Discussões, debates, polêmicas, novidades e dicas sobre o universo literário e o mundo editorial.
31 de jul. de 2012
30 de jul. de 2012
Enfeites literários
Lembram que comentei sobre o álbum de fotos Livros e mais livros que estou montando (no Facebook e no Pinterest)? Pois bem! Não paro de receber vááárias imagens lindas!
Mas tem algumas que merecem destaque. Porque gente... é lindo demais!!
Olha isso, por exemplo: enfeites de bolo de casamento com livros! Já dá pra morrer de muito amor? <3
Para quem quiser ver mais opções, é só clicar aqui!!
Mas tem algumas que merecem destaque. Porque gente... é lindo demais!!
Olha isso, por exemplo: enfeites de bolo de casamento com livros! Já dá pra morrer de muito amor? <3
Custom Love in the Library Wedding Cake Topper
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27 de jul. de 2012
E com vocês, a Incrível Máquina de Livros
Foi instalada ontem na Praça da República, no centro da capital paulista, uma máquina que troca livros gratuitamente.
A ação faz parte do Projeto Entre no Clima da Bienal, da Câmara Brasileira do Livro (CBL). O objetivo é estimular a população a visitar a 22.ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa dia 9/8 e vai até 19/8.
A ação faz parte do Projeto Entre no Clima da Bienal, da Câmara Brasileira do Livro (CBL). O objetivo é estimular a população a visitar a 22.ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa dia 9/8 e vai até 19/8.
Batizada de Incrível Máquina de Livros, o invento consiste numa van colorida montada especificamente para a ação - troca de livros usados por novos ou seminovos.
O processo é rápido e simples: basta levar um livro em bom estado, pegar uma senha, depositá-lo em uma gaveta e apertar o botão. Após um barulho, um novo título sai da gaveta acima.
Os livros disponíveis são doados pelos parceiros e editoras que participarão da Bienal deste ano. Cada um, segundo reportagem do Estadão, doou cerca de 300 obras para o projeto.
E o melhor: se a pessoa não gostar do livro, pode pegar outra senha e retirar outro livro. São 2.800 senhas por dia. E, aparentemente, a máquina tem gosto refinado pela literatura, pois devolve livros de autoria de Gabriel Garcia Marques e Nietzsche, por exemplo, e em ótima qualidade!
A van fica na República até domingo, 29/07 e ainda não há informações sobre novos possíveis locais para estender a ação. Vamos torcer!
E aí, curtiram?
Dá tempo de todo mundo passar lá, hein?! Ótima dica pro final de semana!
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26 de jul. de 2012
[Vagas] Editora Globo contrata editor de livros
A Editora Globo está contratando um editor de livros.
O job description inclui:
O job description inclui:
- Descobrir títulos de autores brasileiros ou sugerir projetos de livros para esses autores, avaliando originais.
- Prospectar potenciais best-sellers e autores estrangeiros para publicação no Brasil, acompanhamento diário da mídia internacional (EUA e Inglaterra, jornais, revistas, sites e blogs), análise das listas dos livros mais vendidos no exterior, pesquisa no catálogo das editoras estrangeiras, leitura de originais ou de propostas de livros que ainda vão ser produzidos.
- Cuidar do planejamento e da produção editorial dos livros, sugerindo e contratando colaboradores (editores, revisores, capistas e designers), acompanhando o trabalho deles, escolhendo, junto com a diretoria, o melhor projeto gráfico e capa, decidindo texto de orelha e quarta capa para cada título e analisando quando um livro deve ser publicado.
- Analisar os títulos que temos em catálogo para melhor posicionar nossos livros no mercado, propondo novos formatos para os títulos, capas e prefácios, ações de comunicação etc., dando mídia e divulgação constante.
- Manter um contato constante com os autores, zelando pela boa relação deles com a editora e renovando os contratos com antecedência;
- Ajudar a assessoria de imprensa, o departamento de marketing e o departamento comercial, promovendo ações em sites, blogs e redes sociais para divulgar nossos livros na internet.
- Processos de Edição de Livros
- Editoração e Projeto Gráfico
- Canais de Distribuição e Marketing de Livros.
- Análise de Contratos de Direitos Autoriais.
- Ambiente Windows (Excel , Word, Power Point) e Recursos de Internet .
- Inglês fluente e espanhol, francês ou alemão em nível avançado
Editora Globo
Globo Livros
http://globolivros.globo.com/Globo Livros
Av. Jaguaré, 1485 3º andar
São Paulo - SP
CEP: 05346-902
São Paulo - SP
CEP: 05346-902
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25 de jul. de 2012
[Nelson Rodrigues] A vida como ela é...
Contei há alguns dias aqui que minha relação com Nelson Rodrigues se fortaleceu muito durante meu Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade de Jornalismo da PUC-SP.
Nelson Rodrigues virou um vício: lia durante o dia, na hora do almoço, antes de dormir, madrugada a dentro... Quando você começa a ler, é impossível parar.
Dentre todos - e olha que são muitos! - os livros do autor, nenhum outro roubou meu coração como A vida como ela é..., os pequenos contos do dia a dia do subúrbio do Rio de Janeiro, que esfrega a realidade das mentiras e hipocrisia da sociedade na nossa cara.
É uma obra atemporal e ainda presente em nossas vidas: amor, sexo, casamento, amizades, traição, suspeitas, desconfiança, certezas, morte, assassinato, dor, paixão...: tudo junto e misturado.
Recomendo a leitura e, também, para quem ficar curioso, vale dar uma xeretada no youtube e assistir os episódios selecionados, dirigidos por Daniel Filho, e que viraram série no Fantástico. O DVD está à venda e é entretenimento cultural garantido, mas pesado.
Minha recomendação é que para ler ou assistir A vida como ela é... tirem as crianças da sala!
Durante dez anos, de 1951 a 1961, Nelson Rodrigues escreveu sua coluna A vida como ela é... para o jornal Última Hora, de Samuel Wainer. Seis dias por semana, chovesse ou fizesse sol. A chuva podia ser como a do quinto ato do Rigoletto e o sol, daqueles de derreter catedrais, segundo ele.
Nelson Rodrigues virou um vício: lia durante o dia, na hora do almoço, antes de dormir, madrugada a dentro... Quando você começa a ler, é impossível parar.
Minha coleção de livros de Nelson Rodrigues |
Dentre todos - e olha que são muitos! - os livros do autor, nenhum outro roubou meu coração como A vida como ela é..., os pequenos contos do dia a dia do subúrbio do Rio de Janeiro, que esfrega a realidade das mentiras e hipocrisia da sociedade na nossa cara.
É uma obra atemporal e ainda presente em nossas vidas: amor, sexo, casamento, amizades, traição, suspeitas, desconfiança, certezas, morte, assassinato, dor, paixão...: tudo junto e misturado.
Recomendo a leitura e, também, para quem ficar curioso, vale dar uma xeretada no youtube e assistir os episódios selecionados, dirigidos por Daniel Filho, e que viraram série no Fantástico. O DVD está à venda e é entretenimento cultural garantido, mas pesado.
Minha recomendação é que para ler ou assistir A vida como ela é... tirem as crianças da sala!
Sobre A vida como ela é...
Durante dez anos, de 1951 a 1961, Nelson Rodrigues escreveu sua coluna A vida como ela é... para o jornal Última Hora, de Samuel Wainer. Seis dias por semana, chovesse ou fizesse sol. A chuva podia ser como a do quinto ato do Rigoletto e o sol, daqueles de derreter catedrais, segundo ele.
Todo dia, com uma paciência chinesa e uma imaginação demoníaca, Nelson escrevia uma história diferente. E quase sempre sobre o mesmo assunto: adultério. Desse tema tão simples e tão eterno, ele extraiu quase 2 mil histórias. Os ficcionistas que fingem se levar a sério precisam de toda uma aura de mistério para criar. Nelson dispensava esse mistério. Chegava cedinho à redação, acendia um cigarro e, na frente dos colegas, entre miríades de cafezinhos, escrevia A vida como ela é... As histórias saíam de casos que lhe contavam, da sua própria observação dos subúrbios cariocas ou das cabeludas paixões de que ele ouvira falar em criança. Mas principalmente da sua meditação sobre o casamento, o amor e o desejo.
O cenário dos contos de A vida como ela é... é o Rio de Janeiro dos anos 50. Uma cidade em que casanovas de plantão e mulheres fabulosas flertavam nos ônibus e bondes; em que poucos tinham carro, mas esse era um Buick ou um Cadillac; em que os vizinhos vigiavam-se uns aos outros; e em que maridos e mulheres viviam sob o mesmo teto com as primas e os cunhados, numa latente volúpia incestuosa.
Uma cidade em que, como não havia motéis, os encontros amorosos se davam em apartamentos emprestados por amigos — donde o pecado, de tão complicado, tornava-se uma obsessão. E uma época em que a vida sexual, para se realizar, exigia o vestido de noiva, a noite de núpcias, a lua-de-mel. E em que o casal típico — e, de certa forma, perfeito — compunha-se do marido, da mulher e do amante.
23 de jul. de 2012
SESC abre espaço para novos escritores na Bienal do Livro 2012
O Sesc-SP
participará da 22a Bienal
Internacional do Livro de São Paulo com o projeto Escritores
in Progress, que abre espaço para novos escritores
mostrarem seus trabalhos.
É uma oportunidade para esses novos talentos apresentarem
suas produções para o grande publico.
O projeto Escritores in Progress selecionará selecionados três
escritores (ficção e não-ficção) para participarem de uma mesa de debates do Salão de Ideias da Bienal, que será
mediada por Fabrício Carpinejar.
O regulamento tem por objetivo selecionar escritores
que nunca publicaram um livro, mas possuem originais e estão à espera de
uma oportunidade editorial.
Se você é um escritor inédito ou conhece algum, participe
ou indique! Afinal, essa é uma ótima oportunidade de mostrar, de verdade, seu
trabalho.
Para conferir o regulamento e mais informações, acesse: http://www.sescsp.org.br/escritores_in_progress/
O Sesc-SP também criou um hotsite especial, que entrará no ar a partir de 7 de agosto, para divulgar todo o material recebido e deixar aberto para votação do público: http://sescsp.org.br/sescnabienaldolivro/
As inscrições podem ser feitas até o dia 06 de agosto de 2012.
Informe-se, inscreva-se e não fique for a dessa!
22a Bienal Internacional do Livro de São
Paulo
De 9 a 19 de
agosto de 2012
Funcionamento
das 10h às 22h
Visitação
escolar de 13 a 17 de agosto de 2012
Pavilhão de
Exposições do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209 – São Paulo – SP)
Para mais informações: http://www.bienaldolivrosp.com.br/
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Sesc-SP na Bienal
16 de jul. de 2012
[Cursos] Gramática de Usos do Português
A Universidade do Livro (Praça da Sé, 108, Centro, São Paulo/SP) está com as inscrições abertas para o curso “Gramática de Usos do Português”.
As aulas ocorrerão de 24 a 27 de julho, das 18h às 21h. O conteúdo abordará Como está sendo usada a língua portuguesa; o texto como maior unidade de funcionamento; a integração de sintaxe, semântica e pragmática na construção do sentido; os processos de constituição do enunciado; o funcionamento das classes de palavras; e o ensino de língua a partir da vivência da linguagem.
A atividade será ministrada Doutora pela USP em Letras Clássicas, Maria Helena de Moura Neves. Inscrições e mais informações, clique aqui.
Fonte: Publishnews
14 de jul. de 2012
[Dica de outras boas leituras] Brasil consumiu quase 470 milhões de livros em 2011
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel) publicaram, na última quarta-feira, 11/07/2012, a Pesquisa de Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP).
Antes de irmos aos números divulgados à imprensa pela CBL, uma crítica: alô entidades responsáveis: 2012 e vocês ainda restringem o acesso à pesquisa apenas aos associados? Sério mesmo? Isso é bem ultrapassado. Todo mundo publica e compartilha seus números, apresentações, relatórios e tudo mais. Por exemplo, eu trabalho na Fiesp, onde houve a delicadeza e preocupação de se criar uma área no novo portal só para disponibilizar os índices, pesquisas e publicações para o público interessado. Definitivamente não é essa atitude antiquada que vai angariar associados. Vocês estão no caminho errado. #ficaadica
Abaixo, a publicação da nota enviada pela CBL com um resumo dos dados.
---
Brasil consumiu quase 470 milhões de livros em 2011
Antes de irmos aos números divulgados à imprensa pela CBL, uma crítica: alô entidades responsáveis: 2012 e vocês ainda restringem o acesso à pesquisa apenas aos associados? Sério mesmo? Isso é bem ultrapassado. Todo mundo publica e compartilha seus números, apresentações, relatórios e tudo mais. Por exemplo, eu trabalho na Fiesp, onde houve a delicadeza e preocupação de se criar uma área no novo portal só para disponibilizar os índices, pesquisas e publicações para o público interessado. Definitivamente não é essa atitude antiquada que vai angariar associados. Vocês estão no caminho errado. #ficaadica
Abaixo, a publicação da nota enviada pela CBL com um resumo dos dados.
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Brasil consumiu quase 470 milhões de livros em 2011
Pesquisa FIPE divulgada hoje (11/7), na sede da CBL recebeu grande
repercussão da mídia. A pesquisa é realizada anualmente pela sob encomenda do Sindicato Nacional dos
Editores de Livros (SNEL) e Câmara Brasileira do Livro (CBL), mostra um
crescimento de 7,2% no total de exemplares vendidos pelas editoras
brasileiras. Acompanhe alguns destaques da mídia:
As editoras brasileiras comercializaram aproximadamente 469,5 milhões de
livros em 2011, estabelecendo um novo recorde de vendas para o setor. O número
é 7,2% superior ao registrado em 2010, quando cerca de 438 milhões de
exemplares foram comercializados. Do ponto de vista do faturamento, o resultado
também foi positivo, e atingiu a casa dos R$ 4,837 bilhões – um crescimento de
7,36% sobre o ano anterior, o que, se descontada a inflação de 6,5% pelo IPCA
no período, corresponde a um aumento real de 0,81%.
No ano passado, foram publicados 58.192 títulos, que representaram um
aumento de 6,28% em relação a 2010. Do total de títulos editados em 2011,
20.405 foram de lançamentos, um crescimento de 9% em relação ao anterior. Os
números mostram que o editor continua apostando no aumento da diversidade da
oferta.
Mais baratos, os livros voltados à formação e ao aperfeiçoamento
profissional foram os que mais cresceram em produção, faturamento e vendas no
ano de 2011.
Em 2011, o subsetor de livros Científicos, Técnicos e Profissionais
(CTP) vendeu 35,8 milhões de exemplares, que se traduziram em um
faturamento de R$ 910 milhões – o aumento de, respectivamente, 38% e 23% em
relação a 2010 foi superior à variação de todos os outros segmentos.
A maior facilidade de acesso a cursos de nível superior e técnico e a
demanda do mercado por profissionais bem formados vêm alavancando a performance
desse segmento. O Censo da Educação Superior, divulgado pelo MEC em 2011, por
exemplo, mostra que, em dez anos, houve um aumento de 110% no número de
estudantes em cursos de graduação – de 3 milhões para 6,5 milhões de
brasileiros ingressaram nessa faixa de ensino no período.
O valor do preço médio do livro vendido
recua desde 2004, acumulando declínio real médio de 44,7% até 2011
O novo levantamento “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”,
com dados de 2011, revela que o preço médio do livro, computados todos os
gêneros, recuou 6,11% nas vendas das editoras ao mercado, numa queda acumulada
de 21,8% desde 2004. Descontada a inflação, significa decréscimo real no preço
médio do livro de 44,9% no período 2004-2011.
Em 2010, o preço médio do livro nas vendas ao mercado era R$ 12,94 e, no
ano passado, caiu para R$ 12,15. A desoneração do PIS e da Cofins para os
livros, medida que vigora desde 2004, somada a economia de escala alcançada com
o aumento do número de livros produzidos e a política cambial, bem como a
concorrência acirrada do mercado, permitiram a permanência da tendência de
redução no preço médio do livro.
E-books
Incluídos pela primeira vez na pesquisa
do setor editorial, os títulos digitais ainda não têm influência significativa
nos números do setor. Mais de 5.200 títulos em formato digital foram lançados
em 2011. O número equivale a aproximadamente 9% dos mais de 58 mil títulos
lançados em 2011, entre primeiras edições e reimpressões. Em relação às vendas,
o total correspondente a um faturamento próximo de R$ 870 mil.
A apresentação da pesquisa Produção e Vendas do Mercado Editorial
Brasileiro 2011 - FIPE, CBL e SNEL estará disponível aos associaodos no site da
CBL a partir de sexta-feira, 13/7.
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Pesquisa de Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro 2011
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Snel
13 de jul. de 2012
Sexta-feira 13 pela metade do preço no Sebo do Messias
Que tal uma sexta-feira 13 para aproveitar os preços imperdíveis do SEBO DO MESSIAS??
Quase todos os livros estão pela metade do preço!
Não perca tempo e corre lá: http://www.sebodomessias.com.br/
Quase todos os livros estão pela metade do preço!
Não perca tempo e corre lá: http://www.sebodomessias.com.br/
12 de jul. de 2012
[Vagas] Book Partners contrata assistente editorial
A Book Partners está contratando assistente editorial que more na região de Osasco/Barueri (SP).
Início imediato.
Para mais informações, entre em contato:
Jorge Henrique Bastos
Coordenador Editorial
Tel.: + 55 11 4772-0006
jorge.bastos@bookpartners.com. br
www.bookpartners.com.br
Início imediato.
Para mais informações, entre em contato:
Jorge Henrique Bastos
Coordenador Editorial
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jorge.bastos@bookpartners.com.
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3 de jul. de 2012
O drama dos dragões
O mercado editorial está um
tédio!
Não se fala em outra coisa se não
sobre o recall de “A dança dos dragões”, quinto e último volume da série "Crônicas de Gelo e Fogo", de George RR Martin, publicado pela Editora Leya.
O livro – extremamente esperado
pelos fãs – foi impresso sem o capítulo 26 “Soprado pelo vento”.
A Leya não percebeu o erro até
que fora alertada pelos leitores fanáticos. Numa decisão muito justa (e não
mais que obrigatória), publicou um comunicado oficial em seus canais de mídias
sociais informando que, cientes do problema, fariam um recall dos exemplares já
distribuídos nas livrarias e todos os livros já vendidos seriam devidamente
trocados por novos em perfeito estado. Veja abaixo:
Outra solução oferecida pela editora
foi disponibilizar o capítulo faltante na versão e-book, gratuita. É só acessar AQUI e sua
leitura de “A dança dos dragões” não será mais interrompida.
Se eu fosse
uma fã da série teria ficado muito brava também. Mas teria aceitado as soluções
propostas. Mesmo porque, não me restaria nada mais a fazer, correto? A editora
cometeu um erro gravíssimo e isso não está em discussão. Mas tomou as
providências necessárias para reparar os danos e ninguém sairá prejudicado.
Aliás, de acordo com a matéria
da Folha (sobre a qual tenho algumas dúvidas), o prejuízo da Leya poderá
chegar a R$ 1 milhão. Belo castigo, não?
No mundo ideal, esse problema já
seria considerado resolvido. Mas, no mundo editorial, isso virou uma novela
mexicana. Então, vou aproveitar o drama para lembrar a eterna briga leitor
fanático x editora sobre a tal “demora” para lançar os livros.
A mesma matéria da Folha citada
acima afirma que “A dança dos dragões”, um livro de 864
(OITOCENTASESESSENTAEQUATRO!!) páginas foi revisado em apenas DOIS dias:
“As 864 páginas foram traduzidas em aproximadamente seis meses, e
o processo de revisão --correção de erros e conferência da edição-- durou
apenas dois dias.”
Mas a jornalista Elisangela Roxo, que assina a matéria, não
divulgou suas fontes e a Leya não comentou esse tópico.
Acho essa uma acusação grave. Mas não impossível. Quem trabalha
(ou já trabalhou) em editora sabe da pressão diária por antecipar a grade de
lançamentos, como se o mundo realmente fosse acabar em 2012. E a pressão não é
só interna, não.
Querido leitor, desculpe dizer, mas você é um dos principais responsáveis por erros
como este. SIM! Ninguém imagina a quantidade de e-mails, cartinhas, comentários
no Facebook, Tweets e tudo mais que uma editora recebe, com tons severamente
agressivos, porque os leitores fanáticos acham um absurdo a demora para
publicar a obra X ou Y no Brasil. “Mas é só traduzir, revisar e imprimir”, uns
dizem. “Nossa, mas vocês vão publicar só
quatro volumes dessa série por ano?? Que vergonha”, outros reclamam. E assim
por diante.
Nessas horas, ninguém se preocupa com prazos insanos e trabalhos de qualidade, né? Pessoal, nosso mundo é informatizado e tecnológico, mas o trabalho de produção de um livro ainda é humano.
Dica da leitora Vitória |
Não defendo a atitude da Leya e de nenhuma editora que deixa a
pressa falar mais alto que a qualidade do livro. Mas esse caso emblemático,
envolvendo um best-seller desse porte, certamente já é um case editorial. E com ele temos que aprender as lições daquilo que
foi errado e como não devemos repetir isso. A questão é: será que essa reflexão
será feita?
Divido com vocês uma lição que aprendi trabalhando no mercado
editorial: um erro num livro não é um erro de uma pessoa só: é um erro
coletivo. E essa lição eu guardo para a vida.
Todo mundo tem sua parcela de culpa. E erros acontecem. Alguns
podem custar bem caro, como é o caso. Outros passam despercebidos. Mas em ambos
os casos, são erros coletivos. O que realmente conta no final é como se portar
diante desse erro: ignorar e tratar o leitor com descaso, ou se retratar e
arcar com a responsabilidade coletiva?
Pensem nisso e boa leitura!
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