26 de set. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Venda de livros porta a porta deslancha

Em plena era digital, fui surpreendida com uma matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo de ontem, de autoria de Felipe Vanini Bruning: Venda de livros porta a porta deslancha

COMO, em plena era de compras online e livros digitais e blablabla, uma atividade como a venda de livros porta a porta pode crescer?


Pois vale a pena ler a matéria na íntegra logo abaixo e entender este fenômeno, bem como abrir espaço para possibilidades sólidas de negócios no mercado livreiro, já que, de acordo com os números apresentados na matéria, parece que fazer dinheiro vendendo livros porta a porta é garantia na certa!


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Venda de livros porta a porta deslancha
 
Antes considerada moribunda, a venda de livros porta a porta ganhou um novo sopro de vida recentemente.
De 2007 a 2010, a participação do segmento no mercado editorial do país aumentou de 9% para 21,66%. Atualmente, somente as livrarias e as distribuidoras estão na frente do porta a porta como canal de venda.
Nessa retomada, o livro ganhou parcerias. Com a sua compra, as editoras oferecem brindes como DVDs, CDs, cursos a distância, livros digitais, entre outros produtos.
"O Brasil tem mais de 5.000 municípios e menos de 2.000 livrarias. A venda porta a porta tem uma enorme capilaridade e supre essa lacuna", afirma Diego Drumond e Lima, presidente da ABDL (Associação Brasileira de Difusão de Livros) e diretor-geral da Editora Escala.

Lalo de Almeida/Folhapress
João Ferreira de Lima apresenta livros à família de Sebastião Carlos (de azul) em Embu das Artes
O vendedor João Ferreira de Lima apresenta livros à família
de Sebastião Carlos (de azul) em Embu das Artes
 

PÚBLICO VARIADO
De acordo com dados da ABDL, o faturamento do setor alcançou R$ 1,2 bilhão em 2010. Em 2008, foram R$ 681 milhões. A média de preço das coleções é de R$ 122,74.
A Editora Escala começou no porta a porta há sete anos. "Atualmente, vendemos 350 mil livros por mês nesse segmento", diz Lima. Para agradar a um público variado, os títulos incluem livros pedagógicos, religiosos, infantis e best-sellers.
Não por acaso, a Hermes, tradicional empresa de vendas diretas do Rio de Janeiro, começou a fazer testes com a venda de livros há quatro anos. "Vimos que esse nicho podia ser mais bem explorado" afirma Silvio Zveibil, diretor de vendas da Hermes.
"Mas foi realmente em 2010 que o negócio deslanchou, com vendas de 10,5 milhões de unidades."
Segundo Zveibil, a venda de livros gerou receita de R$ 140 milhões no ano passado.
A Avon, especializada em cosméticos, descobriu esse segmento há 18 anos. Com seu exército de 1,1 milhão de revendedoras, é a líder de mercado.
Segundo Adriana Picazio, gerente da Avon no Brasil, a negociação de grandes volumes da empresa com as editoras reduz significativamente o preço das unidades.
Conforme a Folha apurou, a Avon fatura aproximadamente R$ 400 milhões com a venda de livros.

 



 
ENCICLOPÉDIAS
Os negócios com enciclopédias, que deram origem ao segmento, também não vão mal. A líder de mercado, Barsa, controlada pela Editora Planeta, espera vender 70 mil coleções de enciclopédias em 2011, 7% mais que em 2010. As coleções custam de R$ 2.400 a R$ 2.900.
Segundo Sandra Cabral, diretora da Barsa, equipes especializadas em nichos profissionais têm ganhado destaque. "Temos vendedores que atendem somente delegados de polícia ou médicos."

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