Para quem (ainda) não sabe, sou formada em Jornalismo pela
PUC-SP e em Produção Editorial com Ênfase em Fotografia pela Universidade
Anhembi Morumbi. São três diplomas de graduação nessa brincadeira toda e eu
costumo dizer que foi o casamento perfeito. A PUC, muito mais intelectualizada
e pronta para o debate, agregou um conteúdo que eu não teria em nenhum outro
lugar. Já a Anhembi, com toda tecnologia de ponta e modernidade nos campis, me
mostrou um mundo high-tec e de
inteligência virtual do qual eu nunca mais quis sair. E eu sei que há tempos
devo um post sobre os cursos na área editorial. Pagarei minha dívida em breve,
promessa.
Mas hoje quero falar da sensação boa que é voltar a pisar na
universidade onde nos formamos! Principalmente, como convidada para palestrar
num encontro de comunicação. É uma honra, uma sensação de satisfação, de dever
cumprido, de comprometimento com a nova geração de profissionais que está
surgindo.
Ontem voltei à Universidade Anhembi Morumbi e, junto com o
professor Whaner, ministrei uma palestra chamada “Publishing Management: conversas da Universidade de Yale”. (Para quem
esqueceu, fiz um curso na Universidade de Yale em julho deste ano. Corre nos posts
anteriores para dar uma conferida no bê-a-bá do curso, que foi incrível!)
Além disso, contei um pouco sobre meu dia-a-dia de trabalho
na editora Universo dos Livros
(trabalho como Social Media Manager e algo mais, rs) e falei da importância de
lidar direta e proximamente com o leitor, da relevância de usar as mídias
sociais profissionalmente , e apresentei alguns cases de sucesso da editora,
como “Deixe
os homens aos seus pés”, “Irmandade
da Adaga Negra” e “O fascinante
império de Steve Jobs”, por exemplo. Falamos de oportunidades de mercado,
da visão jovem dentro dele, e de como é necessária a renovação e atualização
constante para ser um bom profissional.
Essa palestra fazia parte da 2ª Semana da Escola de Comunicação
da Universidade Anhembi Morumbi, organizada pela Agcom (muito bem organizada,
diga-se de passagem). Foram dois dias intensos de diversas palestras em todas
as áreas dos cursos de comunicação social: editoração, jornalismo, publicidade
e propaganda etc. Na sala de recepção aos palestrantes, um delicioso lanche, e
muito bate-papo produtivo para um troca-troca de informações acadêmicas e do
universo da comunicação. Do fazer livros, ao ser comentarista esportivo (Silvio
Luis marcou presença no evento, por exemplo!), a riqueza de conhecimento de
concentrou nos corredores da Universidade nos dois últimos dias.
Senti um orgulho grande por ainda fazer parte daquilo tudo,
que tem ganhado força e vem crescendo aos olhos do mercado de trabalho e no
meio acadêmico.
A sala, para minha surpresa, estava cheia de alunos e
professores interessados. O evento não era obrigatório (valia presença, mas até
aí...) e isso me surpreendeu bastante. Num momento de quase desespero dessa
nova geração de jovens que não quer saber de responsabilidades e compromissos;
ver alunos me ouvindo falar, interessados na minha (breve) experiência no
mercado e me fazendo perguntas pertinentes... Bom, eu fiquei muito feliz! Realizada
mesmo! Por um momento, considerei a possibilidade de ninguém (literalmente)
estar interessado no que eu e o Whaner fomos fazer em Yale: Who cares? Bom, aparentemente, uma sala
inteira se interessou! Participou ativamente e me fez sentir segura nos
primeiros dez minutos de palestra!
Talvez seja ilusório, mas eu ainda acredito (e muito!) naquele tal de “futuro da nação”, sabem? E quer saber? Ele ainda existe. E está
enchendo as salas de aulas das escolas e universidades do país. (Opa! Parece
que cá estamos novamente defendendo que só a educação salva... hum,
interessante, né?)
Há alguns meses tenho participado de um trabalho voluntário da ONG Cidadão Pró-Mundo, em que dou aulas de inglês uma vez ao mês para adolescentes que não têm condições de financiar um curso particular. E desde que iniciei este projeto, penso muito como ser professor é essencial. Entrar numa sala de aula do outro lado do balcão é muito diferente. Mas é tão importante quanto ser estudante. É um respeito mútuo.
É, parece que ser professor é mesmo tentador, né? Quem sabe...
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P.S: Gostaria de agradecer à Universidade Anhembi Morumbi pelo
convite e pela oportunidade, em especial ao Professor Beto, Professora Mazé e
Professor Wharner. Agradeço, também, ao pessoal da Agcom, que foram muito
organizados, prestativos e eficientes. Parabéns pelo trabalho! E claro, meu MUITO OBRIGADA a todos os alunos
e professores que foram lá, ouvir minhas histórias!