30 de set. de 2015

Livros e maquiagem: uma combinação que dá certo

Quando estava na faculdade de jornalismo, lembro de uma vez que fomos ao JUCA, os Jogos Universitários de Comunicação e Arte. Uma noite, quando voltei para o alojamento, sempre sujo, bagunçado e bem hippie no melhor estilo PUC-SP de ser, havia uma fila de mulheres partindo da sala onde estávamos 'hospedados'. Ao chegar à origem, bastante curiosa com o que estava acontecendo, fui surpreendida. 

Lá estava ela: Vic Ceridono, maquiando um alojamento inteiro de meninas que nem pareciam gostar tanto assim de maquiagem; mas que perceberam que essa coisa bacana de se arrumar nada tem a ver com ser patricinha ou menina rica: tem a ver com gostar de sentir-se bonita e estar bem consigo mesma. Vic maquiou todas, uma a uma, sem a menor pressa e sempre com muita simpatia e paciência. 

Nunca me esqueci disso. E acho que essa foi a minha grande lição sobre o quanto a beleza, a moda e todo este universo, que para muitos parece bobagem, é realmente transformador. 

Muitas pessoas tinham um preconceito besta em relação ao jornalismo de moda, como se ele fosse menos nobre ou menos importante para o mundo. Mas Vic nunca se importou e, por ironia do destino, acabou sendo convidada para dar palestras na... PUC-SP! 

Lembro que, durante as aulas, Vic devorava todas as revistas de moda e beleza em português, inglês e francês. Desde sempre, ela sabia que queria ser jornalista de moda e, muito provavelmente, era uma das poucas entre nós que sabia o que queria desde o primeiro dia de aula.

Daí por diante ela não parou: foi trabalhar no ramo da moda, tornou-se estagiária de uma das principais jornalistas da área, criou um blog por hobbie e se tornou editora de beleza da principal revista do ramo. Hoje, arrisco dizer, ela é uma das principais influenciadoras de beleza, moda e estilo de vida. 

Mas você deve estar se perguntando por que raios este blog, sempre dedicado ao mundo editorial, está contando essa bela história de vida e sucesso de uma blogueira de moda; certo? 

O fato é que com mais de 100k likes no Facebook e mais de 300k de seguidores no Instagram; o blog Dia de Beauté é um sucesso tão grande, que Vic, a convite da Editora Paralela, publicou um livro que reúne os segredos de maquiagem da blogueira para a mulher moderna, com dicas práticas e reais, além de sugestões que abrangem a maquiagem do dia a dia até os looks de festa. Em seu primeiro livro, Dia de Beauté - Um guia de maquiagem para a vida real, Vic Ceridono faz um resumo de tudo que se precisa saber para aventurar-se no mundo de maquiagem.

E muito se engana quem acha que Vic só traz 'receitas' de como ficar bonita. O livro está lindo! Parabéns à produção, que não negou esforços na produção das fotos e nos detalhes que ajudam a leitora a entender o passo a passo de como é possível não ser dependente de maquiadores top de linhas para se sentirem bonitas e bem arrumadas. 

Eu mesma não sou a mulher mais ligada no quesito beleza, mas acreditem: as dicas da Vic salvam toda mulher de qualquer situação (o 'make nada que é tudo' que o diga: virou meu mantra de cada dia, rs!). 

O mais engraçado é que, num ano de crise econômica que tem deixado o mercado editorial bastante morno e em estado de preocupação; os blogueiros têm se destacado e feito a grande alegria dos livreiros. E Vic Ceridono não fica atrás!

Na última terça-feira, 28/09, a criadora do Dia de Beauté arrastou centenas de fãs para a Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Não estou exagerando não: a fila dava a volta em torno do terceiro andar da livraria, que estava repleta de amigos e familiares da autora, mas principalmente, de fãs, seguidoras e admiradoras do trabalho e carinho de Vic. 

Lançamento do livro 'Dia de Beauté', na Cultura do Shopping Iguatemi. Foto: Talita Camargo

Eu e Vic, do make aos livros 
Foto: Talita Camargo
E eu estava lá para prestigiar essa minha ex-colega de PUC-SP, para dar um beijo e dizer o quanto fico feliz em ver o sucesso dela; mas principalmente, para garantir o meu exemplar e o autógrafo especial, é claro! 

Mas o que eu não esperava, era ter em mãos um livro-arte do gênero da moda.

O livro é uma delicadeza do mercado editorial! Desde o relevo e as cores da capa, passando pela delicadeza da guarda, seguindo para os detalhes bem pessoais da autora; pelo prefácio assinado pela diretora de redação da Vogue Brasil, Daniela Falcão; pelas fotos muito bem escolhidas; e, principalmente, pelo conteúdo, que é de extrema qualidade.



O que se lê nas páginas belamente diagramadas, não é apenas um copy+paste do mesmo conteúdo gratuito disponível no blog, muito embora esta seja a base. É nítido como a autora pesquisou, trabalhou o conteúdo e se dedicou a este projeto, que foi muito bem editado.



Dia de Beauté - Um guia de maquiagem para a vida real prova, por todas essas qualidades, que os livros de moda, beleza e maquiagem têm o mesmo valor literário que qualquer outro livro. É, definitivamente, leitura obrigatória para todas as mulheres que se importam consigo mesmas. 

O livro de Vic Ceridono é um presente para todas nós e, também, para o mercado editorial. 

O autógrafo especial que recebi da Vic :) Foto: Talita Camargo

28 de set. de 2015

Fundadoras da Editora Pipoca contam como é ser uma editora infantil 100% digital no Brasil: 'Pra gente, o que importa é que a criança tenha a possibilidade de se aproximar da leitura para, com isso, poder desenvolver esse gosto'.

Como seria se os livros falassem, mexessem ou contassem suas próprias histórias? Como seria interagir com as árvores, pássaros e peixes das histórias infantis, entrando na história de verdade? 

Bom, essa realidade não é nada distante para Suria Scapin e Isabela Parada, fundadoras da Editora Pipoca, que nasceu com a confiança de que, dessa maneira, a literatura leva mais longe, as informações ficam mais interessantes e as aventuras na cozinha, mais divertidas!

Para celebrar o Mês das Crianças, o Blog No Mundo Editorial convidou Suria e Isabela para um bate-papo sobre essa nova forma de pensar livros infantis, 100% digital. 
A Pipoca acredita na diversão de uma boa leitura como forma de acender a imaginação infantil e proteger a infância e sua potência criadora, ajudando papel ativo da criança em seu próprio crescimento.  Por isso, seus livros têm um formato especial, que trazem mais do que textos pedagogicamente trabalhados e ilustrações elaboradas que acompanham a linha editorial; mas trazem também sons, música, imagens animadas, elementos interativos e outros elementos trazidos para enriquecer uma boa história. 

Leia abaixo a entrevista na íntegra e seja um pipoqueiro!


NO MUNDO EDITORIAL - A Pipoca é uma editora 100% digital. O que motivou vocês a apostarem nessa escolha? 
PIPOCA - Atualmente as crianças têm acesso às tecnologias portáteis muito cedo. O número de vendas de smartphones e tablets no Brasil é bastante considerável e, em tais dispositivos, o que vemos é uma farta opção de jogos e pouquíssimas opções de livros infantis. Existem livros que mais se assemelham a jogos, mas isso não supera o espaço da leitura.
Uma criança sabe quando quer brincar e quando quer ler. E sabe a diferença entre as duas atividades. Apostamos no formato digital porque acreditamos na importância da leitura, independente do suporte em que ela se dê. 

NOME - Como surgiu a ideia da Pipoca? 
PIPOCA - A ideia da Pipoca surgiu quando eu (Suria), trabalhava em uma editora de livros didáticos que estava começando a entrar na produção de paradidáticos e, então, comecei a me incomodar fortemente com os critérios de seleção dos livros, que levavam em consideração quase que somente a possibilidade de entrar em algum programa de incentivo do governo. 
Acho que as compras governamentais são uma excelente forma de movimentar o mercado e fazer com que os livros cheguem nas mãos das crianças, mas não podem ser a única opção.
Não entendia porque não poderíamos pensar em projetos digitais, por exemplo. Então, pensei que eu poderia tentar isso, publicar livros de autores nacionais que fossem produzidos independente dos editais. Para isso eu precisaria de uma pedagoga, então, chamei a Isabela.
A ideia de ser uma editora digital nasceu junto com a ideia da editora em si.

NOME - Vocês fizeram a escolha de publicar os livros em um formato específico, o E-pub3. O que difere esse formato dos outros e por que fizeram essa escolha? 
PIPOCA - Escolhemos publicar em e-pub com layout fixo. Este formato mantém a diagramação do livro (como um arquivo PDF) e permite recursos como áudio, animação e interação.
Apesar de permitir tais recursos (como um App), o arquivo continua compatível com a venda e distribuição em livrarias e bibliotecas.
Achamos muito importante que a leitura seja mantida dentro da experiência de leitura, sem transformá-la em um jogo (por mais que se incluam recursos, se eles não forem obrigatórios e forem condizentes com a história, o livro continua sendo um livro).
Além da possibilidade dos recursos, pensamos que livros infantis são tão bonitos, existe todo um trabalho de união das linguagens escrita e visual, e isso só poderia ser mantido com o layout fixo. 

NOME - Existe uma confusão entre esse tipo e publicação e os aplicativos? Pq os livros da Pipoca não são aplicativos? 
PIPOCA - Existe, sim. Escolhemos não fazer aplicativos pelos motivos expostos acima. Acreditamos que jogos e livros devam continuar sendo experiências diferentes.
Por mais que existam Apps no formato livro que preservem as características de livros, eles são encontrados no meio dos jogos e não podem ser vendidos e distribuídos pelas livrarias e bibliotecas.
Essa é uma escolha complicada, apostamos em um formato, ainda não temos como saber se fizemos a escolha certa.

NOME - Você acha que os livros da Pipoca podem ser usados nas salas de aula? Como isso seria possível? 
PIPOCA - Sim. Como qualquer outro livro, é possível que se trabalhe em sala de aula com as crianças.
É possível fazer rodas de leitura para discussões com as crianças a respeito da história ou das ilustrações, normalmente.
Mas é possível ir além disso, observando a sonoplastia e a contação da história, por exemplo, para fazer um trabalho em que as crianças narrem e produzam a sonoplastia de outros livros.
É possível usar os recursos interativos para instigar a imaginação das crianças, levando-as a tentar descobrir o que acontecerá quando se ativar este ou aquele botão interativo.
Em sala de aula o que manda é a criatividade do professor, tudo depende da maneira como cada um trabalha. Caso a ideia seja que cada criança leia autonomamente (seja sozinha ou em grupo), o iPad tem um recurso que se chama ‘Acesso Guiado’, que permite bloquear seu uso em apenas um aplicativo. Agora, imagine que legal seria, por exemplo, usar um projetor para ampliar o livro e caixas de som para amplificar o som dos recursos sonoros! É possível transformar a leitura quase num evento literário em sala de aula!
Mas, caso não seja esta a proposta, os livros da Pipoca são livros, podem ser usados tranquilamente em sala, visando o incentivo à leitura, mesmo.
São livros, apenas em outro suporte.       

NOME - Existe um acompanhamento pedagógico na edição dos livros? Funciona como nos livros físicos? 
PIPOCA - Existe, sim. Quando recebemos um original ele é avaliado editorial e pedagogicamente. 
Nós estabelecemos alguns critérios para avaliar o livro que têm base tanto nas teorias de desenvolvimento e aprendizagem (especialmente a de Vigotski), quanto nos descritores de habilidades leitoras. Com isso não vamos, de maneira nenhuma, direcionar o trabalho do autor ou do ilustrador para esta ou aquela fase da infância, mas vamos usar esses conhecimentos como ferramentas pra escolhas editoriais, como definir o melhor uso dos recursos ou a tipografia, por exemplo.
Nós pensamos que é bacana que os livros ofereçam desafios para a leitura, mas não podemos colocar uma história com uma textualidade complexa junto com ilustrações conceituais, uma fonte rebuscada e recursos em excesso!
Precisamos definir onde estarão os desafios e, para isso, temos que pensar quem será a criança leitora.
O acompanhamento pedagógico, então, segue todo o processo de produção dos livros. 

NOME - Você acredita que os livros digitais da Pipoca são capazes de substituir os livros físico, ou vocês acreditam que são coisas que podem coexistir? 
PIPOCA - Pois é, existe essa ideia de que os digitais vão substituir os impressos, mas nós não temos a menor intenção em substituir nada.
Livros físicos e digitais, no nosso entender, podem coexistir sem nenhum problema e, na verdade, isso que é o legal de existir livros digitais. Vemos que muita gente tem esse medo, vê um como ameaça do outro. 
Pra gente, o que importa é que a criança tenha a possibilidade e se aproximar da leitura para, com isso, poder desenvolver esse gosto. Tem quem vá ter mais incentivo acessando livros físicos, tem quem vá ter mais incentivo usando o meio digital e, na prática, quem gosta de um também pode gostar do outro. É aqui que entra o ponto das crianças saberem se querem ler ou jogar. 
Podemos pegar um exemplo prático. Eu (Isabela), sempre incentivei meus filhos a lerem e também sempre deixei eles usarem o iPad, guardados alguns cuidados e restrições. Com isso, hoje, de vez em quando eles pegam o aparelho para ler, de vez em quando para jogar!  Depende da vontade deles, não existe obrigação da leitura, existe o gosto por ela e o desejo (ou necessidade!) de ler, que pode ser satisfeito com livros, sejam eles digitais ou impressos.
Nós, adultos, podemos escolher em que suporte vamos ler, por que as crianças não podem? Por que temos que determinar um ou outro suporte para que elas leiam? Ler livros digitais nunca fez com que meus filhos se afastassem dos impressos, pelo contrário. Aqui em casa, às vezes uma leitura chama a outra e eles param de usar o iPad para buscar algum livro que lembraram.
Não podemos esquecer que estamos falando de uma geração que é chamada de nativos digitais! Para eles, não há fronteiras entre o ambiente digital e o analógico.

NOME - Vocês acreditam que existem pais que podem não entender que a leitura na plataforma digital não é apenas o lazer pelo lazer, mas é o mesmo que ler um livro físico? Como mudar essa cultura? 
PIPOCA - A cultura atual usa a tecnologia apenas como entretenimento, como algo que não se aprofunda. Mas nós, como sociedade, usamos a internet para nos informar, para trabalhar, para quase tudo. Por que não usar para buscar leituras que nos interessem?
Achamos que é um caminho que está sendo percorrido... Podemos pensar, por exemplo, que a maioria dos pais, hoje, incentiva os filhos a fazer pesquisas via internet (seja em trabalhos de escola ou para tirar alguma dúvida) Ainda falta bastante para conseguir chegar a essa cultura de leitura no digital sem preconceito. 
E, na verdade, nem sei se acho possível que o preconceito acabe... Mas o fato é que para quem nasceu imerso em toda essa tecnologia não tem tanto preconceito quanto nós, que passamos por um processo de transição. 
Nos parece que o único caminho para mudar essa cultura é oferecendo conteúdo, assim, quando os nativos digitais forem procurá-lo, ele estará lá. Não sei se você se lembra do começo da internet, assim, como coisa mais acessível, mas ainda bem restrita. Lembro que estávamos na escola e só o menino mais rico da sala tinha. 
Depois, todos começamos a ter... era discada... e não tinha esse conteúdo todo. Pesquisas tinham pouquíssimas fontes! Esse conteúdo foi sendo construído e, hoje, você pode passar o dia nas redes sociais ou pode visitar museus, ter acesso a livros de domínio público, etc. Vai da escolha. A maioria das pessoas passa o tempo nas redes sociais? Sim, mas isso não invalida de forma alguma os museus que disponibilizaram seus acervos para quem tiver interesse em usar a rede para outras coisas. Porque, no fim, tem espaço pra tudo.

NOME - Sobre o mercado de digitais no Brasil, vocês acreditam que haverá um boom, ou o crescimento será constante? 
PIPOCA - É uma incógnita... Nós apostamos no crescimento, sim, mas não achamos que veremos um boom. Pensamos mais em um processo do que em uma revolução.

NOME - Quais is grandes desafios de trabalhar com livros no Brasil; de trabalhar com livros infantis no Brasil?; e de trabalhar com livros digitais infantis no Brasil? 
PIPOCA – São muitos! Acho que trabalhar com livros infantis digitais no Brasil, ao menos atualmente, reúne todos esses desafios...
Não há incentivo nenhum e há lojas em que é preciso ter um cadastro na receita federal norte-americana, o que aumenta nossos gastos, já que precisamos declarar imposto (mesmo se for de isento) lá também... e, se não for isento, temos de pagar imposto.
O mercado editorial brasileiro contrata muitas obras internacionais (isso vem mudando, o que é ótimo, graças a editoras menores) então, muitas vezes, não importa o conteúdo do livro, mas quem o escreveu.
Quando falamos de infantis, isso se mostra ainda mais forte. E, quando falamos de infantis digitais, enfrentamos isso e a pressão para que o preço seja baixo (ou de graça) o que é muito difícil sendo que temos (muitos) custos de produção e temos as vendas ainda inferiores ao necessário para sustentar esse tipo de mudança nos valores. 
Além do preconceito já mencionado e, também, da dificuldade que boa parte dos adultos têm de entender onde e como se compra livros digitais.
A CEO da Pottermore falou uma coisa na feira de Bologna do ano passado que nos marcou muito: os livros digitais infantis vão começar a vender, de verdade, quando os nativos digitais tiverem filhos. Enquanto isso, são só desafios.  

NOME - Quais as perspectivas, não só dos novos títulos e do prelo, mas do ponto de vista do mercado e do que vocês esperam mesmo?
PIPOCA - Temos o oitavo livro do nosso catálogo em produção, quase pronto para ser publicado. Ele é o último da primeira leva de publicações. 
Depois, esperamos começar a fazer eventos, de forma a apresentar diretamente ao público infantil a possibilidade de leitura no digital, como mais uma coisa que eles podem fazer nos equipamentos. 
Um ponto que sempre pensamos é no tanto que os livros digitais unem o incentivo à leitura com a inclusão digital.
Daí que veio a ideia de fazer uma segunda leva de publicações (que já está em produção), com livros que vamos disponibilizar gratuitamente.

Com isso, vamos avaliando a reação das crianças aos nossos livros, vamos avaliando o mercado de livros digitais (que ainda é um mistério para todo mundo!) e vamos escrevendo e viabilizando novos projetos, porque ideia é uma coisa que não falta na nossa cabeça!  

NOME - Onde os livros da Pipoca podem ser encontrados?
PIPOCA - 
Nas seguintes lojas digitais:
  • iBooksaplicativo da Apple que funciona em iPads, iMacs ou Macbooks; neles, os nossos livros são vistos em sua concepção original, ou seja, enriquecidos com interação, sonoplastia e animações.
  • Play Livrosaplicativo do Google que funciona em tablets (iPads e Androids) e em PCs; neles, os nossos e-books são estáticos, ou seja, sem recursos de interação, sonoplastia e animação.
  • Kobo: no aplicativo da Kobo, que funcionam em tablets (iPads e Androids), os nossos livros também são estáticos. Mas, aqui, há uma informação importante para acrescentar: a Kobo trabalha tanto com aplicativo, quanto com e-readers. E-readers, têm a aparência muito semelhante à dos tablets, mas é um aparelho cuja principal função é mesmo a leitura. Os livros da Pipoca só podem ser lidos no aplicativo Kobo e não nos e-readers.
Nas seguintes bibliotecas digitais (onde os livros estão disponíveis, em versão simplificada):
  • Leiturinha Digital (exclusivamente de títulos infantis); 
  • Árvore de Livros;
  • Nuvem de Livros;
  • Claro Leitura; 
  • Oi Bookstore.
Clique aqui e conheça o catálogo completo da Pipoca! 


Editora Pipoca

23 de set. de 2015

Cinzarela a brasileira a mais famosa das princesas

Uma protagonista morena – e renomeada – atualiza o conto de Perrault, 
publicado neste mês pela Editora Poetisa

Por que se chamar Cinderela quando cinder não significa nada em português? Esta básica questão linguística foi o gatilho para uma ousadia editorial: retraduzir o clássico conto de Charles Perrault, de 1697, driblando paradigmas consolidados pela Disney e por outras tantas adaptações. 

Cinzarela é assim chamada por dormir sobre as cinzas – uma nova proposta de tradução, mais adequada à língua portuguesa, para o nome original, Cendrillon (cendre é cinza em francês). “Cinderela é um empréstimo da língua inglesa que acabou se consolidando. Acreditamos, porém, que nunca é tarde para repensar traduções”, justificam as editoras Cynthia Beatrice Costa e Juliana Bernardino, que criaram a Editora Poetisa há um ano e comemoram agora este terceiro livro. 

Morena como a maioria das meninas brasileiras, Cinzarela foi belamente ilustrada por Marcela Fehrenbach, também responsável pelo projeto gráfico. A tradução, que ousa e preserva, ao mesmo tempo, a riqueza literária de Perrault, é de Kall Sales, pesquisador de literatura de expressão francesa. 



Sobre a editora: A Poetisa é especializada na tradução esmerada de clássicos.

Título: Cinzarela e o Sapatinho de Vidro
Autor: Charles Perrault
Tradução: Kall Sales
Projeto gráfico e ilustrações: Marcela Fehrenbach
Ano: 2015, 1a edição


Preço: R$ 34,90
Número de páginas: 20
Formato: 25 x 27,8 cm
Público: A partir de 5 anos


Editora Poestisa
editorapoetisa@gmail.com (19) 2534-0043

21 de set. de 2015

Conhecendo a Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu

Mal voltei da Bienal do Livro do Rio e já embarquei para a 11a. Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu, no Paraná. 

O objetivo era acompanhar o jornalista e agora autor Paulo Henrique Amorim, que lançou recentemente o livro 'O quarto poder - Uma outra história', pela Editora Hedra. Mas uma simples viagem a trabalho ganhou um espaço especial em meu coração. 

Isso porque a discrepância entre estes dois eventos literários é gritante. Enquanto a Bienal ocupa os três pavilhões do Riocentro, a Feira de Foz se resume a um curto corredor, com poucas tendas de distribuidores e pequenos livreiros, além de sebos e saldões. 

Mas o que me impressionou foi a quantidade de visitantes que encheram aquele pequeno espaço com tanta fome de livro. 

As pessoas se arrumaram como as famílias o faziam para ir às missas aos domingos antigamente. Isso mostrou o quanto elas respeitavam o evento e, portanto, o livro. 

O clima tranquilo, com música popular brasileira ao fundo, intercalada com poemas declamados de Mario Quintana, homenageado da edição, compunham o ar de passeio em família e amigos, bastante característico do evento. 

Conversando com alguns jovens presentes por ali, eles disseram qua a falta de opções de eventos culturais na cidade e na região os fazem valorizar muito as poucas oportunidades que têm de apreciar a cultura e educação. 

Quentão de Ibisco, sem álcool,
para aquecer o frio do Sul do país.
A Feira do Livro de Foz é uma estrutura muito menor do que a minha realidade SP-Rio conhecia, mas valeu por um aprendizado bem maior. Nosso Brasil é muito maior do que podemos imaginar e é muito triste saber que as oportunidades culturais e da literatura não são as mesmas para todo o país. 

Porém, ver a alegria e orgulho daquelas pessoas, me fez entender que a vontade de sempre querer ler mais e conhecer melhor os livros, não vai deixar morrer nunca a oportunidade de o Brasil crescer e ler cada vez mais. 

Valeu, Foz do Iguaçu! 

P.S.: Para conferir mais fotos do evento, clique aqui.

18 de set. de 2015

[Cursos] Estação das Letras divulga agenda de cursos para outubro

Produção Gráfica para Editores 

Para os profissionais que atuam na área editorial se faz necessário que conceitos e aspectos da produção gráfica sejam detalhados de forma que possibilitem a produção dos trabalhos de maneira mais segura e adequada.

O profissional deve conhecer as etapas que transformam o projeto gráfico do livro em um produto acabado, o que é extremamente importante, visto que, esta é a atividade que materializa as ideias do autor.

O curso tem como objetivo oferecer uma formação fundamental a quem quer se dedicar a produção editorial, fornecendo em aulas teóricas expositivas os conceitos do processo de produção gráfica, da criação ao acabamento, demonstrando as diversas etapas do processo industrial e apresentando seus recursos.

Prof. José Jardim – Gerente-geral de Produção do Grupo Editorial Record. Fundou e dirigiu a Multimodus Editoração Eletrônica. Atuou como coordenador acadêmico e professor do Curso de Produção Gráfica do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros). Foi coordenador acadêmico e professor do Curso de Produção Gráfica e Fundamentos do Design, da PUC-Rio. É professor da cadeira de Produção Gráfica no Curso Publishing Management: o Negócio do Livro da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Serviço
Data e horário: 03 e 10/10 (sábados) | das 10h às 17h
Valor: 2x R$ 400,00
Taxa de matrícula: R$ 30,00


Oficina de Revisão e Copidesque 

O curso objetiva formar profissionais habilitados a trabalhar na área de editoração como editores de texto, copidesques e revisores de provas.
Exercícios diversos.

Prof. Alvanísio Damasceno – Jornalista; desde os anos 1980 é revisor, preparador de originais, redator e divulgador em editoras como Record e Ediouro.

Serviço 
Data e horário: De 06/10 a 24/11 (3as feiras) | das 18h45 às 20h45
Valore: 2x R$ 400,00
Taxa de matrícula: R$ 30,00


Curso Teórico e Prático de Editoração e Preparação de Originais 

A editoração e suas etapas, o livro e seus elementos: normalização, estética e padronização. Exercícios de preparação de originais com correção comentada pelo professor.
Estudos das relações entre editor e texto, editora e autor na negociação dos contratos.

Prof. Alvanísio Damasceno – Jornalista; desde os anos 1980 é revisor, preparador de originais, redator e divulgador em editoras como Record e Ediouro.

Data e horário: De 08/10 a 26/11 (5as feiras) | das 10h às 12h
Valor: 2x R$ 400,00
Taxa de matrícula: R$ 30,00


13 de set. de 2015

Sobre a Bienal do Rio 2015

Os últimos dez dias foram de frenesi no mercado editorial: a 17a. Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que ocorreu de 03 a 13 de setembro, levou milhares de visitantes ao Riocentro, que não só aproveitaram a oportunidade para sair com os mais diversos títulos debaixo dos braços, mas se encontraram com blogueiros, autores e amigos deste universo literário.


Mas já faz tempo que a Bienal do Livro é um evento igual, ano após ano, sem grandes novidades, sem nenhuma atração realmente inovadora, sem nenhuma surpresa. Faz mais de 20 anos que frequento a Bienal e, honestamente, me sinto ainda há 20 anos. Faz sentido? 

A crise transformou estandes outrora enormes; em espaços mais tímidos e que aparentavam o medo do altíssimo investimento pelo metro quadrado que, por mais que se venda bem, não paga a conta. Os brindes eram poucos e as atrações... bom, nada de novo! 

Muito embora este cenário não parece ter intimidado o público carioca que, verdade seja dita, dá um baile nos paulistas, uma vez que a fila para ingressar no evento já era notável antes mesmo da abertura oficial. 

A Bienal do Rio é melhor que a de São Paulo, mas enfrenta muitos dos mesmos problemas. A falta de sinalização, os banheiros não muito limpos e o valor absurdo da comida são alguns dos pontos que, ano após ano, só pioram e me fazem pensar a que ponto chegaremos daqui para frente. É preciso refletir e analisar que, em algum momento, é preciso brecar estes abusos. 

Para o profissional do livro, um grande problema com a falta de estrutura. Onde é que essas pessoas podem sentar e fechar bons negócios, já que o mercado editorial inteiro está ali? O grande destaque, foi o Interlivro, evento organizado pelo Publishnews. O I Encontro Internacional de Profissionais do Livro trouxe nomes da indústria editorial internacional e discutiu o futuro do livro no Brasil e no mundo. Valeu a pena! 

A Bienal do Livro tem o seu glamour e, muito embora esteja longe de ser o evento ideal, é o maior evento literário do país. E com isso, ainda atrai muitas pessoas: editores, autores, vendedores, professores, alunos e o público em geral.


Porém, todo fim de Bienal é momento de refletir e fazer um balanço geral. E o que me preocupa é entender até quando o público vai continuar lotando os enormes corredores da Bienal para ver mais do mesmo?


P.S.: Para conferir mais fotos do evento, clique aqui.


7 de set. de 2015

Independência ou... livros! Na Estante Virtual, títulos do tema podem ser encontrados com preços a partir de R$ 5,00

Para celebrar o Dia da Independência do Brasil, comemorado em 07/09, a Estante Virtual, site de venda de livros novos e usados, fez uma seleção de livros que traz aos leitores uma visão mais ampla e diferenciada sobre esse marco da história nacional.

Escrito pelo historiador Eduardo Canabrava Barreiros, o título “Itinerário da Independência” remonta com detalhes o passo a passo da independência, tendo sido reconhecido, nos anos 1970, pelo Prêmio Joaquim Nabuco, da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Para os leitores interessados em uma visão mais lúdica sobre a independência do Brasil, “A Fábula das três cores”, do escritor Ziraldo, leva o leitor a descobrir sua terra e a maneira de amá-la, exaltando a riqueza das belezas naturais e a alegria do povo brasileiro.

Já o livro “A outra história do Brasil”, do escritor e humorista brasileiro Jovane Nunes, narra – por meio de uma perspectiva diferente da que aprendemos nos livros escolares – a trajetória do Brasil desde os primórdios até os dias de hoje, passando por personagens célebres e situações intrigantes.

Na Estante Virtual (http://www.estantevirtual.com.br), os títulos podem ser encontrados com preços a partir de R$ 5,00.


3 de set. de 2015

Inovação tecnológica na Bienal do Livro RJ

Ubiqui lançará módulo exclusivo durante a rodada de negócios do maior evento literário do país



A 17ª edição da Bienal Internacional do Livro – Rio, acontecerá entre os dias 3 e 13 de setembro no Riocentro (RJ). A Ubiqui estará presente no espaço Agents & Business Center, onde acontecerá a rodada de negócio e será aberta a agentes literários, profissionais livreiros e executivos de negócios do setor de todo o mundo, com profissionais do Reino Unido, Índia, França e Itália.

A Ubiqui basicamente é uma ferramenta de cadastro para as editoras. Com seu uso é possível reduzir o tempo e custos de operação em 70%. Isso acontece porque normalmente o funcionário da editora cataloga cada livro lançada em cada livraria, um por um, o que leva muito tempo. Com a plataforma esse trabalho é feito uma vez só. Assim que o funcionário faz o cadastro único na Ubiqui, este é disparado para todas as livrarias simultaneamente, reduzindo consideravelmente tempo de operação.

A plataforma também trabalha com Gestão de Catálogo, Vendas, Direitos Autorais, Marketing. O mais novo módulo da Ubiqui é o ‘Backup na Nuvem’, criado com foco na acessibilidade e segurança para as editoras. Com memória expansível de até 1 GB por produto, os clientes armazenam em um só lugar todas as informações pertinentes às obras trabalhadas (Capa, conteúdo, ilustrações, entre outros). “Essa ação protege o acervo de eventuais problemas, facilita o acesso, pois está alocado na nuvem. Além disso, permite o acompanhamento contínuo dos arquivos de cada livro, sua versão e última data de inserção de metadados. ” – Ressalta o CEO da Ubiqui.

O lançamento do quinto módulo foi escolhido para acontecer na Bienal devido ao momento de ascensão da Ubiqui: “Temos grande expectativa para o evento, principalmente pela novidade do Backup na Nuvem, além do mais somos uma empresa nacional e a exposição acontecerá aqui. Levaremos para o mercado livreiro, uma plataforma moldada de acordo com sua demanda, capaz de reduzir os custos em 70% ” - finaliza Rafael Schaffer.

A Ubiquiestará presente no espaço Agents & Business Center durante os dias 03/09 (Das 13h às 18h) e dias 04 e 05/09 (Das 10h às 18h). A Bienal acontecerá no Riocentro - Av. Salvador Allende 6555 – Barra da Tijuca - Rio de Janeiro/RJ.


Sobre a Ubiqui: Plataforma de gestão editorial do grupo Schäffer Editorial, a Ubiqui trabalha com módulos de serviços que possibilitam a gestão de catálogos, vendas, marketing e direitos autorais. A Ubiqui atende editoras e selos como Novo Século; Talentos da Literatura Brasileira; Ágape; Figurati; Girassol; Martin Claret; Distribuidora Catavento; Primavera Editorial; Biruta; Gaivota; JH Mizuno; Baraúna; Letras Jurídicas; Voo, entre outras e uniformiza os metadados para serem enviados às principais livrarias do país. Saiba mais no site: http://www.ubiqui.com.br


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