Antes de irmos aos números divulgados à imprensa pela CBL, uma crítica: alô entidades responsáveis: 2012 e vocês ainda restringem o acesso à pesquisa apenas aos associados? Sério mesmo? Isso é bem ultrapassado. Todo mundo publica e compartilha seus números, apresentações, relatórios e tudo mais. Por exemplo, eu trabalho na Fiesp, onde houve a delicadeza e preocupação de se criar uma área no novo portal só para disponibilizar os índices, pesquisas e publicações para o público interessado. Definitivamente não é essa atitude antiquada que vai angariar associados. Vocês estão no caminho errado. #ficaadica
Abaixo, a publicação da nota enviada pela CBL com um resumo dos dados.
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Brasil consumiu quase 470 milhões de livros em 2011
Pesquisa FIPE divulgada hoje (11/7), na sede da CBL recebeu grande
repercussão da mídia. A pesquisa é realizada anualmente pela sob encomenda do Sindicato Nacional dos
Editores de Livros (SNEL) e Câmara Brasileira do Livro (CBL), mostra um
crescimento de 7,2% no total de exemplares vendidos pelas editoras
brasileiras. Acompanhe alguns destaques da mídia:
As editoras brasileiras comercializaram aproximadamente 469,5 milhões de
livros em 2011, estabelecendo um novo recorde de vendas para o setor. O número
é 7,2% superior ao registrado em 2010, quando cerca de 438 milhões de
exemplares foram comercializados. Do ponto de vista do faturamento, o resultado
também foi positivo, e atingiu a casa dos R$ 4,837 bilhões – um crescimento de
7,36% sobre o ano anterior, o que, se descontada a inflação de 6,5% pelo IPCA
no período, corresponde a um aumento real de 0,81%.
No ano passado, foram publicados 58.192 títulos, que representaram um
aumento de 6,28% em relação a 2010. Do total de títulos editados em 2011,
20.405 foram de lançamentos, um crescimento de 9% em relação ao anterior. Os
números mostram que o editor continua apostando no aumento da diversidade da
oferta.
Mais baratos, os livros voltados à formação e ao aperfeiçoamento
profissional foram os que mais cresceram em produção, faturamento e vendas no
ano de 2011.
Em 2011, o subsetor de livros Científicos, Técnicos e Profissionais
(CTP) vendeu 35,8 milhões de exemplares, que se traduziram em um
faturamento de R$ 910 milhões – o aumento de, respectivamente, 38% e 23% em
relação a 2010 foi superior à variação de todos os outros segmentos.
A maior facilidade de acesso a cursos de nível superior e técnico e a
demanda do mercado por profissionais bem formados vêm alavancando a performance
desse segmento. O Censo da Educação Superior, divulgado pelo MEC em 2011, por
exemplo, mostra que, em dez anos, houve um aumento de 110% no número de
estudantes em cursos de graduação – de 3 milhões para 6,5 milhões de
brasileiros ingressaram nessa faixa de ensino no período.
O valor do preço médio do livro vendido
recua desde 2004, acumulando declínio real médio de 44,7% até 2011
O novo levantamento “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”,
com dados de 2011, revela que o preço médio do livro, computados todos os
gêneros, recuou 6,11% nas vendas das editoras ao mercado, numa queda acumulada
de 21,8% desde 2004. Descontada a inflação, significa decréscimo real no preço
médio do livro de 44,9% no período 2004-2011.
Em 2010, o preço médio do livro nas vendas ao mercado era R$ 12,94 e, no
ano passado, caiu para R$ 12,15. A desoneração do PIS e da Cofins para os
livros, medida que vigora desde 2004, somada a economia de escala alcançada com
o aumento do número de livros produzidos e a política cambial, bem como a
concorrência acirrada do mercado, permitiram a permanência da tendência de
redução no preço médio do livro.
E-books
Incluídos pela primeira vez na pesquisa
do setor editorial, os títulos digitais ainda não têm influência significativa
nos números do setor. Mais de 5.200 títulos em formato digital foram lançados
em 2011. O número equivale a aproximadamente 9% dos mais de 58 mil títulos
lançados em 2011, entre primeiras edições e reimpressões. Em relação às vendas,
o total correspondente a um faturamento próximo de R$ 870 mil.
A apresentação da pesquisa Produção e Vendas do Mercado Editorial
Brasileiro 2011 - FIPE, CBL e SNEL estará disponível aos associaodos no site da
CBL a partir de sexta-feira, 13/7.
Sei lá, dizem que sou pessimista e coisas afins; mas, na boa, não acredito nestes dados.
ResponderExcluirQual ou quais interesses poderiam existir por detrás dessa coisa, não sei. Exceto pessoas que estão lendo mais "ebooks"; mas em se tratando dos livros impressos, eu não acredito em tal soma.
Alguma coisa oculta deva existir na divulgação de tais informações. Porque? Pra quê? Bom, talvez efeito do T.P.A: tensão pré Amazon!
Tudo seria mais fácil se tivéssemos acesso público à pesquisa.
ExcluirO fato é que, na minha opinião, a pesquisa não é otimista. Mas eles transformam o texto de divulgação para não parecer um cenário tão ruim.
enfim. Vamos acompanhar, ne?