Sexta-feira, 20 de novembro de 2009, às 00:02, iniciou-se a pré-estreia de "Lua Nova", o segundo filme da Saga Crepúsculo, baseado na obra literária de Stephenie Meyer. Acho desncessário comentar que o cinema estava abarrotado de fãs enlouquecidas, que foram à loucura na primeira aparição de Robert Pattinson, intérprete do imortal Edward Cullen; e aos berros quando Taylor Lautner, o Jacob, tira a camisa e mostra o corpo sarado (e sem exageros, para um adolescente de apenas 16 anos, deixa muitos amantes das academias para trás...).
E as críticas à péssima adaptção para a versão cinematográfica da Saga são infinitas! (Sim, eu sei sei que EU sou suspeita para falar, pois raramente considero uma adaptação literária para o cinema tão boa quanto o próprio livro, que dirá melhor, salvo raríssimas exceções. Mas isso fica para um próximo post...) O que questiono é a maquiagem mal feita, os efeitos especiais fracos e a interpretação que deixa a desejar na hora de encarnar os personagens.
Quando encontro por ai outros apaixonados pela série, quase apanho ao dizer que, dos quatro livros, o segundo - Lua Nova - é o que mais mexeu comigo. A capacidade da autora em descrever os sentimentos dos personagens, e em detalhar perfeitamente as reações deles é tamanha, que para conseguir interpretar e sentir isso de verdade na telona, ficou quase impossível!
Eu assumo: chorei assistindo Lua Nova! Pronto, falei! E para quem ainda não sabe, eu não sou exatamente o tipo de menina que chora com filmes... Mas ao assistir o filme na madrugada do dia 20, lembrei de quando estava lendo o livro: eu comecei a lê-lo num sábado à noite, logo após o fim da novela, e só consegui parar para ir dormir quando terminei o livro inteiro, às quase 4 da manhã. Não consegui parar. Não senti sono e nem cansaço. Senti apenar um vazio horrível, uma dor infinita... Senti um desespero, uma tristeza... Eu tive a sensação perfeita do que era ser a Bella Swan ao ser abandonada por Edward, seu grande amor.
Nem mesmo a aproximação dela com Jacob foi capaz de cicatrizar um buraco tão profundo, que fez o mundo perder-se e parar. E mesmo assim, exatamente como Bella quis o tempo todo, estava esperançosa com a volta de Edward... porque sempre fora ele e ninguém mais. E infelizmente, essas escolhas são involuntárias.
O filme faz a Bella parecer uma grande cretina sendo disputada pelos dois homens sonhos de consumo de toda e qualquer mulher. Mas o livro não. O livro prova que, às vezes, nós simplesmente não temos escolhas. E mostra o quanto um amor verdadeiro, incluindo o de amizade, o fraternal, o paterno; é capaz de transformar as pessoas, mesmo que sejam personagens míticos como vampiros e lobos.
Eu não conheço ninguém que não tenha lido a Saga e tenha se encantado e se envolvido com algum dos dois protagonistas, Edward ou Jacob. E não me envergonha de ter 24 anos e ainda sonhar com meu vampiro encantado, de olhos cor de mel, que declame Romeu & Julieta e ouça músicas clássicas, fazendo juras de amor eterno (e atenção: é ETERNO MESMO!).
Em Lua Nova, Edward fez Bella sofrer como todo homem já fez. E Bella machucou Jacob como toda mulher também já fez. E o que fiz disso tudo? Que nunca é possível julgar as pessoas por suas atitudes quando movidas às emoções do amor puro.
a Saga Crepúsculo não é nenhum marco na literatura mundial, é claro que sei disso. Mas mesmo assim, recomendo a todos aqueles que gostam de sair do mundo real e viver a fantasia do faz de conta. Para mim, é uma das mais perfeitas até agora.
OBS.:
1) Mesmo o filme deixando a desejar, acho que vale a pena para tirarem suas próprias conclusões. Mesmo porque, há alguns pontos altos, como a transformação dos quilutes em lobos; a expressão tranquila da pequena Jane, com os melhores olhos vermelhos do elenco, ao fazer Edward se desdobrar em sofirmentos; a maneira como Taylor Lautner encarnou o espírito pueril de Jacob, sempre divertido e sorrindo.
2) Links com dicas e notícias sobre a Saga, a autora, os personagens, os filmes, os atores...
MEU TRECHO FAVORITO...
" (...) Era paralisante, aquela sensação de que um buraco imenso tinha sido cavado em meu peito que meus orgãos mais vitais tinham sido arrancados por ele, restando apenas sobras, cortes abertos que continuavam a latejar e a sangrar apesar do passar do tempo. Racionalmente, eu sabia que meus pulmões ainda estavam intactos, e no entando eu arfava e minha cabeça girava como se meus esforços não dessem em nada. Meu coração também devia estar batendo, mas eu não conseguia ouvir o som de minha pulsação nos ouvidos; minhas mãos pareciam azuis de frio. Eu me encolhi, abraçando as cotelas para não partir ao meio. Lutei para ter meu torpor, minha negação, mas isso me fugia. E, no entanto, achei que podia sobreviver. Eu estava alerta, sentia a dor - a perda dolorosa que se irradiava de meu peito, provocando ondas arrasadoras de dor pelos membros e pela cabeça -, mas era administrável. Eu podia sobreviver a isso. Não parecia que a dor tivesse diminuído com o tempo; na verdade, eu é que ficara forte o bastante para suportá-la. (...)"
Lua Nova, capítulo 05, página 92 - Stephenie Meyer
Amiga, obrigada pela introdução da saga à minha vida...
ResponderExcluirA capacidade de descrever sentimentos que esta autora tem é impressionante!
Que venha a próxima pré-estréia, JUNTAS!
Te amo