E depois das ondas de bruxos e vampiresca lideradas por HARRY POTTER e pela saga CREPÚSCULO, respectivamente, agora é a vez dos ANJOS roubarem os corações e nos levarem ao sonho dos amores impossíveis!
Eu mesma fui relutante ao ler SUSSURRO, da Intrínseca, porque achava que seria uma cópia barata de Crepúsculo. A essência é a mesma, mas demorou apenas alguns capítulos para que o PATCH se tornasse o meu novo EDWARD. Bom? Mau? Misterioso. É isso que prende. É isso que atiça. É isso que encanta. É isso que apaixona.Ontem mesmo me rendi aos encantos de HALO, da Agir. E nem bem comecei a ler o livro, já não consigo mais parar. Os anjos me consquistaram com a mesma intensidade que os vampiros e os bruxos já tinham feito.
Talvez meu ex-chefe tenha razão: sou uma eterna romântica, adoradora dos amores impossíveis... Mas para mim é isso: não importa a viabilidade do amor se concretizar, desde que seja verdadeiro e intenso. É disso que o mundo precisa e é por isso que o sucesso dessas obras é enorme: as pessoas (eu, você e todos nós) se agarram naquilo que não se vê mais hoje em dia.
Eu já fiz um POST aqui, sobre já ser adulta e ainda esperar o meu Edward. Mas o que vale aqui não é o personagem em si, mas tudo que ele representa: o heroi que o mundo não tem, o amor verdadeiro que falta na humanidade.
Os anjos são a nova moda dos livros chamados Young Adults. Mas esses modismos todos deixam clara a maior deficiência entre nós: o vazio de sentimento que é preenchido por esses amores impossíveis. O mais impressionante é que Shakespeare já havia cantado essa bola, com Romeu & Julieta, mesmo que o amor fosse entre um casal humano, ainda assim, impossível. Será que é mesmo tão difícil lutar por um sentimento verdadeiro e ser feliz ao lado de quem se ama, independente de quem seja ou como seja?
Modismos ou não, ficção ou realidade, todos esses livros trazem à tona a temática do diferente, do especial, do impossível, do julgado erroneamente pelo próximo, do preconceito aos diferentes, do questionamento do lugar comum. E isso é uma maneira de fazer os Young Adults refletirem, mesmo que inconscientemente, sobre essas questões que são dificuldades do dia a dia da nossa sociedade. Quem foi que disse que esses livros não têm conteúdo? Creio que eles agregam muito mais valores do que muitos autores ditos conceituados, de uma maneira muito mais próxima da reliadade de seu público alvo.
Então, eu pergunto: qual é o problema de você também se render aos encantos dos bruxos, vampiros e anjos? Apaixone-se pelo impossível você também!!
DICA DE LEITURA!
O site da revista VEJA dessa semana trouxe um resumão sobre os anjos que estão conquistando os coraçõezinhos por aí!
Dê só uma olhada!
Na literatura, os anjos são vários, mas são todos humanos
Maria Carolina Maia
Os livros sobre anjos não são iguais. Em alguns, eles são melhores do que em outros – aqueles em que são caídos e enfrentam dilemas éticos e existenciais. Em algumas histórias, eles vivem aventuras cheias de ação e suspense. Em outras, vêm à terra conhecer ou ajudar pessoas e acabam se apaixonando. Se há algo em comum entre eles, além das asas, é com certeza o caráter humano que carregam em todas as páginas. “A febre de anjos na literatura se manifesta em livros diferentes, mas com um elemento em comum: a tendência a apresentá-los como criaturas mais próximas do ser humano do que da visão arquetípica do anjo da guarda”, diz Roberto Feih, diretor-presidente da editora Objetiva, que lançou no país, em outubro, Angeologia (456 páginas, 49,90 reais), romance construído sobre antigos mitos em que anjos são capazes de ter sexualidade e realizar atos cruéis. Para Feith, é justamente essa forma de tratar os seres de asas que faz deles personagens atraentes aos leitores. E que os transforma em best-sellers.
Confira, abaixo, alguns dos livros que alimentam o boom dos anjos no mercado editorial.
Halo, de Alexandra Adornetto
Série sobre três anjos que vêm à terra disfarçados de três irmãos órfãos: Gabriel, Ivy e Bethany (Beth), que é a narradora da história. Adolescente, ela passa a frequentar a escola onde Gabriel dá aula – Ivy irá trabalhar numa instituição de caridade. Lá, faz amigos e chega a tomar um porre, além de descobrir sentimentos humanos como o amor. Inexperiente, passa a se perguntar como pode se apaixonar por um mero sorriso – no caso, o do estudante Xavier, o capitão do time de futebol, que já enterrou uma namorada. Os dois vão viver um romance no estilo virginal de Sthepenie Meyer – os anjos não fazem sexo, embora sintam desejo.
Fallen, de Lauren Kate
Saga sobre Lucinda (Luce), uma garota de 17 anos que se apaixona por Daniel Grigori, um anjo caído do céu – daí o título, que em inglês significa “caído”. Luce conhece Daniel no reformatório Sword & Cross, aonde aporta após a morte do namorado em um incêndio envolto por mistérios. A atração é recíproca, mas uma série de acontecimentos, incluindo a morte da adolescente, vai obstaculizar a relação. Que, na realidade, já vem enfrentando desafios há milhares de anos: Luce e Daniel são amantes que se encontram e se desencontram vida após vida. Romantismo puro.
Hush Hush, de Becca Fitzpatrick
Nora Grey, uma bem comportada estudante do ensino médio, se encanta pelo bad boy da escola, Patch Cipriano, que parece ter poderes mágicos: ele desponta em toda parte por onde ela passa e sabe tudo a seu respeito. Não é mágica, claro. Ele é um anjo caído que irá envolvê-la não apenas em um romance, mas também na luta eterna dos anjos versus nefilins, seres imortais nascidos da relação entre anjos e humanos. E que irá obrigá-la a uma difícil decisão, capaz de colocar em risco a sua vida.
Tempo dos Anjos, de Anne Rice
Estreia da consagrada autora de Entrevista com o Vampiro no campo dos anjos, o romance, primeiro de uma trilogia, conta a história de Toby O'Dare, um assassino de aluguel que recebe a visita de um anjo e, com ela, a oportunidade de se redimir de seus pecados. O'Dare é enviado à Inglaterra do século XIII com a tarefa de ajudar um casal de judeus acusado de matar a própria filha. A partir daí, se desenrola uma trama de suspense marcada por reflexões na linha da literatura angelical, em que bem e mal se opõem e se enfrentam e fé e razão convivem num embate.
Beijada por um Anjo, de Elizabeth Chandler
Embora também permeada por um romantismo das antigas, a saga tem sexo – mas um sexo feito por amor, não ditado pelo desejo carnal. Ivy e Tristan se conhecem na escola, ele é o popular do colégio e ela é a garota nova do pedaço. Campeão de natação, ele a ajuda a superar o medo que sente da água, por conta de um trauma da infância – quando criança, ela se afogou e foi salva, acredita, por um anjo. A fé de Ivy em anjos, no entanto, esmorece quando Tristan morre, porque ela pede ajuda para salvá-lo e não é atendida. Já ele, que não acreditava em anjos, se torna um.
Adorei o paralelo que vc fez entre Shakspeare e YA e a sua explanação sobre o possível motivo para o sucesso de amores platônicos. Muito bom o artigo, gostei!
ResponderExcluirEu adorei o post. Acho que realmente o que chama a tenção nessas histórias é o amor incondicional, coisa raramente vista nos dias de hoje.
ResponderExcluirEu li de anjo, Sussurro e halo e gostei de ambos, e estou como os outros menconados no post pra ler, menos o da Anne Rice. espero gostar de todos :-)
Bjos!!!
Estou louco para ler Fallen e Sussurro. Se as editoras estivessem na feira da USP, com certeza teria comprado. Adorei o post também!!!
ResponderExcluirÉ importante discutir sobre os novos caminhos da literatura e as novas formas de ler dos "jovens adultos". Obrigado por nos brindar com este post. Beijos!
Adoro livros de anjos, estou escrendo um. =D
ResponderExcluirMais digo que é bem diferente de todos que vc já viu. aushuahsuhsa
Passa no meu blog e da uma olhadinha no primeiro capitulo do meu livro, tudo bem que ele não esta revisado direito.
bjkas
ká guimaraes
http://acordeicomvontadedeler.blogspot.com/