Bartô, como era conhecido entre amigos e escritores,
era formado em educação e arte. Publicou seu primeiro livro, O peixe e o
pássaro, em 1974, e não parou mais: escreveu mais de 40 títulos, alguns
deles traduzidos para outras línguas. Sua prosa poética consolidou-se como um
estilo forte.
Recebeu importantes prêmios dentro e fora do país.
Entre eles, o Jabuti (da Câmara Brasileira do Livro), o Selo de Ouro (da
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, FNLIJ), o diploma de honra do
International Board on Books for Young People (IBBY, Londres), o prêmio francês
Quatrième Octogonal e o Prêmio Rosa Blanca (Cuba).
Em 2008 – ano em que o escritor venceu o IV
Prêmio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil – publicou Nascemos
Livres – A Declaração Universal dos Direitos Humanos em imagens (Edições
SM), uma adaptação do documento humanitário para o público jovem.
No ano seguinte veio Tempo de voo, lançado
simultaneamente no Brasil, na Espanha e no México também pela SM. Neste livro,
Bartolomeu reflete sobre a passagem do tempo, a infância e o envelhecimento, a
memória e os sonhos, a fantasia e a realidade, a vida e a morte. “O tempo não
para. Passa ligeiro e ninguém consegue tocá-lo. Ele tem medo de não atender aos
nossos pedidos, por isso não nos escuta”, escreveu. A obra recebeu o Prêmio
Glória Pondé (Biblioteca Nacional) e foi selecionada para o prestigioso
catálogo White Ravens 2010, organizado pela Internationale Jugendbibliothek
(IJB) para a Feira do Livro Infantojuvenil de Bolonha. Em 2011 foi homenageado na cerimônia de entrega do VII
Prêmio Barco a Vapor.
Com “fôlego de gato”, como ele gostava de dizer,
viajou por todo o Brasil para participar de discussões ligadas à promoção da
literatura. Bartô engajou-se em diversos projetos de incentivo à leitura, como
o ProLer e o da Biblioteca Nacional. Além disso, idealizou o Movimento por um
Brasil Literário, presidiu a Fundação Clóvis Salgado e foi membro do Conselho
Estadual de Cultura em Minas Gerais, tornando-se figura fundamental nos debates
relativos à educação.
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E a homenagem do No Mundo Editorial é esse Manifesto por um Brasil Literário. Vale assistir!
Conheci Bartolomeu em meio a cafés e conversas sobre literatura na Livraria Quixote em BH, onde eu tive o prazer de trabalhar como responsável pela criação do conteúdo do site deles, projeto que infelizmente foi abandonado por enquanto. Bartolomeu sempre me fascinou pela simplicidade,pela sabedoria e acima de tudo pela humildade. O melhor modo de homenagearmos esse autor é disseminar sua obra o máximo possível.
ResponderExcluirMarcello, infelizmente, não tive a mesma honra de conhecê-lo pessoalmente! Mas vc tem razão: a melhor homenagem é disseminar sua obra! :)
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