13 de set. de 2015

Sobre a Bienal do Rio 2015

Os últimos dez dias foram de frenesi no mercado editorial: a 17a. Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que ocorreu de 03 a 13 de setembro, levou milhares de visitantes ao Riocentro, que não só aproveitaram a oportunidade para sair com os mais diversos títulos debaixo dos braços, mas se encontraram com blogueiros, autores e amigos deste universo literário.


Mas já faz tempo que a Bienal do Livro é um evento igual, ano após ano, sem grandes novidades, sem nenhuma atração realmente inovadora, sem nenhuma surpresa. Faz mais de 20 anos que frequento a Bienal e, honestamente, me sinto ainda há 20 anos. Faz sentido? 

A crise transformou estandes outrora enormes; em espaços mais tímidos e que aparentavam o medo do altíssimo investimento pelo metro quadrado que, por mais que se venda bem, não paga a conta. Os brindes eram poucos e as atrações... bom, nada de novo! 

Muito embora este cenário não parece ter intimidado o público carioca que, verdade seja dita, dá um baile nos paulistas, uma vez que a fila para ingressar no evento já era notável antes mesmo da abertura oficial. 

A Bienal do Rio é melhor que a de São Paulo, mas enfrenta muitos dos mesmos problemas. A falta de sinalização, os banheiros não muito limpos e o valor absurdo da comida são alguns dos pontos que, ano após ano, só pioram e me fazem pensar a que ponto chegaremos daqui para frente. É preciso refletir e analisar que, em algum momento, é preciso brecar estes abusos. 

Para o profissional do livro, um grande problema com a falta de estrutura. Onde é que essas pessoas podem sentar e fechar bons negócios, já que o mercado editorial inteiro está ali? O grande destaque, foi o Interlivro, evento organizado pelo Publishnews. O I Encontro Internacional de Profissionais do Livro trouxe nomes da indústria editorial internacional e discutiu o futuro do livro no Brasil e no mundo. Valeu a pena! 

A Bienal do Livro tem o seu glamour e, muito embora esteja longe de ser o evento ideal, é o maior evento literário do país. E com isso, ainda atrai muitas pessoas: editores, autores, vendedores, professores, alunos e o público em geral.


Porém, todo fim de Bienal é momento de refletir e fazer um balanço geral. E o que me preocupa é entender até quando o público vai continuar lotando os enormes corredores da Bienal para ver mais do mesmo?


P.S.: Para conferir mais fotos do evento, clique aqui.


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