6 de fev. de 2011

PARCERIA, uma via de mão dupla.

Muitos de vocês já devem estar a par da polêmica que começou com o Blog Lendo e Comentando, que fez um protesto online contra uma editora parceira do blog, cujo nome não foi divulgado, que o repreendeu por ter feito comentários negativos à uma de suas obras, cujo nome também não foi citado.
O problema ganhou dimensões grandes demais e, aproveitando a oportunidade, resolvi abrir espaço para a discussão entre blogueiros literários e editoras

Todo mundo sabe do carinho sem tamanho que tenho por esses blogueiros, que desde que comecei a implantar parcerias na Lua de Papel, quando ainda trabalhava lá, me ajudaram e me ensinaram como funcionavam os processos, as resenhas, os brindes, as promoções e tudo mais que envolve esse mundo. Hoje, trabalhando na Universo dos Livros, não sou mais a responsável por isso e, assim sendo, sinto mais liberdade em falar a respeito, já que conheço bem os dois lados da moeda (sim, eu tb sou blogueira, não se esqueçam!)

Acho que um bom começo é relembrar o significado da palavra PARCERIA, que, segundo definição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é um substantivo feminino, que significa "Reunião de indivíduos para alcançar um OBJETIVO COMUM; COMPANHIA, SOCIEDADE". 

Ou seja, se a blogosfera tem interesse em receber exemplares gratuitos, a fim de lê-los e divulgá-los, acho que é no mínimo de bom tom que o blog tenha respeito e consideração para com a editora que lhe forneceu o exemplar nos termos de PARCEIRA. Afinal, a editora tem todo o interesse de que seja feita uma divulgação positiva do seu produto, não é mesmo? 



Nenhum leitor é obrigado a GOSTAR de tudo que uma editora publica. O NÃO GOSTAR faz parte e acreditem, nem nós, que trabalhamos publicando estes livros todos os dias, gostamos de tudo que fazemos. Mas fazemos. Fazemos e RESPEITAMOS o nome da instituição onde trabalhamos. Isso não nos obriga a fazer propaganda favorável ao livro que não recomendaríamos leituras, mas em hípotese alguma seria sensato fazer campanhas negativas, né?

Pois o mesmo acontece com vcs, blogueiros!
Se não gostam de um livro, por este ou aquele motivo, ok! Sem problemas! De verdade! Vcs estão no direito de vocês! Porém, daí a publicarem resenhas que degrinem a imagem do livro, ou que falem mal dos autores, ou que usem de termos baixos para falar do livro... Bom, aqui o meu lado editora vai ter que falar mais alto! Cadê o bom senso, pessoal??

Uma dica: Quando receberem livros que não gostarem, conversem na boa com a pessoa responsável, explicando que o livro não lhe agradou, e então, prefere simplesmente não falar NADA  a respeito do mesmo. Que tal? Parece muito mais honesto e justo, não é mesmo? 

É importantíssimo lembrar, também, que NENHUMA editora tem obrigação de DAR nada a NINGUÉM. Editoras são empresas, vivem do lucro e não de filantropia. Por isso, quando as editoras decidem firmar PARCERIAS com os blogs, elas têm o interesse da BOA DIVULGAÇÃO do seu produto SIM, sem o menor problema em assumir isso.

BLOGUEIROS queridos! Vocês têm que entender que PARCERIA É UMA VIA DE MÃO DUPLA. As editoras não podem fazer todos os caprichos de vocês sem querer nada em troca. E elas não são vilãs por desejarem a boa publicidade de seus produtos, não. 

Além do mais, atitudes como a citada no início do texto, só vão levar às editoras a se defenderem de possíveis problemas com blogs, dificultando cada vez mais as parcerias e, quem sabe até, tornando-as processos burocráticos, com contratos e cláusulas a serem seguidas por ambas as partes, a fim de formalizar o que hoje é entendido como um acordo de cavalheiros. Adivinha só quem seriam os maiores prejudicados dessa história toda?

Aqui ninguém é mocinho e nem bandido: ambos os lados têm interesses claros e definidos. Então, que tal colocar a cabeça no lugar, pensar com calma, e não querer gerar uma guerra de poderes? Um conselho: A probabilidade de as editoras acabarem ou fecharem as portas porque um ou outro blog está insatisfeito com isso ou com aquilo, é mínimo. 

Quanto a vocês, EDITORAS... Bom, acho que vale repensar toda essa estrutura de blogs e parcerias, né? Ser parceiro de quem? Por que? Como? Acho válido ficar atento e não sair assumindo parcerias com qualquer blog, de qualquer maneira, visando apenas a maior divulgação gratuita. Cuidado! O preço pode ser caro!! Tenham o cuidado de analisar os pedidos, de esclarecer os termos, as regras... Façam o trabalho com o mesmo carinho e atenção que a maioria dos blogs deposita nos livros de vocês. É uma troca nada mais justa, né?

Então, que tal levar de maneira literal a definição de PARCEIRA e começarmos a trabalhar como uma equipe unida, em prol do bem da leitura deste país?

Pensem nisso!



OBS1: Este post não tem a menor intenção em falar bem ou mal do blog Lendo e Comentando, muito menos de seu autor. Mencionei o mesmo porque foi o pivô da discussão e achei pertinente usá-lo como exemplo. Soube há pouco que o Blog saiu do ar e não tenho conhecimento do porquê isso aconteceu.

OBS2: O post não sugere, em momento algum, que os leitores omitam ou mintam sobre sua real opinião sobre os livros e as editoras. Sugere claramente, apenas, que se use o bom senso na hora de firmar parcerias.

OBS3: Percebi, com os comments, que há uma confusão entre "ser blogueiro" e "ser jornalista". Não desmereço nenhum e nem outro, mas há uma diferença clara para mim, que tratarei num outro post futuro.

59 comentários :

  1. Perfeito Talita. Bom senso sempre deverá vir em primeiro lugar. E é bom ouvir a opinião de alguém que esta nos dois lados da moeda. Ótimo post, concordo plenamente.

    Junior Nascimento
    wwwCooltureNews.com.br

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  2. Concordo plenamente com vc penso da mesma maneira PARCERIA é uma troca tem que existir o bom senso de ambos os Lados

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  3. Parabéns pelo post. Falou muito bem...
    Há resenhas negativas por toda a blogosfera... e nós nunca nos deparamos com um caso de editoras mandando emails.
    Quando vi o post no blog do Igor até me assustei, achei que era exagero da editora - isso se houve realmente uma editora responsável pelo email.
    Após ler o post decidi ler as resenhas do indivíduo. E levei um susto. Ele fala coisas absurdas, ele denigue o livro, a autora e a editora sem nenhuma vergonha na cara.
    Não me espantaria se ele recebesse mais emails o ameaçando. É absurdo a forma como ele trata os livros que ele lê. Como ele trata as editoras...

    Eu não acompanho o blog dele pois ele não tem nenhuma credibilidade pra mim e agora, depois disso, é que eu não vou mais passar por lá...

    Gostaria muito que as pessoas pensassem no post dele... e que todos que comentaram lá a favor dele, que leiam esse seu texto.

    Parabéns novamente.

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  4. Concordo com seu ponto de vista, Talita.

    Sempre achei que, mesmo não gostando do livro, dá sim pra fazer uma resenha mostrando o que gostou e não gostou, sem denegrir a imagem de ninguém, nem deixar sua opinião de lado.

    Acho que ambas as partes estão exaltadas e essa maneira de agir não vai trazer nenhum benefício a ninguém. Só perda de tempo, dinheiro e energia.

    Ótimo o seu post!

    Beijos,
    Nayá

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  5. Super concordo com tudo que você falou. Sempre que não gosto de determinado livro, procuro sempre expor minha opinião, mas de forma mais suave, nunca denegrindo a imagem do livro ou editora, sem falar no aviso prévio, que na minha opinião, tem que ser feito por todos os blogs. Esse negócio de sair metralahando tal obra porque não gostou é muita falta de respeito com a editora ou autor que cedeu o exemplar. Tento ser o mais correto possivel em minhas resenhas, mas sempre mantendo a minha verdadeira opinião, já que o que os leitores de blogs procuram são uma real visão crítica de um determinado filme, livro e essas coisa. Adorei o post, Ta. Muito bem feito e esclarecedor.

    Beijão!

    Mateus Bandeira
    "Our Vices!"

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  6. Concordo com vc Talita. O blogueiro tem que ser imparcial na hora da resenha, se gostou, fale, mas se não gostou comente só sobre a história do livro. Graças a Deus, é difícil eu pegar um livro que eu não goste.

    Beijos e continue com seu lindo blog, sucesso!

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  7. Está super certa!

    Eu também entedo que parceria seja uma forma de ajudar mutalmente ambos, o que claramente não foi feito nesse caso.

    Ótimo post, e espero que coloque algum bom senso na cabeça de alguns blogueiros por aí!

    Beijos!

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  8. O Igor foi muito infeliz em postar aquilo lá. Se ele queria se promover, conseguiu. Acredito muito que aquele e-mail seja fake. Não sou seguidora do blog dele, nunca havia lido nenhuma resenha dele salvo engano. E hoje li algumas no skoob. Ele não resenha, ele simplesmente detona quase todos os livros q lê. A opinião dele é controversa. E me admiro dele ter mais de 30 parcerias. E sim, PARCERIA tem que ser uma via de mão dupla. Você foi muito feliz com esse post Talita. Tenho saudades da blogosfera de mais ou menos 2 anos atrás. Não havia esse joguinho acirrado para se "aparecer",não havia essas intrigas. Havia poucas parcerias, poucos blogs voltados realmente para resenhar e comentar. Daí aconteceu um Bummm na blogosfera literária, surgiram meio que do nada trocentos blogs se dizendo literários, mas que na realidade, muitos deles visam somente o livrinho bonitinho na sua estante e promoções, muitas promoções, porque se você não fizer promoção, seus posts falando sobre o livro em si, fica lá, jogado às moscas...ou então você tem que fazer parte de uma panelinha para que alguns gatos pingados passem lá e deixe algum recado. Desculpe ter me estendido e ter fugido um pouco do tema. Também sou blogueira, mas sei qual é meu papel na blogosfera...mas tem uma hora que cansa...tou começando a me cansar disso tudo na realidade.

    Abraços.

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  9. Interessante ler o que você escreveu, porque mostra a visão de alguém que já esteve dos dois lados!! Essa questão do bom senso é realmente muito importante, mas a honestidade e a ética também são!
    As editoras descobriram nos blogs literários uma forma muito barata de fazer propaganda!! Os blogueiros ficam com todo o trabalho: ler os livros, escrever as resenhas, cativar o público, investir na divulgação do blog, coordenar as promoções... E a editora só precisa botar um exemplar do livro no correio e depois ficar esperando o livro vender!!
    O público do meu blog espera sinceridade e é isso o que eles tem! Minha opinião, minha ética e meu caráter valem muito mais que um exemplar de um livro!!
    Os blogueiros não trabalham para as editoras!! Se uma editora quiser que eu venda livros, que me contrate!!
    Mas é importante dizer que quem escreve uma resenha esculhambando um livro é criança e não blogueiro!! Dizer que não gostou é uma coisa, declarar ódio mortal ao livro é babaquice!!!
    Parabéns por abrir espaço para a discussão!
    beijos
    Camila

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  10. Confesso que gelei ao ver o autor do blog pedindo a sua opinião. Nos comentários da postagem dele me decepcionei ao ver muitos blogueiros, editores e autores criticando a editora sem nem ao menos ter lido a resenha.
    Penso que a editora pecou nas palavras escolhidas para usar no email(supondo que o email seja real, é claro), mas ela estava certa. O livro é um produto para as editoras e o blogueiro que não entende isso só prova que não nasceu para ser um profissional da área.
    Já resenhei livros que não gostei e não menti na resenha, apontei os pontos que me incomodaram e enalteci outros pontos positivos. Afinal, um profissonal sabe analisar bem um livro gostando dele ou não.
    Sei que minha opinião não vale muito, mas parabéns. Fiquei muito orgulhosa da sua colocação.
    Beijo.

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  11. Milhões de votos, Talita. Eu cheguei em casa hoje e me deparei com uma briga na minha timeline do twitter, quase achei graça. Acho que, mesmo que você não tenha uma parceria com a editora do livro que voce não gostou e foi resenhar, ainda sim tem que haver respeito. Existe alguém (alias, existe gente pra caramba) por trás de um livro e é uma falta de respeito terrivel com todas elas sair denegrindo o livro arbitrariamente. Acho sempre válido ser muito claro e verdareiro nas resenhas, mas com bom-senso, né. Afinal de contas, não é só por que você não gostou que mais ninguém vai gostar. É só a opnião de quem escreve, e não um fato consumado.
    Você falou tudo.
    Beijo, beijo,
    Thai Caldas.
    ~Tres Lápis~

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  12. Muito bom tópico Talita, o post ficou ótimo. Soube pelo seu post a grande discussao do LEC e fui lá dar uma olhada. Já havia visto muitos post falando da liberdade de expressao e sempre concordei : estamos livres para criticar. Entretanto, como a Danne disse, o Igor denigre. Há uma diferenca entre criticar e falar mal. Além disso, nao é só por que tem coisas ruins no livro que essas sao as únicas apontadas na resenha. Das três que li, vi pouquíssimos pontos positivos apontados. Como a editora que forneceu um exemplar vai vender com isso ? Fora a questao das parcerias, vi que ele escreveu um livro. Realmente gostaria de ver como ele se sentiria com uma resenha do perfil dele sobre a obra que escreveu. Nao acharia nada agradável.
    Respeito é bom e todo mundo gosta. Um livro com pontos ruins nao deve ser detonado em uma resenha. Como mencionado, nada custa levar o bom senso a tona na hora da resenha - além do mais, nao custa lembrar que a editora, que forneceu o livro merece respeito.

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  13. Falou bem.

    Se o blogueiro não gostou do livro pode até falar, mas com jeito, não é legal "meter o pau" no autor, e nem na editora por que o livro não te agradou. Além do mais, nenhum livro só tem pontos negativos, sempre tem alguma coisa boa que vale ressaltar na resenha para ela não ser totalmente negativa.

    Agora fica a dica pra quem odiou um livro: não fale nada.

    Na maioria das vezes, a editora não pede que você SÓ FALE BEM de um livro, você pode sim dar sua opinião, mas acrescento, com EDUCAÇÃO.

    Acho que faltou bom senso no blogueiro que fez esse auê todo em cima disso, até porque ele não é nada educado nas resenhas que ele faz...

    Obrigada pelo post Talita, espero que todos os blogueiros literários leiam e pensem a respeito.
    beijos!

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  14. Talita, concordo plenamente com o seu ponto de vista sobre parceria ser uma via de mão dupla! Aliás, como tudo na vida: sempre tem algo pra dar e algo pra receber. É fato.

    O que eu não concordo é sua opinião sobre o blogueiro não poder dizer quando não gostar de um livro. Porque uma coisa é uma resenha argumentativa, mostrando os pontos positivos e negativos de acordo com o ponto de vista de quem escreve a resenha. Outra coisa totalmente diferente e incrivelmente estúpida é denegrir a imagem do livro só pra ter algo o que falar, sem argumentos.

    Falando do exato e-mail apresentado pelo carinha que começou esse papo todo, o que eu achei absurdo foi a editora dizer que a obrigação do blogueiro apenas falar bem do livro, e que se isso não for feito o caso será levado à justiça. Não sei os desdobramentos do caso, não acompanhei, só vi alguns comentários, mas pra mim esse foi o erro da editora. Os dois lados tem seus pontos certos e errados. A editora está certíssima em cobrar uma resenha bem-feita, que não denigra a imagem da editora e do autor, afinal... tem que ter lucro, né! Mas ela não pode obrigar uma pessoa a só falar bem do livro, independente da opinião dela. E o blogueiro também está certo em não aceitar isso mas está errado no modo como ele fez pra mostrar isso, como se fosse um programa sensacionalista.

    Enfim. Comentário enorme ><
    Mas é como você disse: BOM SENSO tem que ser a palavra de ordem. Às vezes falta, né u.u

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  15. além de blogueira sou publicitária (msm não exercendo a função) e sei que todo profissional em qualquer área tem que fazer coisas que não gosta.

    Nas parcerias temos sim a liberdade de expressão, mas tbm possuímos a responsabilidade. A maioria das resenhas nós pegamos o livro que escolhemos. Logo vc tem essa escolha antes de pegar o livro e eitar uma crítica ruim. Depois, se não gostou, veja tbm os pontos positivos do livro, ali não tem nada que agrada?

    Acho que o problema ali não foi a crítica negativa, mas a forma como ele a fez. Ele destruiu o livro, ele foi curto e grosso ao fazer isso.

    Acho que bom senso é importante na hora de escrever. Não dá pra ficar floreando mas tbm não precisa destonar tudo.

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  16. Penso como vc.

    Antes de sair falando q eu apoiava o blogueiro ou a editora, eu fui procurar e ler a resenha. Fiquei pasma e horrorizada. O blogueiro acabou com o livro, com a autora e com a editora. Acredito que haja formas mais nobres de expressar sua opinião, mesmo q negativa, por um determinado assunto. Eu sou blogueira e sei que é perfeitamente possível escrever sinceramente, respaudada de fatos, sem precisar ofender a ninguém.

    Igor, como escritor, deveria pensar melhor no que escreve sobre os outros, pq tenho certeza que ao longo da carreira dele haverão pessoas que não irão gostar de seus livros e acho que ele não ficará grato a alguém q se dirija ao seu trabalho de uma forma tão desrespeitosa.

    Processo? Como editora, realmente seria dificil e desnecessário um processo, mas como autora, eu processaria. Afinal, em sua resenha, há ofensas diretas à autora.

    Lamentável que ainda existam pessoas q saiam manifestando apoio sem ao menos saber do que se trata. Não façam isso! Não se deixem usar por ninguém!!!! Senso crítico é para ser usado, sempre!

    Adorei sua opinião! Enfim, alguma coisa sensata em meio à tantos comentários absurdos!

    BjoO
    Pri
    Entre Fatos e Livros

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  17. Finalmente alguém sensato!
    rs
    Ainda bem que isso tudo acabou... eu perdi o que realmente aconteceu - so entrei na net agora, mas desde o principio achei tudo muito estranho...
    Eu, particularmente, não gostei de algumas resenhas que li lá, mas como dizem, gosto é pessoal, ha quem goste e concorde com coisas assim....
    Não dá pra só sair acusando sem saber o outro lado... Independente do que aconteça...
    Post muito esclarecedor!
    bjs

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  18. Sempre soube que o fato das editoras escolherem qualquer um para parceiro iria dar nisso.

    Há blogs com um histórico conhecido na internet. Eu, por exemplo, tenho anos em grupos de discussão de romances. Mas existe uns desconhecidos que não sei como conseguem tantas parcerias.

    O blogueiro bipolar usou palavras de baixo calão e definitavente não teve classe em sua crítica. Denegriu editora e autora, cabendo até processo de calúnia. Usou expresões como "Bolo de Merda" e disse que a autora era uma drogada. Infelizmente, ele retirou a resenha do skoob, apagou perfil no twitter e deletou seu blog.

    Tive tempo de ler algumas resenhas do blogueiro desconhecido e não tenho medo de afirmar que ele escreve mal. Como ele conseguiu tantas parcerias?

    Eu li o livro e gostei no geral. É um YA, literatura blockbuster, e assim deve ser avaliado.

    Se a editora mandou ou não esse e-mail reprovando sua resenha, eu não sei. Mas se enviou deu armas para ele aparecer mais, pois tenho certeza que quando ele divulgasse o título do livro criticado perderia todo seu apoio.

    Sempre que eu não gosto de um livro de um parceiro, eu comento na postagem da resenha e nunca tive problemas, pois faço de uma forma digna.

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  19. Parabéns pela matéria.
    A parceria além de ser uma via de mão dupla, deve ser uma via de respeito mútuo.
    Ana Flávia Abreu

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  20. Eu sempre pensei exatamente da mesma forma que você, Talita!!! Não somos obrigados a gostar de tudo o que recebemos, porém, é totalmente anti ético falar mal de um livro. Como você disse, as editoras não são obrigadas a enviar nada para ninguém, e se o fazem, é para uma divulgação. Acho muito melhor fazer uma resenha neutra, sem opinião pessoal, ou simplesmente pedir que outra pessoa o faça!
    Não sei se você se lembra de mim, do blog Plugadas, agora estou com o blog literário Por Trás das Letras, te convido a conhecê-lo: http://www.portrasdasletras.net !
    Beijos!

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  21. Talita, falou tudo. Não é preciso fingir que gostou de alguma coisa para fazer uma crítica construtiva. Tanto é que muitos blogs não gostam de inúmeros livros e não são ofensivos.

    Agora, @leitoracompulsiva, me permita discordar. A editora não fica só "esperando o livro vender". Até pq antes do livrinho chegar lindo e faceiro nas suas mãos pelos correios existe um ano de trabalho árduo e MUITO CARO para a publicação de cada título. E vamos combinar que se faz parceria pq quer (pq também é bom para o blog), e não como favor para a editora, como vc deu a entender e como muitas pessoas estão pensando hj em dia. Na verdade, para editora não faria mt diferença dar um livro de graça para o blogueiro para ele resenhar ou esperar que o blogueiro comprasse o livro de seu interesse e fizesse a resenha nontheless.
    Enfim. É uma via de mão-dupla e fico feliz com o post que a Talita escreveu. É necessário humildade dos dois lados.
    Bjos

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  22. em outras palavras, blogs literários "parceiros" não devem fazer crítica literária mas sim publicidade.

    como bem disse a profª Flora Sussekind, em outra ocasião, é a transformação da crítica em "papel de bala". sem mais.

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  23. Não sou blogueiro, sou apenas um leitor (não desse tipo de livro editado pelas editoras que você trabalha e trabalhou) mas fiquei indignado com essa postagem.

    O trabalho de blogueiros que resenham livros deve ser entendido como jornalismo cultural. Não é press-release da editora. Se o blogueiro não tem autonomia pra escrever o que quiser do livro (e dizer que o livro é um erro do começo ao fim é sim direito do blogueiro) eu, na condição de leitor, passo a acreditar que a editora não respeita o blogueiro e nem seus leitores.

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  24. Este comentário foi removido pelo autor.

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  25. Talita parabéns pelo post. Concordo com você. É uma via de mão dupla sim. E principalmente as pessoas precisam ter bom senso. Querendo ou não somos formadores de opinião. Escrever uma resenha não é tão simples como parece. Você influencia sim as pessoas. Você até pode não gostar de determinado livro, mais ao escrever a resenha você precisa ter educação e profissionalismo.

    Já li excelentes resenhas de determinados livros onde a pessoa que resenhava não gostou do livro. Às vezes resenhas negativas bem escritas atiçam a nossa curiosidade. E sempre é bom lembrar. Essa é a MINHA opinião.

    Parabéns pela iniciativa.

    Bjs

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  26. Pessoal, tive 2 semestres de jornalismo cultural na PUC, durante meu curso de graudação em jornalismo e eu posso garantir que o trabalho de blogs não é o de jornalista.

    Pra começar, a aula 1 de jornalismo ensina que toda verdade tem DOIS lados.
    E no caso do cultural, tem-se que ter, no minimo, base teórica para considerar algo bom ou ruim, e nao simplesmente seu gosto pessoal.

    Há uma confusão clara aqui entre a blogosfera e o jornalismo: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

    TODO MUNDO TEM O DIREITO DE EXPRESSAR-SE! Porém, se desejam falar mal de um produto, tenham o bom senso de fazê-lo SEM que haja uma PARCERIA com o proprietário do produto.

    Eu acho mais que todo mundo tem que falar mal de tudo! Faz parte, ajuda a crescer!

    Mas cuidado para não interpretarem de maneira incorreta o que eu escrevi acima! A minha crítica é para a atitude de querer parceria e não agir como parceiros!

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  27. Você deve ter se formado faz tempo, querida. Não reconhecer a mudança de paradigma da imprensa nos últimos anos é cegueira. "verdade" não tem dois lados porque 'verdade' é um conceito que não existe. Há várias 'verdades'. Na área cultural hoje a internet é muito mais relevante e viva do que o jornalismo tradicional. Ainda mais no mercado destes livros - que vendem bastante, mas possuem capital simbólico nulo - de literatura de consumo.

    Mas, óquei, aceito. Parceria pra vocês é 'escreva o que nós queremos ou não vamos mais subor.. digo, enviar livros pra vocês. '


    Respeito zero para com os leitores. Do blogue e dos livros editados pela editora.

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  28. Talita, concordo em parte com o que você disse. Creio que é possível sim dizer o que não gostou em um livro e ainda poder ser elegante. E vejo essas parcerias como uma análise de produto, ainda que baseada no gosto pessoal. Seria bom que todos os blogueiros deixassem claro que suas resenhas refletem sua opinião estritamente pessoal e que o fato de eles mesmos não terem gostado não quer dizer que o resto não irá gostar.
    Uma coisa que deveria ser considerada é que o blogueiro também tem um público cativo e uma certa responsabilidade com esse público. Triste é dizer que leu e gostou quando não é o que aconteceu.
    Enfim, ainda acho que, depois de toda essa confusão, o modo como essas parcerias são feitas será revisto. É aguardar para ver.

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  29. Respeito zero, na minha opinião, é agredir as editoras e os autores pelo simples fato de não terem GOSTADO disso ou daquilo.

    Novamente, enfatizo que sou total a favor da liberdade de expressão. Mas sou mais a favor ainda do bom senso.

    Vc pode mto bem publicar suas opiniões a respeito do que bem entender. Mas não ultrapasse a linha do respeito do próximo. E é sempre importante lembrar que toda ação tem uma reação.
    Se vc falar oq quer, pode acabar ouvindo o que não quer.
    E daí, então, eu pergunto: onde fica o respeito de ambos os lados nessa histórias toda?

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  30. "Seria bom que todos os blogueiros deixassem claro que suas resenhas refletem sua opinião estritamente pessoal "

    Se o fulaninho cria um blogue e assina a postagem crê-se que qualquer alfabetizado entenderá tal texto como fruto de "opinião pessoal". Ou estou acreditando demais nos leitores?

    Mas concordo com o final de seu comentário, Lilian. A criação de um público cativo depende do prestígio do blogueiro. E esse prestígio surge pela independência dele em dizer realmente o que achou de tal produto (seja livro ou bolacha recheada). Se ele passa a simplesmente elogiar qualquer livro, sua opinião passará a ser nada. As editoras precisam entender isso.
    Ter perfil no twitter não é o suficiente. As editoras precisam entender a internet. Ser chapa-branca não atraí prestígio nem leitores.

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  31. Talita, o que é 'agredir' uma editora ou um autor? Dizer que o livro é péssimo, ruim da primeira à última página...

    Será que rolava 'parceria' quando Millor Fernandes escreveu isto sobre o livro do Sarney:

    "A história do Brejal não se sustenta no todo ou em partes. No todo, porque tem um "enredo" sem a mais mínima consistência, a tentativa poética é lamentável, a de filosofia ridícula. Em partes porque, no livro, praticamente, não tem uma frase que não seja errada em si mesma ou incoerente em relação a outras mais adiante ou mais pra trás."

    Isto é "ofender" o autor, Talita?

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  32. Thiago, quando me referi a ofender ao autor, não estou usando entrelinhas não: há blogs que falam literalmente mal do autor, como o caso do próprio Lendo e Comentando que, infelizmente, saiu do ar.

    A Internet, ao contrário do que mtos pensam, não é "A tal casa da mãe Joana". As publicações, até mesmo no Twitter, devem ter responsabilidade. Já cansamos de ouvri casos que foram parar na Justiça, não é mesmo?
    Falar mal do autor é ofendê-lo ou xingá-lo literalmente.

    E não gosto de comparar medidas diferentes. Millor Fernandes, com certeza, não pediu PARCERIA à editora e nem ao Sarney. Ele fez uma crítica por conta própria.

    O caso aqui é outro: os blogs PROCURAM as editoras para PARCERIAS. Então, oq meus post sugere, é que ambos trabalhem em PARCERIA. Entende meu ponto?

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  33. Muito bem colocado o seu post, Talita, embora eu não concorde com tudo.

    Eu fui uma das pessoas que ficou indignada com suposto e-mail enviado pela editora. Acho que foi a primeira vez que me manifesto num caso desses, pois apesar de falar também de livros em meu blog, não faço parte do que é conhecido como blogosfera literária e normalmente prefiro ficar só observando.

    No caso li o post e assumi que fosse verdadeiro. Depois percebi que estava enganada e fiquei na minha pra ver onde ia dar. Agora, acho que as editoras podem aprender e melhorar com esse episódio. Por que tanta gente acreditou nele? Falarei por mim, mas acredito que eu não seja a única. As parcerias já estão sendo vistas com desconfiança há muito tempo. Acho que as editoras (em geral) não souberam administrar o crescimento da blogosfera, tem muita gente criando blog pra ganhar livro, promovendo até mesmo o que não leu e isso tira a credibilidade dos blogs sérios.

    Já recusei propostas para sortear livros que não li e que não são do meu interesse. E também já deixei de acompanhar blogs que só falavam muito bem de tudo. Claro que não precisa descer o nível e ofender, mas (boas) resenhas negativas muitas vezes instigam ainda mais a curiosidade do leitor em potencial. E todos sabemos que há autores que se sentem ofendidos e fazem escândalo por isso. Já aconteceu comigo e com uma amiga de sermos bloqueadas por uma pessoa porque criticamos a revisão de um livro. E não foi parceria, pagamos caro por ele.

    Enfim, acho que já falei demais. Espero que as editoras possam aproveitar o "incidente" para reverter a má impressão que fica em muitos leitores e tornar a blogosfera mais agradável.

    :-)

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  34. Fiquei sinceramente chocada com toda esa história do Lendo e Comentando. Lembro de uma polêmica passada envolvendo esse mesmo Igor e passei o olho por uma resenha dele: mal escrita, ofendendo pessoalmente o autor e a editora, coisa sem pé nem cabeça.

    Expliquei esse caso para um amigo de fora da blogesfera e ele logo disparou "mas então como é que ele tinha tantas parcerias e tantos parceiros?". É um caso a se pensar. Concordo que resenhas têm um poder muito grande e de faton influnciam escolhas de compras. Nesse ponto, os blogueiros devem usar de todo o bom senso para combinar respeito ao seu leitor e à editora parceira em questão.

    Quando é o caso de uma resenha muito negativa, sempre busco entrar em contato primeiro com o autor ou a editora e avisar sobre a situação. Muitas vezes, quando o cara é brasileiro, troco idéias com o autor sobre o livro para entender o que detestei na obra.

    A essa altura da história, creio que o Igor queria se promover mesmo...e bem, ele conseguiu. Caso trsite.

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  35. Taí um ponto que eu ainda não havia pensado, meninas! E acho que vcs têm TOTAL razão! vou editar o post, dando esse puxão de orelha ns editoras! Obrigada!

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  36. A questão, Talita, é que a parceria nestes termos só é boa (vc trabalha em editora ou tem 'parceria' com alguma?) pra editora e pro blogueiro. Pro leitor, é uma fraude. Se passo a acompanhar uma publicação (seja virtual como blogue ou revista on line ou impressa como jornais e revistas) acredito que a opinião de seus críticos é fundamentada, não comprada por pequenos mimos. Sabe, sem leitor a editora quebra. Somos nós a razão de existência delas, não o contrário.


    Pense no mercado destes livros que eram resenhados pelo tal blogue. Eles não são produtos de prestígio, certo? Não tem crítico famoso resenhando em jornal de grande circulação. E fora mega-sellers, não ganham o menor destaque na imprensa tradicional.

    Se eles conquistam algum público cativo, é por conta do boca a boca destes blogues. O leitor que acompanha tal blogue acredita que a opinião do blogueiro é isenta, que ela independe da parceria. Quando se desnuda essa relação, o valor simbólico da opinião do blogueiro deixa de existir. Ele deixa de ser um formador de opinião e vira apenas um divulgador de tal obra. Ninguém se arriscará a comprar algo elogiado por ele.


    Tal comportamento - se a prática relatada pela blogueira é geral - é um erro das editoras. No longo prazo, a editora que assim proceder só perderá a atenção e o respeito dos leitores.

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  37. Entendi seu ponto, Thiago. E, respondendo sua pergunta, sim, eu trabalho em editora.

    E também acho que, no fim das contas, quem sai prejudicado é o leitor.

    Mas tente olhar a editora do ponto de vista empresarial... ela abre as portas para fazer parcerias com blogs, e de repente recebe resenhas que (como citei acima) xingam os autores e usam palavrões para definir suas obras?
    É uma relação bem estranha, não acha?

    Seguindo seu raciocínio, que mto me agrada, aliás, eu acho que todo o processo de tais parcerias deve ser revisto.
    Os blos literários não param de crescer e se as medidas não forem detemrinantes agora, será impossível levar isso adiante.

    E lembrando que eu não sou contra a críticas bem construídas, sejam elas positivas ou negativas. Sou contra o sair falando mal sem o menos respeito à parceria formada!

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  38. Tem um pessoal comentando aqui que eu acho que não entendeu a questão do post da Talita.

    Ela não está falando que as pessoas são obrigadas a falar bem dos livros, ela só está falando que não precisam denegrir um livro.

    E era isso que o blog em questão estava fazendo: denegrindo.

    Falar mal todo blog fala. :)

    Então é bom interpretar as coisas antes de criticar ela.

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  39. ok, xingamento não pode mesmo. Mas a linha que separa o 'denegrir' um livro da 'crítica construtiva' é muito tênue. Eu, que sou apenas leitor (faço crítica acadêmica, dentro da universidade, então a forma e o processo é totalmente diferente), deixarei de acompanhar qualquer blogue que não tenha independência quando resenhar algum livro. A editora - se quiser prestígio e vendas maiores - deve correr o risco. Deixar livre o blogueiro.

    E sim, vejo que o blogueiro que resenha livro ocupa hoje o mesmo papel do resenhador de livros dos cadernos culturais. E digo mais, acredito que hoje a crítica não acadêmica mais interessante é feita na internet, não nos veículos impressos.

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  40. O que nos faz retornar ao tópico do BOM SENSO!
    Se o blog denegrir a imagem do livro, do autor, ou até mesmo da editor, não teria esta o direito de reclamar?

    Como disse: todo história tem dois lados, vale sempre ponderar à sensatez! :)

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  41. Thiago, tem gente que não entende que blog é opinião pessoal nem se você fizer um banner gigante, com cores berrantes e piscante. Foi por isso que falei.

    E, dependendo da crítica, eu fico até com vontade de ler pra saber se é isso mesmo.

    Quanto às editoras, creio sim ser necessária uma revisão desses conceitos. Está havendo uma confusão entre qualidade e quantidade.

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  42. Por isso que não gosto de blogs sobre livros. Se não me engano, acho que leio só um e nem é pra pegar dicas, é porque gosto dos textos mesmo. Prefiro me basear na opinião de amigos e, às vezes, nas resenhas na Amazon e no Skoob.

    Sinceramente? Não confio em blog que tem parceria. Não acredito que as pessoas vão ser de todas sinceras resenhando sobre presente. E essa coisa de "pegar leve" é censura.

    E ah, resenhas negativas me chamam muito mais atenção do que positivas. :)

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  43. Se você quer ter um blog fazendo resenhas de livros, quer receber esses livros DE GRAÇA de uma editora como forma de parceria, de fato RECEBE, o mínimo de dignidade é não fazer uma resenha totalmente depreciativa. Isso se chama sensatez.

    Se um blog quer ter a liberdade de falar muito mal de um livro, que compre ou empreste para ler.

    Além disso, como dito a cima, até um livro muito ruim pode ter pontos positivos, algum pequeno aspecto que você acha que poderia ter sido melhor explorado para tornar a obra melhor e não foi. Porque não enfatizar estes pontos, afinal isso também é crítica.

    Essa visão de que os blogs viram meio puro de propaganda, são "comprados", são isso e aquilo, é no mínimo falta de maturidade para encarar a situação olhando os dois lados.

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  44. O lado do editor é visto, do blogueiro, da parceria... mas do leitor... Como diria nosso ex-presidente... 'pro Lulinha aqui, nada'.

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  45. Como disse no fim do post...
    "Então, que tal levar de maneira literal a definição de PARCEIRA e começarmos a trabalhar como uma equipe unida, em prol do bem da leitura deste país?"

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  46. O pior é que tanto a Talita quanto o Thiago estão certos.
    MAS, pra mim a grande questão desse caso todo gira em torno das parcerias entre editoras e blogueiros. Claro que seria muito mais fácil se todos os LEITORES estivessem familiarizados com o mercado e processos editoriais, relações de empresas com blogueiros, assessoria de imprensa, analistas em mídias sociais (eu!), etc. Daí veriam que apesar de válida, a questão do leitor não é o principal aqui (sem desmerecê-lo Thiago, que aliás, tem toda a razão no que disse).

    Mas enfim, que tal um update galera? O Igor deletou o blog, deletou a conta no Twitter e foi expulso pela MTV do Valerumlivro. Defensores do blogueiro: dá pra se pensar, né?

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  47. O Tiago e a Talita estão corretíssimos, mas vamos pensar: já vi milhares de blogs resenhando negativamente um livro, mas usando BOM SENSO. Se eu recebo por parceria ou não, se não gosto, mostro o que é bom e ruim. E as vezes eu amo o livro e tenho coisas negativas a dizer. Mas agir com desrespeito é completamente diferente. Muito diferente mesmo, porque vejo blogs falando de forma desrespeitosa à uma obra só porque não bateu com o gosto dele. Mesmo se achei um LIXO - tem livro que odeio MESMO - há sempre um ponto positivo a ressaltar sobre ele. SEMPRE. Isso que faz diferença entre uma crítica negativa e denegrir imagem. As palavras que foram usadas em uma das resenhas denegriam a própria editora, autora e - porque não - os leitores que gostavam de determinado livro? Triste.
    E se fosse verdade ele não teria deletado TUDO.

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  48. Talita, ainda acho que tenho sim, o direito de não gostar do livro e publicar esse comentário. Eu não tenho o direito de denegrir imagens (do livro, do autor, da editora...). Eu posso dizer "não gostei disso ou daquilo" e não necessariamente "falar mal". As pessoas acabam confundindo as coisas.

    E digo mais. Algumas vezes, justamente aquilo que eu não gostei, poder ser algo que outra pessoa curta! Em nenhum momento - pelo menos no meu caso, com as editoras que tenho parceria - fui impedida de dar minha opinião! Ao contrário! Já me ofereceram parcerias justamente por publicar a minha opinião, de forma sincera, em uma resenha em que não gostei do livro, abandonei e disse porque o fiz (por acaso, nem era um livro de parceria).

    Agora, acho que mais importante que isso tudo sobre parceria é:

    Seria esse e-mail (esses, no caso) verdadeiro? Eu ainda acho que não. Por vários motivos (principalmente falta de credibilidade do autor), eu não acredito em nada do que ele falou ter acontecido.

    E está todo mundo agora falando sobre parcerias, editoras, ser sincero ou não, quando pra mim, o mais grave de tudo, é um monte de gente aceitando tudo isso como verdade e malhando e promovendo boicote a uma editora grande e séria que, mesmo que o email seja verdadeiro, com certeza não partiu dessa editora que estão falando.

    Acho importante as pessoas averiguarem primeiro os fatos - ouvir os dois lados - observar todos os pontos, investigar a credibilidade do autor do blog, antes de dar crédito a qq coisa que ele diga.

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  49. Talita, gostei muito mesmo do seu post! Eu prezo muito a sinceridade quando faço uma resenha, mas sempre que alguém me pede uma opinião, eu digo que a sinceridade é importante sim, mas tem algo que é ainda mais: o respeito!
    O blog, como parceiro ou não, deve lembrar de respeitar o autor a editora que trabalhou o livro. E mais do que isso, os seus próprios seguidores. Afinal de contas, eu acho muito ruim ler uma resenha que fala algo do tipo "é impossível gostar desse livro" e penso"poxa, eu gostei". A resenha fica ofensiva, como se minha opinião não valesse.
    Eu acho importante ser sincero, e pelos seus comentários entendi que você também não vê problemas nisso, mas junto com a sinceridade deve estar o respeito! Críticas negativas são boas - já comprei livros por ter ficado intrigada com a dualidade de opiniões que vi em blogs literários... O problema são as críticas ofensivas. Isso não pode ser feito, independente de parceria ou não.
    No caso citado, sem entrar em maiores detalhes, se fosse a editora ou a autora, eu ficaria ofendida tendo ou não parceria e procuraria sim os meios legais para que tal resenha difamatória fosse retirada do ar.

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  50. Talita, concordo 100% com tudo o que você citou no post. Tenho diversas parcerias com editoras e sei como é importante ter essa via de 'mão dupla', pois só assim ambos os lados saem ganhando. Conheço gente que tem parceria e também 'detona' as resenhas, fala mal mesmo, não só expõe seu ponto de vista crítico. É como se nada agradasse.
    Enfim, parceria é uma troca e nada mais justo que os dois lados se tratem com RESPEITO e BOM SENSO.
    E concordo que as editoras devem planejar melhor como as parcerias são escolhidas, pois, sem generalizar, alguns blogs são criados apenas para obter livros de graça, sem o mínimo de profissionalismo crítico.

    Beijos,
    Viciados Pela Leitura

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  51. Oi Talita, parabéns pelo seu post. Não preciso dizer muito, pois tudo já foi dito nos comentários aí acima, afinal parceria é, realmente, uma via de mão dupla, né?
    O mais curioso (e por isso faço questão de deixar meu comentário), é que o blog em questão foi tirado do ar. Tentei acessá-lo para ler a resenha da polêmica, mas...
    bjks
    sandra

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  52. Escreveu muito bem. Trocando em miúdos: se o sujeito tem o rabicó preso, não queira cantar de galo.
    Diogo Kaupatez

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  53. Hey ^^

    Ótimo post muito bem escrito e sim concordo contigo, não irei me extender de fato, pois está tudo escrito nos comments e em seu próprio post.
    Comecei a pouco tempo em meu domínio ref. Parcerias tenho o apoio de algumas Editoras, mas pra tudo devemos usar o bom senso, pelo pouco tempo recebi materiais quais avaliei em meu pessoal e não gostei, sempre deixo claro em minhas resenhas meu pessoal ao gosto e sempre tratando com muito respeito ao colocar pontos positivos e negativos ao mesmo.

    Xoxo

    :: Loma

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  54. Oi, :)

    Pois é, concordo com seu post. Embora para mim um blog que só fale bem é no mínimo esquisito e eu deixaria de visitá-lo se ele só fizesse resenhas positivas e nunca fizer uma negativa. O problema é que alguns esquecem de ser profissionais nesse momento.

    Comentei no blog dele > http://twitpic.com/3x7m3h/full realmente o que ele fez foi no mínimo muito ofensivo e pouco profissional. Existem resenhas negativas muito boas que não desvalorizam o livro, mas essa que ele escreveu, com termos baixos realmente é algo a se pensar sobre as editoras continuarem com essa linha de selecionar seus parceiros primeiro pelo número de seguidores e só depois pelas resenhas. A própria Lua de Papel (não sei se você ainda estava trabalhando lá na época), teve como o primeiro requisito para uma parceria o blog ter + de 1000 seguidores. Quantidade não é qualidade, e o Igor está aí para provar isso.

    Já fiz várias resenhas negativas de parceria, bem como positivas, e sempre tive liberdade a isso e o bom senso de tentar ser profissional em ambas. Esse episódio foi realmente lamentável (e questionável uma vez que o Igor deletou seu blog), e como eu falei, algo para as editoras pensarem.

    Beijos.

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  55. Concordo plenamente.
    Cada blogueiro, que tem parceria tem que ser adulto e ético em suas atitudes.

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  56. Muito interessante e correto!
    Os blogueiros assim como os leitores, tem o total direito de não gostar do livro. Mas tem que o bom senso e principalmente o respeito na hora de falar o que não gostou.
    Lembrando sempre, que gosto - cada um tem o seu, colocar na resenha pontos negativos e pontos positivos sempre que possíveis. Mesmo que ache que o livro não é bom, alguém vai gostar! Deixe o alguém decidir!

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  57. Ofensas ou grosserias jamais deveriam ser proferidas porque não devem fazer parte de uma critica, mas acho que o papel do blog é o de expressar a opinião sincera do autor da mesma forma que um critico - que também ganha um exemplar gratuito - o faz num jornal, numa revista, etc. Pedir que o autor do blog se silencie é demagogia da editora e, ainda, dizer que a editora oferece o livro para ouvir elogios é grosseiro também, pois transforma o blogueiro em mero propagandista e que troca a sua idéia por um simples exemplar.
    Uma critica onde se esclarece os reais motivos de não se ter gostado da obra, revela simplesmente algo que não tenha agradado a determinada pessoa e que nem por isso não vá agradar a mais ninguém. Acho que quem segue um blog não segue 100% as ideias de seu autor, mas com ele se identifica.

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  58. Creio que o maior problema das pessoas que fazem resenhas ou dão longas opiniões sobre um filme/livro/musica é que esquecem o tal 'gosto pessoal'. Tem gente que não gosta de um tema e, dificilmente, vai achar que aquilo lá ficou bom, vale a pena ser lido/visto/ouvido

    Quando a gente faz isso nessa coisa de 'parceria', imagino eu, a gente deva comentar não só levando em conta o que a gente gosta ou não gosta, deve analisar o produto como algo que vai chegar a muitas pessoas e, várias delas, com gostos diferentes.

    Eu , por exemplo, ODEIO fígado. Mas se tivesse parceria com um açougue e tivesse que escrever sobre fígado, provavelmente começaria com alguma coisa do tipo 'paladar é algo muito pessoal; o que pode fazer a alegria na mesa de uns, pode tirar a fome de outros...' antes de citar porque o fígado deve ser consumido rs

    Mais ou menos por aí.

    Mas o que não dá é pra achar que em 'parceria' só o que importa é que seja bom pros dois.
    Tem que ser honesto, mesmo que de forma não explícita, com o leitor.

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    1. Olá!
      Concordo com vc. Acho que parceria não existe só para se falar bem disso ou daquilo. Mas qual é a vantagem de se fazer parceria com alguém que corrompe sua imagem? Vc pode - e deve! - criticar de maneira construtiva. Mas sempre com o respeito digno de parceria. É uma linha tênua mto delicada... Mas a gente encontra um jeito! :)

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