10 de ago. de 2010

[DICAS DE OUTRAS BOAS LEITURAS] Todo mundo cabe na Bienal do Livro

Matéria altamente recomendável sobre a Bienal do Dlivro, publicada pela Revista Época. Vale a leitura!

A Bienal acontece logo depois da Flip, e pretende abocanhar o público que esta última dispensou. Além dos livros, os debates são a principal aposta desta que é a maior edição da feira
LAURA LOPES
Arquivo  

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo cresceu. No ano de sua maioridade definitiva, quer falar sobre todos os assuntos ligados à leitura e abraçar todos os públicos, sem distinção. Em sua 21ª edição, pretende receber 700 mil visitantes, entre 12 e 22 de agosto, e entretê-los com 1.100 horas de atividades culturais, entre debates, workshops, palestras, performance com atores de TV e até cozinha show com chefs brasileiros e estrangeiros. Uma instalação de 500 m² com livros gigantes chamada "O livro é uma viagem" vai oferecer às crianças um circuito de 30 minutos que inclui túnel de livros e labirinto de páginas. Para elas, será como estar dentro da história. Os grandes homenageados deste ano são os escritores Monteiro Lobato e Clarice Lispector, que ganharam auditórios em seus nomes.

Fora do Anhembi, que abrigará a feira, os paulistanos devem trombar com atores representando papéis clássicos da literatura em parques e shoppings, como Cinderela e Dom Quixote, e livros gigantes, instalados em pontos estratégicos da cidade para chamar a atenção para a Bienal. O marketing tem justificativa: foram investidos R$ 30 milhões no evento, R$ 8 milhões a mais do que no anterior. São 500 horas a mais de programação – na edição passada houve 600 horas de atividades culturais. A intenção é dialogar com todos os públicos, todas as necessidades e políticas. Diferente da Flip, que termina neste fim de semana em Paraty, que reúne a nata da elite intelectual brasileira, e (por que não?) mundial.


sxc.hu
Um Conselho de Curadores foi montado no ano passado para repensar a Bienal do Livro, e imprimir a ela uma personalidade. Fazem parte do grupo Hubert Alquéres, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC, e o poeta, jornalista e professor Augusto Massi, também editor da CosacNaify. As principais atrações estão divididas entre o "Salão de Ideias" (debates), "Cozinhando com palavras" (gastronomia), "Palco literário" (leituras de textos de Clarice por atores) e "Território Livro" (bate-papo sobre escolhas profissionais, destinado a adolescentes e jovens). "Queremos abarcar todas as áreas do livro e leitura, trazendo todos os elementos para a discussão, desde os direitos autorais à educação", diz Danilo Santos de Miranda. Importante também serão os debates sobre cultura digital e o futuro do livro, durante o Fórum Internacional do Livro Digital, com Jean Paul Jacob, Mike Shatzkin e John B. Thompson (leia mais no fim da reportagem). Segundo Augusto Massi, a força da Bienal está concentrada no "Salão de Ideias", que abirgará os principais debates, uma espécie de ajuste em relação às edições passadas. "Por lá passarão grandes pesos da literatura, como Milton Hatoum e Marçal Aquino, mas também haverá autores jovens", diz. "Talvez seja a Bienal mais representativa dos livros", afirma.

Essa aposta parece ser uma resposta às edições passadas, fracas perto da penetração da Flip. "A Flip foi um acontecimento para o livro no Brasil e fez outras áreas repensarem. Mas hoje ela é questionada. Se expandir demais, coloca sua ideia em cheque", diz Massi, sobre os eventos paralelos às mesas redondas que "destroem a intimidade entre os três tipos de público: leitores, escritores e jornalistas". Para o editor da CosacNaify, o público da Bienal é distinto da Flip; e o evento paulistano permite acesso inclusive a quem não tem passe livre à feira literária de Paraty. A intenção da Bienal do Livro, nesta edição, é ser um fórum de debates que também lança livros – serão 4.200 novos títulos. Confira, a partir do dia 12 (quinta-feira), um especial com reportagens sobre o melhor de sua programação.

21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Local:
Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1209 – Anhembi
Período: de 12* a 22 de agosto de 2010 (o dia 12 é dedicado a profissionais do livro)
Horário: das 10h às 22h (dia 22 com entrada até as 18h)
Expositores: 350 expositores representando mais de 900 selos editoriais
Livros em exposição ou à venda: 2,2 milhões
Títulos em exposição ou à venda: 220 mil
Lançamentos: 4.200
Ingressos: R$ 10,00, R$ 5,00 (estudantes) e gratuita (professores, profissionais da cadeia produtiva do livro, bibliotecários, estudantes inscritos pelo sistema de visitação escolar programada, maiores de 60 anos ou crianças com até 12 anos)
Acesso: Ônibus gratuito na estação Tietê do Metrô e no estacionamento Unipare (Rua Voluntários da Pátria, 344)
Site: www.bienaldolivrosp.com.br

Fórum Internacional do Livro Digital
Local: Auditório Elis Regina, Complexo Parque Anhembi
10 de agosto
20h –
Abertura oficial do Fórum Internacional do Livro Digital.
20h – 21h30 – Palestra ― O futuro do livro impresso num mundo digital, de Mike Shatzikin. 11 de agosto
8h30 – 10h – Palestra ―Os livros na Era Digital, de John B. Thompson.
18h00 – 19h30 — Palestra ― O Futuro já não é mais o que era!, de Jean Paul Jacob.
Inscrições: digital@cbl.org.br

3 comentários :

  1. To super empolgada pra ir \o/
    Espero te encontrar por lá =P

    ResponderExcluir
  2. Ahh eu estarei sempre por lá! rs! vcs me acham, com certeza! Encontro de blogueiras, sábado às 15hs, combinado??

    ResponderExcluir