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24 de jan. de 2012
Um pouco de John Boyne em minha vida
Pra quem não sabe, eu tenho uma leve preguiça de ler esses best-sellers quando eles ainda estão nas listas de mais vendidos. Por isso, eu procuro um movimento contrário ou alternativo. John Boyne não foi exceção.
Já fazia alguns meses que "O menino do pijama listrado" era um dos livros mais famosos do mundo, e acredito que ele já nem estava mais na liderança das listas dos mais vendidos, quando finalmente me rendi aos encantos de John Boyne, seu autor. Mas comecei por um processo inverso ao resto do mundo e me rendi ao autor irlandês quando me encontrei com John Jacob Turnstile, o adorável e divertido protagonista de "O garoto no convés".
Pronto. Não precisou de mais nada para eu me render aos encantos desse romancista histórico, que cria a ficção no cenário real da história distante do nosso dia a dia, mas que ainda envolve os mesmos princípios básicos para sermos bons seres humanos, como lealdade, amor e amizade.
Dali para eu devorar o tão comentado "O menino do pijama listrado", fui um pulo, né? E como este é bem menor que o anterior, não demorei nem dois dias para finalizar a leitura. E faço questão de deixar claro que acho um risco alguém usar do Nazismo como pano de fundo para romances, porque é um assunto mais do que manjado. Porém, Boyne usou do tema com maestria: para mim, este é um dos melhores livros que abordam o tema, já que nunca tinha lido nada que retratasse o horror dessa época pela inocência pueril de uma criança. Ou melhor, de duas. Eu assisti a adaptação para o cinema antes mesmo de ler o livro (coisa que raramente faço) e já havia me emocionado. O pequeno livro tirou lágrimas e uma tristeza profunda de mim. Sem exageros.
"O Palácio de Inverno" estava na famosa lista de "livros a ler" já havia algum tempo. Mas apesar de ter me rendido aos encantos de Boyne, não consigo simplesmente ler os livros dele como se nada estivesse acontecendo na minha vida. Não. Boyne acompanha minha vida de uma maneira que marca mudanças e grandes acontecimentos. Por isso, nesta semana, engoli o último romance de maneira tão apaixonada, que por alguns momentos esqueci das minhas convicções sobre a Revolução Bolchevique (baseadas em tudo o que havia aprendido na escola e que depois, somando a escola da vida, formaram minhas opiniões), e senti uma proximidade estranha à dinastia dos Romanov, em por algum momento, senti compaixão à família do Czar russo e desejei que Lênin e os líderes da Revolução de 1917 jamais tivessem chegado ao poder, aqueles rebeldes.
Não sei se é porque eu acabei de ler este romance, mas arrisco dizer que é o meu preferido, dentre os citados acima (e todos estão nos preferidos da vida!). A construção literária deste texto, é algo de se admirar e respeitar muito, porque não é qualquer autor que consegue ter a habilidade de ir unindo, capítulo a capítulo, um passado recente a um passado distante, dando sentido e coerência a cada página.
A competência dos textos de John Boyne me fazem pensar que o universo literário é realmente algo especial. A capacidade de, ao se ler um livro dele, de aprender história e se envolver num belíssimo romance, passando por todas as aventuras e com delicado senso de humor; é algo realmente especial.
Atualmente, Joh Boyne é, sem dúvida, meu autor favorito. Ele mexe comigo, ele me faz rever conceitos, ele me leva para lá dentro de mim, do meu coração e dos meus pensamentos. Leitura altamente recomendável para todos nós!
E que venha "Noah foge de casa", assim que eu estiver preparada para mais Boyne em minha vida...
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