A Bienal acontece logo depois da Flip, e pretende abocanhar o público que esta última dispensou. Além dos livros, os debates são a principal aposta desta que é a maior edição da feira
LAURA LOPES
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo cresceu. No ano de sua maioridade definitiva, quer falar sobre todos os assuntos ligados à leitura e abraçar todos os públicos, sem distinção. Em sua 21ª edição, pretende receber 700 mil visitantes, entre 12 e 22 de agosto, e entretê-los com 1.100 horas de atividades culturais, entre debates, workshops, palestras, performance com atores de TV e até cozinha show com chefs brasileiros e estrangeiros. Uma instalação de 500 m² com livros gigantes chamada "O livro é uma viagem" vai oferecer às crianças um circuito de 30 minutos que inclui túnel de livros e labirinto de páginas. Para elas, será como estar dentro da história. Os grandes homenageados deste ano são os escritores Monteiro Lobato e Clarice Lispector, que ganharam auditórios em seus nomes.
Fora do Anhembi, que abrigará a feira, os paulistanos devem trombar com atores representando papéis clássicos da literatura em parques e shoppings, como Cinderela e Dom Quixote, e livros gigantes, instalados em pontos estratégicos da cidade para chamar a atenção para a Bienal. O marketing tem justificativa: foram investidos R$ 30 milhões no evento, R$ 8 milhões a mais do que no anterior. São 500 horas a mais de programação – na edição passada houve 600 horas de atividades culturais. A intenção é dialogar com todos os públicos, todas as necessidades e políticas. Diferente da Flip, que termina neste fim de semana em Paraty, que reúne a nata da elite intelectual brasileira, e (por que não?) mundial.
Essa aposta parece ser uma resposta às edições passadas, fracas perto da penetração da Flip. "A Flip foi um acontecimento para o livro no Brasil e fez outras áreas repensarem. Mas hoje ela é questionada. Se expandir demais, coloca sua ideia em cheque", diz Massi, sobre os eventos paralelos às mesas redondas que "destroem a intimidade entre os três tipos de público: leitores, escritores e jornalistas". Para o editor da CosacNaify, o público da Bienal é distinto da Flip; e o evento paulistano permite acesso inclusive a quem não tem passe livre à feira literária de Paraty. A intenção da Bienal do Livro, nesta edição, é ser um fórum de debates que também lança livros – serão 4.200 novos títulos. Confira, a partir do dia 12 (quinta-feira), um especial com reportagens sobre o melhor de sua programação.
21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1209 – Anhembi
Período: de 12* a 22 de agosto de 2010 (o dia 12 é dedicado a profissionais do livro)
Horário: das 10h às 22h (dia 22 com entrada até as 18h)
Expositores: 350 expositores representando mais de 900 selos editoriais
Livros em exposição ou à venda: 2,2 milhões
Títulos em exposição ou à venda: 220 mil
Lançamentos: 4.200
Ingressos: R$ 10,00, R$ 5,00 (estudantes) e gratuita (professores, profissionais da cadeia produtiva do livro, bibliotecários, estudantes inscritos pelo sistema de visitação escolar programada, maiores de 60 anos ou crianças com até 12 anos)
Acesso: Ônibus gratuito na estação Tietê do Metrô e no estacionamento Unipare (Rua Voluntários da Pátria, 344)
Site: www.bienaldolivrosp.com.br
Fórum Internacional do Livro Digital
Local: Auditório Elis Regina, Complexo Parque Anhembi
10 de agosto
20h – Abertura oficial do Fórum Internacional do Livro Digital.
20h – 21h30 – Palestra ― O futuro do livro impresso num mundo digital, de Mike Shatzikin. 11 de agosto
8h30 – 10h – Palestra ―Os livros na Era Digital, de John B. Thompson.
18h00 – 19h30 — Palestra ― O Futuro já não é mais o que era!, de Jean Paul Jacob.
Inscrições: digital@cbl.org.br
bienal aí vamos nós ;)
ResponderExcluirTo super empolgada pra ir \o/
ResponderExcluirEspero te encontrar por lá =P
Ahh eu estarei sempre por lá! rs! vcs me acham, com certeza! Encontro de blogueiras, sábado às 15hs, combinado??
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