31 de out. de 2011

Hoje é DIA D!

Não me lembro exatamente quando me apaixonei por Drummond. Mas tenho uma leve suspeita de que fui fortemente influenciada pela minha então professora de Literatura do Colégio Augusto Laranja, onde estudei minha vida toda (Ester era o nome dela!). Ela era tão, mas tão apaixonada pela poesia de Drummond, que não foi muito difícil incentivar os alunos mais chegados à Língua Portuguesa a se envolverem com os saraus literários, Feiras do Livro e afins. E lá estava eu, com 13, 14, 15 anos de idade, e babando com as belas palavras deste poeta que encanta a todos.


O Dia D. Dia de Drummond, criado pelo Insituto Moreira Sales, foi inspirado em iniciativa semelhante ao Bloomsday, quando se comemorar o dia do escritor James Joyce, (ocorre todo ano em 16 de junho). Para os organizadores dessa iniciativa, o principal objetivo é promover e difundir a obra de Drummond. E, para isso, todos estão convidados a comemorar a data, em todo o Brasil, e até em Portugal, seja nas escolas, universidades, livrarias, museus ou até mesmo sozinho.

A data, 31 de outubro, marca o nascimento do poeta, que completaria 109 anos hoje.

Minha dica é que você também espalhe essa ideia e embarque de cabeça nas comemorações. Acesse o site www.diadrummond.com.br, que traz todas as atividades ligadas ao evento e ainda oferece aos admiradores da obra do poeta oportunidade para enviar por e-mail seus próprios vídeos com leituras de poemas de Drummond (o material resultará em novo filme); e comemore o DIA D junto a nós e a Drummond!

Drummond merece muito ser comemorado! Porque se "de tudo fica um pouco", de Drummond fica tudo!


E para comemorar com vocês, faço minha parte e deixo aqui o meu poema favorito...

AS SEM-RAZÕES DO AMOR

"Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor."

(Carlos Drummond de Andrade)


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