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9 de fev. de 2009
E-books! E agora?
Pode soar meio antiquado, mas questionar se o mundo da informática vai substituir a mão-de-obra humana é algo bastante presente no mercado editorial.
Segundo matéria publicada no JB Online*, em 06/02/2009, de acordo com pesquisa publicada pela American Association of Publishers (AAP), a venda de e-books teve crescimento anual de 55% entre 2002 e 2007.
Essa informação por si só não seria um problema para os editores de livros, não fosse o baixo índice de crescimento no comércio global de livros, de apenas 2,5%. Ainda segundo a mesma matéria, de acordo com o International Digital Publishing Forum (IDPF), a venda de e-books nos Estados Unidos cresceu 108% em novembro/2008, enquanto as vendas globais da indústria diminuíram.
A questão agora é saber o que fazer com essas informações preocupantes. Se há dez anos o mercado estava inseguro em relação sobre os benefícios ou malefícios do e-book, até então um desconhecido, agora é a hora de fazer um balanço sobre as mudanças que esse novo meio de leitura trouxe para este mundo.
Se há bem pouco tempo as editoras não apostavam suas fichas nos e-books, que ainda não tinham atingido o real interesse do leitor, é hora de mudar o foco. Os avanços tecnológicos e o barateamento deste produto já estão causando uma reviravolta no mercado, e os números acima são provas concretas disso.
O que mais intriga, é a função do editor. A tendência é que os autores dependam cada vez menos do intermédio do editor para pulicar seus livros. O autor pode ganhar autonomia e desempenhar o papel de editor dos seus próprios livros, que não mais precisarão passar por todo processo tradicional de edição. Ganha-se tempo e dinheiro.
Não creio que a profissão será extinta. Mesmo porque, há ainda, principalmente em se tratando de Brasil, muitos leitores fanáticos pelo contato físico com o objeto livro. Mas é o momento de ficar atento às mudanças e novas tendências mercadológicas, além de perceber quais são os novos hábitos e preferências do leitor. E o principal: adequar-se a elas.
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* A reportagem "E-books: especialista diz que crise fará autores assumirem a edição" na íntegra pode ser visualizada em http://jbonline.terra.com.br/nextra/2009/02/06/e06029617.asp
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