de Sebastião Carlos (de azul) em Embu das Artes
O vendedor João Ferreira de Lima apresenta livros à família
de Sebastião Carlos (de azul) em Embu das Artes
 

PÚBLICO VARIADO
De acordo com dados da ABDL, o faturamento do setor alcançou R$ 1,2 bilhão em 2010. Em 2008, foram R$ 681 milhões. A média de preço das coleções é de R$ 122,74.
A Editora Escala começou no porta a porta há sete anos. "Atualmente, vendemos 350 mil livros por mês nesse segmento", diz Lima. Para agradar a um público variado, os títulos incluem livros pedagógicos, religiosos, infantis e best-sellers.
Não por acaso, a Hermes, tradicional empresa de vendas diretas do Rio de Janeiro, começou a fazer testes com a venda de livros há quatro anos. "Vimos que esse nicho podia ser mais bem explorado" afirma Silvio Zveibil, diretor de vendas da Hermes.
"Mas foi realmente em 2010 que o negócio deslanchou, com vendas de 10,5 milhões de unidades."
Segundo Zveibil, a venda de livros gerou receita de R$ 140 milhões no ano passado.
A Avon, especializada em cosméticos, descobriu esse segmento há 18 anos. Com seu exército de 1,1 milhão de revendedoras, é a líder de mercado.
Segundo Adriana Picazio, gerente da Avon no Brasil, a negociação de grandes volumes da empresa com as editoras reduz significativamente o preço das unidades.
Conforme a Folha apurou, a Avon fatura aproximadamente R$ 400 milhões com a venda de livros.

 



 
ENCICLOPÉDIAS
Os negócios com enciclopédias, que deram origem ao segmento, também não vão mal. A líder de mercado, Barsa, controlada pela Editora Planeta, espera vender 70 mil coleções de enciclopédias em 2011, 7% mais que em 2010. As coleções custam de R$ 2.400 a R$ 2.900.
Segundo Sandra Cabral, diretora da Barsa, equipes especializadas em nichos profissionais têm ganhado destaque. "Temos vendedores que atendem somente delegados de polícia ou médicos."

21 de set. de 2011

O lado errado da Bienal


Eu estou quase obsoleta no assunto, eu sei! Mas tentem ficar 15 dias longe da sua mesa de trabalho e vejam o quanto é difícil colocá-la - e toda sua vida - em ordem depois! rs!

Ok, depois das desculpinhas esfarrapadas, cheias de #mimimi pela demora do post, gostaria, antes de mais nada, de justificá-lo. Primeiro para vocês não me acharem uma louca incoerente, já que fiz um post toda apaixonadinha pela Bienal na semana passada (que se você ainda não leu, clique AQUI e corrija este erro, rsrs!). E, segundo, para deixar bem claro que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa e, portanto, achar que não posso mais viver sem a Bienal do Livro não significa que tenha sido feliz e sorridente durante os 10 dias de feira. E muito pelo contrário, já que a organização do evento não colaborou em nada para momentos felizes. 

É justamente sobre isso que este post fala! Vamos ao top 5? E por favor, se esqueci de algo, não deixem de me corrigir! 

  1. BANHEIROS - Bom, obviamente que eu só posso falar do feminino e olha... NOJO é pouco para definir aquele ambiente. Sujo, imundo! Papéis jogados no chão, privadas encardidas, descargas não dadas. Literalmente, uma merda. Fora que nos dias de lotação nos stands, as filas para uso dos banheiros eram quase uma piada pronta: ultrapassavam os 40 minutos. HAHAHAHA - viu? eu avisei: piada pronta! Tipo, OI! Eu estou aqui TRABALHANDO. Vc acha mesmo que eu tenho mais de 40 minutos para ficar numa fila para fazer xixi e ainda nem ter papel para me limpar? E se eu não posso, imagine só os promotores contratados, que só têm 30 minutos de lanche. Estou sendo muito radical, ou é bastante claro que alguém que só tem meia hora de almoço não pode ficar 40 minutos numa fila de banheiro? Ah, podíamos passar o dia sem fazer xixi... É mesmo! Desculpem, tinha me esquecido desta opção... 
  2. ALIMENTAÇÃO - Calma, será que posso chamar aquilo de alimentação mesmo? Porque né, gente... Vamos combinar! Dentre as opções menos trashs, estava a Batata no Cone. E não que eu não seja fã de batata frita, mas é que almoçar e jantar isso não me parecia muito saudável. Tudo bem, eu podia comer o pedaço de pizza de R$8,00 que era tão fino, que era cortado com tesoura sem ponta (aquela que as criancinhas levam pra pré-escola, sabe? Então...). E não, eu não estou exagerando. Outras opções também eram crepe, pastel, churros, foundue de chocolate, favo e... argh, meu estômago, meu fígado, meu peso!! Sim, havia o famoso "bandeijão", que fui muito astuta em passar longe, acreditem! Mas, né? quem precisa mesmo dessa coisa de comer direito? 
  3. PREÇOS ABUSIVOS - Eu fico me perguntando quando é que o Brasil vai aprender a fazer um evento cultural que seja acessível a todos os brasileiros? Porque uma Bienal no Riocentro não é mesmo! Primeiro, porque o acesso ao espaço é difícil! Não tem metrô na região e a Barra/Recreio é longe de quase tudo no Rio. E aquela história de táxi no Rio é barato virou coisa do passado. Depois, o ingresso custava R$ 12,00 (inteira). O estacionamento, mais caro que o ingresso (oi?) custou R$ 15,00. Daí imaginem a cena: um casal leva os dois filhos para passear na Bienal do Livro. Até o momento já foram R$51,00. Aí um filho quer pipoca, o outro refrigerante, não podem deixar de tomar um café e... ah sim! Por que não comprar um livro, não é mesmo? Façam as contas e reflitam: por que será que o público tem diminuído ano a ano na Bienal? 
  4. A FALTA DE RESPEITO COM O EXPOSITOR - Tantos anos de Bienal e será que ninguém nunca pensou que o expositor precisa de um espaço para sair um pouco do seu stand, onde passa tantas horas? A última Bienal tinha a (santa) sala de imprensa, que no dia mais louco da Bienal, com milhares de visitantes e filas em todos os lugares (banheiros, lanchonetes...); justo neste dia, fechou as portas para os expositores e só permitia a entrada da própria imprensa. Alguém mais me viu fazendo um escândalo na porta? Porque eu fiz, até me deixarem entrar. Mas será que era mesmo necessário causar este stress? Eu sou a favor de uma sala do expositor, com café, água, ar condicionado, sofás, computadores, impressoras, internet e tudo mais o que tem direito. Porque é o mínimo que podem oferecer para pessoas que, assim como eu, entravam no pavilhão às 09hs e só saiam às 22:30hs. Isso sem falar na palhaçada da "famosa" festa do SNEL. Alguém me explica como é possível o Sindicato Nacional de Editores e Livreiros fazer uma superfesta no meio da Bienal Internacional do Livro e NÃO convidar TODOS os expositores? Porque eu achei isso um absurdo! (Para quem achar que estou sentida pq não fui convidada, ledo engano: não fui porque não quis, convite eu tinha). Pelas editoras convidadas e as não-cnovidadas, ficou bem claro o grau de politicagem na hora da escolha dos convidados. No fim das contas, o órgão responsável por tentar fazer o mercado ter um equilíbrio entre o grande e o pequeno, e que deveria olhar para o interesse de todos, simplesmente entrou no jogo e selecionou de maneira bastante duvidosa seus convidados. Achei que ficou feio e foi desnecessário: ou convida todo mundo, ou não convida ninguém. Que tal?
  5. A FALTA DE ESTRUTURA DO EVENTO - Pessoal, vocês têm certeza de que o Brasil vai ser sede de qualquer evento mundial importante? Porque o Riocentro não conseguiu suportar nem um dia de lotação máxima na Bienal do Livro. Pessoas desmaiando nos corredores por conta do calor, sistema de cartão de crédito da Cielo que despencou e fez todas as editoras perderem muitas vendas no melhor dia de público, filas já comentadas acima... Fiquei assustada com a incapacidade de estruturar algo nem tão grandioso assim. 
Bom, assim sendo, deixo aqui meu registro de insatisfação com a Bienal. E espero, de verdade, que essas coisas melhores a cada ano. Porque a Bienal é um bem dos editores, livreiros e, principalmente, do povo brasileiro.

16 de set. de 2011

A primeira Bienal a gente nunca esquece! ou A Bienal vicia!


O No Mundo Editorial adverte: visitar a Bienal do Livro desde que você nasceu, é COMPLETAMENTE diferente de montar e se responsável por um stand na Bienal.


Sair de São Paulo na 3a. feira, às 10hs, pegar a Via Dutra, chegar ao Rio de Janeiro 5hs depois e demorar mais 4:30hs para chegar ao hotel. Acordar no dia seguinte cedo e já ir par ao Riocentro, onde há a estrutura do estande montada, com caixas e mais caixas e mais caixas, que ocupam o corredor:

- Ei, dona, precisa tirar essas caixas daí AGORA para colocarmos o tapete.
- Senhor, eu acabei de chegar, vou conversar com minha equipe (que eu nunca vi na vida antes) e..
- Não dá pra esperar: tire as caixas A-G-O-R-A!
...
- Ei, pessoal! Meu nome é Talita, nós não nos conhecemos, mas vamos trabalhar juntos, e a primeira tarefa é: todas as caixas pra dentro do estande AGORA! Va-mos!


15 minutos depois... 

- Pronto Talita! E agora?
A-ha!! Boa pergunta... "E agora?"

Bom, o jeito é começar abrir as caixas... E é livo que não acaba mais!!
- E esse onde coloca?
- Mas esse não é continuação daquele?
- Talita, nessa ilha vai o quê? 
- E se mudarmos tudo e tirarmos os lançamentos daqui? 

E agora? E o que fazemos? Podemos almoçar? (Oi, almoçar? O que é isso??).

13 horas, mta poeira e mto suor depois... 


UAU! Agora sim podemos começar a 15a. Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro!

Volto pro hotel, tomo um banho, peço jantar, me jogo na cama e... Bom dia 1o. de setembro e 1o. dia de feira! 

Roupa bonita = check, maquilagem phyna = check (e a sombra azul foi um sucesso!), mochila com o kit sobrevivência = check... Café da manhã de hotel (que pelos próximos 10 dias foi quase a única alimentação do dia) e... #partiu!

Abrir o caixa, ver se o pessoal está bonito, limpar o estande, acertar os últimos detalhes e... começar a receber os convidados! Sim, CONVIDADOS! Porque os primeiros dias de feira são a Bienal do Social, né? Amendoins, drinks, conversas, risadas, festas... !

Livreiro, editor, assistente, ex-chefe, diretores, agente literário, amigos, inimigos (opa! eles existem!!)... é uma festa! E quer saber? É uma delícia!! 

A tensão é sempre muito maior, a responsabilidade de fazer bonito e fazer direito perante todo o mercado editorial é enorme! (E não é por nada não, mas fiz bem feito!)

No dia seguinte, o primeiro dia aberto para visitas das escolas, começa o surto das vendas a R$ 5,00, com os vales dados pela Prefeitura e que parecem ouro na mão destes pequenos consumidores! 
Não podemos esquecer de mencionar o dia do feriado, com lotação máxima, calor surreal e ... sem máquinas de cartão de crédito: caos total! 

Trabalhar na Bienal é entrar numa rotina de "imersão Bienal", que é quase impossível de explicar em palavras ... Trabalhar todos os dias das 09hs às 23hs, as dores físicas, a frieza para solucionar problemas, engolir a vontade de chorar, ficar sem comer, se virar sem recursos e fazer tudo dar certo, usar banheiros sujos, não ter nada saudável para comer... E, por outro lado, viver um aprendizado sem tamanho no dia a dia: conhecer o catálago de sua editora e das concorrentes, conhecer os colaboradores das outras editoras, receber o carinho dos amigos e blogueiros que nunca nos esquecem, ver o AMOR das pessoas com os livros e sentir a alegria dos leitores ao adquirirem aquele livro que tanto queria... 

A Bienal do livro é uma experiência única. 
A Bienal do lvro é uma relação de amor e ódio constante. 
A Bienal do livro transforma, faz crescer e muda as pessoas. 
A primeira Bienal do livro a gente nunca esquece. 
E agora, não dá mais para viver sem. 

Que venha a próxima!


13 de set. de 2011

Altíssima Tecnologia

Eu já tinha visto este vídeo há anos, mas do nada (e viva o Facebook!) ele voltou à tona nas mídias sociais.
Então, nada mais justo do que, após 15 dias de imersão na Bienal do Livro, querer compartilhar com todos vocês este artigo de altíssima tecnologia, né?
Espero que curtam o vídeo!


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