Mal voltei da Bienal do Livro do Rio e já embarquei para a 11a. Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu, no Paraná.
O objetivo era acompanhar o jornalista e agora autor Paulo Henrique Amorim, que lançou recentemente o livro 'O quarto poder - Uma outra história', pela Editora Hedra. Mas uma simples viagem a trabalho ganhou um espaço especial em meu coração.
Isso porque a discrepância entre estes dois eventos literários é gritante. Enquanto a Bienal ocupa os três pavilhões do Riocentro, a Feira de Foz se resume a um curto corredor, com poucas tendas de distribuidores e pequenos livreiros, além de sebos e saldões.
Mas o que me impressionou foi a quantidade de visitantes que encheram aquele pequeno espaço com tanta fome de livro.
As pessoas se arrumaram como as famílias o faziam para ir às missas aos domingos antigamente. Isso mostrou o quanto elas respeitavam o evento e, portanto, o livro.
O clima tranquilo, com música popular brasileira ao fundo, intercalada com poemas declamados de Mario Quintana, homenageado da edição, compunham o ar de passeio em família e amigos, bastante característico do evento.
Conversando com alguns jovens presentes por ali, eles disseram qua a falta de opções de eventos culturais na cidade e na região os fazem valorizar muito as poucas oportunidades que têm de apreciar a cultura e educação.
Quentão de Ibisco, sem álcool, para aquecer o frio do Sul do país. |
A Feira do Livro de Foz é uma estrutura muito menor do que a minha realidade SP-Rio conhecia, mas valeu por um aprendizado bem maior. Nosso Brasil é muito maior do que podemos imaginar e é muito triste saber que as oportunidades culturais e da literatura não são as mesmas para todo o país.
Porém, ver a alegria e orgulho daquelas pessoas, me fez entender que a vontade de sempre querer ler mais e conhecer melhor os livros, não vai deixar morrer nunca a oportunidade de o Brasil crescer e ler cada vez mais.
Valeu, Foz do Iguaçu!
P.S.: Para conferir mais fotos do evento, clique aqui.
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