A 22a. Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou na última
quinta-feira, 9 de agosto, e vai até o próximo domingo, 19 de agosto.
Eu já estive por lá três vezes e considero o suficiente para poder fazer
um balanço do que temos no maior evento literário da América Latina. E, caros
leitores, sinto decepcionar-lhes, mas não temos nada.
Nada de novo, pelo menos. Os mesmos stands, as mesmas editoras, as
mesmas atrações...
A crítica vai para o mercado editorial como um todo: caros, vocês têm
dois anos para se preparar. Custa muito serem um pouco mais criativos? Não tem
interatividade, não tem diversão. A feira está puramente de negócios e
comercial. Vendem-se livros, mas não se formam novos leitores.
As editoras e livreiros não pensam nos leitores e não têm mais o carinho
especial em cuidar da Bienal. É um descaso que incomoda.
Pontos altos:
- Vá à Bienal de metrô. Fiz o teste hoje! Da Av. Paulista à porta do
Anhembi, demorei 20 minutos. E ao descer na estação Tietê, fui surpreendida
pela organização e sinalização. Em poucos minutos já estava dentro do ônibus -
gratuito - e a caminho da Bienal.
- Palestras. Uma pena que eu não possa aproveitar mais esse lado do
evento. A programação (muito embora tenha algumas piadas prontas, que é melhor
nem comentar) está excelente e dá para aproveitar muito! Vale a pena!
Pontos baixos:
- Banheiros. Alô, São Paulo! Não dá para aceitar a imundice dos
banheiros femininos, que além de nojentos são sempre abarrotados e com filas.
Até quando, hein?
- Preços. R$ 12,00 a entrada inteira e R$ 30,00 de estacionamento é um
assalto. Um evento como a Bienal do Livro deveria ser mais acessível ao grande
público. Nesse item incluo o preço das comidas também. Tudo muito caro!!
- A falta de um espaço para descanso ou, até mesmo, para relaxar e ler. Se achar um lugar na praça de alimentação, corra e guarde-o com muito amor, porque é o único que você vai encontrar para descansar os pezinhos.
- A falta de um espaço para descanso ou, até mesmo, para relaxar e ler. Se achar um lugar na praça de alimentação, corra e guarde-o com muito amor, porque é o único que você vai encontrar para descansar os pezinhos.
- O stand da Editora Madras e suas modelos incrivelmente bonitas e
saradas, semi-nuas. Eu ia fotografar, mas poupei as meninas de mais essa
humilhação. Alô CBL! Precisa mesmo da exploração ao corpo feminino para vender
livros? É isso mesmo? Vocês já imaginaram se a moda pega? Longe de mim ser
puritana. Mas cada coisa no seu lugar. E Bienal do Livro não é espaço para esse
tipo de abordagem, de conotação de apelo sexual. Lembrando que há um grande
número de crianças que visitam o local, né? Achei vergonha alheia total e
fiquei muito satisfeita ao saber que elas não estão mais lá, desfilando de
mini-shorts e micro-top.
- Como bem lembrou a amiga Gabi Ghetti, os promotores que vendem assinaturas de revistas estão assustadores este ano. Inclusive rola uma perseguiçãozinha pelos corredores. Tenho medo disso!
- Como bem lembrou a amiga Gabi Ghetti, os promotores que vendem assinaturas de revistas estão assustadores este ano. Inclusive rola uma perseguiçãozinha pelos corredores. Tenho medo disso!
Serviço
22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Período: de 09 a 19 de agosto de 2012, das 10h às 22h
Pavilhão de Exposições do Anhembi
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1209, São Paulo, SP
Mais informações: http://www.bienaldolivrosp.com.br/