16 de jan. de 2013

Onde se escondem as novidades?



2012 foi um ano de grandes viagens para mim, mas por algum motivo não tive vontade de escrever sobre isso antes.

Mas essas férias de verão me fizeram refletir sobre o assunto e cheguei à conclusão de que não quis escrever simplesmente porque não tinha nada para ser escrito. Bom, nada de novo, pelo menos. Relato aqui duas grandes experiências que resumem bem o que quero dizer.

Em março/abril, andei pela Espanha (Barcelona, Madri e toda região sul, chamada de Andaluzia), Itália (passei por Veneza, Pádua, Florença e Roma) e, finalmente, Paris. Em todas as cidades - TODAS - busquei as livrarias locais, desde as grandes redes, até - e principalmente - as pequenas livrarias de bairro.

Já no mês de novembro, realizei uma viagem para estado do Tennessee, EUA. Nunca tinha estado por ali e, como boa blogueira, resolvi dar aquela espiada nas livrarias. A cidade onde estava era pequena e as opções não eram muitas, mas ainda assim, deu para dar uma xeretada.



O fato é que, em ambas as viagens, com destinos completamente diferentes, o resultado foi igual: a mesmice infinita das mesmas publicações que já chegaram ao Brasil.

Se por um lado essa instantaneidade é boa e admirável, por outro, o mercado editorial está tão repetitivo que até cansa. 50 tons de tudo o que vocês podem imaginar, acompanhado de Nicholas Sparks e afins, e até Paulo Coelho está por ali, em toda parte.

Longe de mim querer voltar no tempo quando se tinha que esperar as grandes feiras literárias para poder negociar esses títulos para publicação no Brasil. Mas o que realmente me incomoda é a falta de novidade. Qual é a graça de entrar numa livraria ao redor do mundo, se posso fazer isso aqui na Av. Paulista e ter exatamente o mesmo resultado?

Onde estão as novidades? Me contem em que país elas se escondem, que é pra lá que eu vou!



8 comentários :

  1. Você só encontrará novidades (ou melhor, raridades) em sebos, isso vale para qualquer parte do mundo. Os lançamentos são praticamente iguais no mundo todo, acredito que no Oriente as publicações possam ser um pouco diferentes, mas essa é uma desvantagem da globalização. A literatura feita em série cujo único objetivo é o lucro. E na maioria das vezes, literatura de baixa qualidade. Cansada dessa mesmice, e olha que nem li ainda o bendito 50 tons (vou pegar emprestado, mas sem pressa), estou redescobrindo os clássicos e me deliciando com Ressurreição de Machado de Assis, que era inédito pra mim.

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    1. Oi Jéssica!
      Fico chateada pq tenho certeza de que há muitos bons novos autores por ai, perdidos no meio dos 50 tons.
      Mesmice é uma chatice, rs!

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  2. Adorei sua critica.
    Te seguindo e te convido a conhecer o meu. http://vergostarler.blogspot.com.br/
    Beijos

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    1. Olá Luciana!
      Obrigada! Vou visitar o blog sim!
      bjs

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  3. Na próxima viagem me leva na sua mala ok? hahaha
    Bjs,Dani
    http://www.avidaemletras.com/

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    1. Hahahaha!
      Dani, viajar é questão de planejamento! Se vc se programar, um pouco por mês, dá pra viajar o mundo todo aos pouquinhos! :)

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  4. Realmente. A facilidade e a rapidez com que grandes títulos chegam ao nosso mercado é algo admirável, mas o que realmente se globalizou foi a falta de títulos publicados, ou pelo menos dado a mesma oportunidade de aparecer. De muitas formas conseguimos transformar livros em algo consumível, o que falta agora é terem mais produtos para esse consumo.

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    1. Pois é Sarah! Vamos esperar q o nosso mercado dê oportunidade para coisas boas e... NOVAS! :)

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