22 de jun. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Os 30 melhores livros infantis

Em 22 de junho, o Publishnews trouxe uma matéria com a relação divulgada na Revista Crescer dos 30 melhores livros infantis.

Confiram a relação na íntegra abaixo ou clicando AQUI.

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Crescer anuncia os 30 melhores livros infantis

PublishNews - 01/06/2011 - Maria Fernanda Rodrigues
Quase a metade dos livros selecionados foi escrita por autores estrangeiros


A Revista Crescer perguntou a educadores, psicólogos, críticos, pesquisadores, livreiros, bibliotecários e a outros profissionais quais foram os 30 melhores livros editados no Brasil em 2010. Somou aqui e ali e chegou à lista anunciada na noite desta terça-feira, dia 31, em São Paulo. Dos 30, 14 são de autores estrangeiros. Destaque para os brasileiros Eva Furnari e Ilan Brenman, que emplacaram mais de um livro, e para Monica Stahel, a tradutora com mais obras na lista.
 
Editoras como a Brinque-Book, Abacatte, Projeto, Moderna, Salamandra, Companhia das Letrinhas, Global, Rocco, Peirópolis e Manati também merecem destaque porque foram elas que publicaram os livros dos escritores e ilustradores brasileiros indicados pelos jurados.
 
A revista pediu que os leitores do site também escolhessem o melhor livro e quem ganhou o voto popular foi Por que Elvis não latiu?, escrito por Robertson Frizero, ilustrado por Tayla Nicoletti e publicado pela gaúcha 8Inverso. Veja a relação completa no “Leia Mais” ou na edição da revista que já está nas bancas.
 
 
Os 30 melhores livros segundo a revista Crescer
 
O que tem dentro da sua fralda?, de Guido Van Genechten (Brinque-Book – Trad. Vânia Maria Lange)
O livro redondo, de Caulos (Rocco)
Um amor de botão, de Pauline Carlioz (Salamandra – Trad. Luciano Vieira Machado)
Uma lagarta muito comilona, de Eric Carle (Kalandraka – Trad. Miriam Gabbai)
Yumi, Annelore Parot (Companhia das Letrinhas – Trad. Eduardo Brandão)
A vida secreta das árvores, de Gita Wolf e Sirish Rao (texto) e Bhajju Shyam, Durga Bai e Ram Singh Urveti (ilustrações) (WMF Martins Fontes – Trad. Monica Stahel)
Bruxinha Zuzu, de Eva Furnari (Moderna)
O artesão, de Walter Lara (Abacatte)
Selvagem, de Roger Mello (Global)
Sombra, de Suzy Lee (Cosac Naify)
Telefone sem fio, de Ilan Brenman e Renato Moriconi (Companhia das Letrinhas)
A história do leão que não sabia escrever, de Martin Blaltscheit (WMF Martins Fontes – Trad. Monica Stahel)
A lua dentro do coco, de Sérgio Capparelli (texto) e Guazzelli (ilustrações) (Projeto)
É um livro, de Lane Smith (Companhia das Letrinhas – Trad. Júlia Moritz Schwarcz)
Margarida, de André Neves (Abacatte)
Pato! Coelho!, de Amy Krouse Rosenthal (texto) e Tom Lichtenheld (ilustrações) (Cosac Naify – Trad. Cassiano Elek Machado)
As lavadeiras fuzarqueiras, de John Yeoman (texto) e Quentin Blake (ilustrações) (Companhia das Letrinhas – Trad. Eduardo Brandão)
Gildo, de Silvana Rando (Brinque-Book)
Mamãe é um lobo, de Ilan Brenman (texto) e Gilles Eduar (ilustrações) (Brinque-Book)
Trudi e Kiki, Eva Furnari (Moderna)
Ah, se a gente não precisasse dormir!, Gertd Fehrie (texto), Desiree La Valett e David Stark (concepção) e Keith Haring (ilustrações) (Cosac Naify – Trad. Claudio Marcondes)
Dez patinhos, de Graça Lima (Companhia das Letrinhas)
Que João é esse? Que Maria é essa?, de Lalau (texto) e Laurabeatriz (ilustrações) (Companhia das Letrinhas)
Avô, conta outra vez, de José Jorge Letria (texto) e André Letria (ilustrações) (Peirópolis)
Controle remoto, Tino Freitas (texto) e Mariana Massarani (ilustrações) (Manati)
Obax, de André Neves (Brinque-Book)
Ode a uma estrela, de Pablo Neruda (texto) e Elena Odriozola (ilustrações) (Cosac Naify – Trad. Carlito Azevedo)
O que é uma criança?, Beatrice Alemagna (WMF Martins Fontes – Trad. Monica Stahel)
Sábado na livraria, Sylvie Neeman (texto) e Olivier Tallec (Cosac Naify – Trad. Cássia Silveira)
 
Escolha do leitor: Por que o Elvis não latiu?, Robertson Frizero (texto) e Tayla Nicoletti (ilustrações) (8Inverso)

21 de jun. de 2011

O papel dos blogs literários



Durante a Festa de 1 ano do Blog da Companhia, os blogueiros literários convidados (Raquel Cozer, do blog A biblioteca de Raquel, do Estadão; Sergio Rodrigues, do blog Todo Prosa, da Veja; e Flávio Moura, do blog do Instituto Moreira Sales), mediados pelo editor André Conti, colocaram em pauta um série de questões sobre os blogs literários e a literatura. 

Muitas coisas foram ditas, mas em linhas gerais, ficou claro que os logs não interferem de maneira direta na construção da literatura. Eles apenas aproximaram uma geração de escritores de uma geração de leitores. Principalmente porque a maioria dos blogs usa um tom pessoal para falar com o leitor, a primeira pessoa mesmo. Isso não só une, como aproxima o leitor do autor. 

Blogs não existem para serem webpages institucionais. Eles nasceram, justamente, para romper com essas barrerias que distanciam quem produz literatura, de quem a lê. Por isso, o papel de um editor do blog (e esse editor pode ser você mesmo, se tiver senso crítico para isso), é de extrema importância. Um editor serve para dar cara ao blog, torná-lo personalizado, e com a linguagem ideal para seu público leitor. Afinal, as redes sociais não vivem sem conteúdo e é necessário alimentar os blogs de informações relevantes o tempo todo. A questão da velocidade efêmera é quase assustadora (fique um dia inteiro sem tuitar nada e veja quantos seguidores você perde...). Uma dica boa dos blogueiros convidados no debate, é seguir blogs literários estrangeiros, para aprender com a experiência alheia. 

É bom lembrar que a internet é um ambiente hostil e cheio de riscos. Mas a participação do outro é essencial para construir um bom blog literário: não permitir comentários em posts, ou recusar todas as críticas, pode ser um tiro pela culatra. Cuidado! 

Hoje em dia, há uma inversão e mistura de papéis: o autor também é blogueiro, que também é crítico, que também é leitor... Todo mundo é um pouco de tudo. Não existem mais autoridades na internet. Num país como o Brasil, onde há pouco acesso à boa educação, os livros são caros, os cadernos de cultura são eletizados, a Academia é muito restrita... A internet torna-se a moderadora que leva o saber cultural para todos.

Isto posto, eu gostaria de abrir um debate com vcs, leitores: 

Qual a importância blog literário na visão de vocês? 

14 de jun. de 2011

[Dica de outras boas leituras] Iniciação à leitura

Em matéria publicada na Folha de S. Paulo, em 24/04/11, a psicóloga Rosely Saião publicou em sua coluna um artigo muito interessante chamado "Iniciação à leitura".



O texto trata da relação PAIS - LIVROS - FILHOS. E do papel dos pais no estímulo de leitura da criança. O artigo explica que não adianta forçar a criança a ler, mas sim tratar da leitura como algo que lhe traz amor e prazer.
É uma diferença sutil, que vale a leitura na íntegra abaixo!


Iniciação à leitura



'Criar o hábito da leitura' já perdeu o sentido. Queremos que as crianças leiam por prazer ou por costume?


CRIANÇA PODE adorar livros e histórias, desde que os adultos não atrapalhem. E como temos atrapalhado o que poderia ser uma verdadeira paixão pelos livros!
Ler é bom, precisamos formar leitores, a vida sem a literatura não teria graça, temos de incentivar o hábito da leitura nas crianças e nos jovens etc. Afirmações como essas brotam da boca de pais e de professores assim, sem mais nem menos.
Temos gosto em pegar frases e repeti-las muito, até que elas percam seu sentido, não é verdade? Assim aconteceu com essas e outras afirmações que tratam da importância da leitura na vida dos mais novos: tanto fizemos que conseguimos esvaziar o que elas dizem.
Primeiramente quero falar dessa expressão horrorosa: "Criar o hábito da leitura". Ah! Vamos aproveitar e lembrar outra semelhante: "Criar hábito de estudo".
Nós queremos que as crianças tenham prazer com livros e histórias ou queremos que adquiram um hábito?
Leitura, tanto quanto estudo, não deve ser tratada assim. Um hábito se instala e pouco -quase nada- acrescenta à vida de uma pessoa.
Já o amor, o prazer, o gosto verdadeiro pela leitura ou pelo estudo são capazes de mudar a nossa vida. Ler e estudar devem ser uma escolha, uma vontade, uma busca por algo que não se tem.
O bebê já pode ser introduzido ao mundo dos livros e da leitura. Pais e professores podem começar contando histórias e oferecendo livros para que ele manuseie, explore, se entretenha com esse objeto. E não precisa ser livro de plástico, que produza som ou coisa semelhante. Livro de verdade mesmo, de papel, com figuras bonitas e letras, encanta o bebê.
O escritor Ilan Brenman, apaixonado pela literatura, afirma que um requisito importante para iniciar as crianças no universo da leitura é a beleza do livro. Sim: uma capa bonita já chama a atenção da criança, tanto quanto as ilustrações. Aliás, muitos livros sem palavras são lidos pelas crianças com a maior atenção.
Ainda falando de bebês e crianças muito pequenas: o papel do livro, suas diferentes texturas, odores e cores também já são alvo da curiosidade delas e objeto de pesquisa concentrada.
E o que dizer de livros de histórias que crianças já conhecem e adoram -"Peter Pan" e "Alice no País das Maravilhas", por exemplo- com adaptação em "pop-up"? Imperdíveis, já que encantam crianças e adultos.
Não devemos menosprezar as crianças quando o assunto é história: elas não gostam apenas daquelas que foram escritas para as crianças. Toda a literatura, principalmente a clássica, pode ser oferecida, sem censura.
Tornar a leitura um ato obrigatório é uma dessas manias que nós adotamos com as crianças que prejudicam a descoberta que elas poderiam fazer do prazer da leitura. Tudo bem: isso pode ser feito como tarefa escolar, mas depois, bem depois de oferecer a elas a oportunidade de ler por gosto e não por obrigação, no fim do ensino fundamental, por exemplo.
Finalmente: a literatura não deve servir para moralizar a vida dos mais novos.
Nada de contar histórias que só servem para tentar "ensinar" a criança a ter bons modos, escovar os dentes etc. A educação moral e para a higiene, por exemplo, deve usar outros recursos.
Que tal um programa com seu filho? Visitar uma biblioteca ou uma livraria para procurar um livro bonito e gostoso de ler e de ouvir?
Certamente você e seus filhos irão aprender muito sobre a vida e sobre vocês mesmos nesse programa. E boa viagem!

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)

9 de jun. de 2011

25 anos de Compahia das Letras. É muita festa, minha gente!!

A Companhia das Letras comemora 25 anos e quem celebra somos nós!!
Olha que demais a programação que recebi da Diana Passy.





º Encontro Quadrinhos na Cia. abre as comemorações de 25 anos da Companhia das Letras. Conferências com Alex Ross, Amós Oz, Antonio Damásio e Ricardo Piglia fazem parte dos eventos previstos para o 2º semestre.


A editora Companhia das Letras preparou uma programação de eventos para comemorar em grande estilo os seus 25 anos, que serão completados no dia 27 de outubro de 2011. Todos os selos da editora estão envolvidos, assim como o time de funcionários, colaboradores e autores.

Em promoção especial de aniversário, a Companhia selecionou setenta títulos que terão um desconto especial de 50% em 2011. Serão dez títulos por mês que poderão ser encontrados nas principais livrarias do país.

Uma série de eventos abertos ao público irá festejar todos os selos da casa. A começar pelo selo Quadrinhos na Cia., reunimos um time de peso, recrutado por Fábio Moon e Gabriel Bá, para falar sobre o mundo das HQs. Serão quatro mesas com temas que vão da nova geração de quadrinistas até os profissionais que fazem carreira no exterior. O 1º encontro Quadrinhos na Cia. acontecerá no sábado, 21 de maio, das 11h às 21h, na Loja de Artes da Livraria CulturaConfira a programação detalhada no convite.


A Companhia das Letrinhas vai fazer a festa. O evento acontecerá em São Paulo, no Centro Cultural Rio Verde, no sábado 11 de junho, das 10h às 14h. Contação de histórias, música, teatro, oficinas, pipoca, balão, autógrafos e outras surpresas aguardam nossos pequenos leitores.

Como parte dos lançamentos de 25 anos da Companhia, será publicada uma coleção com doze títulos de autores que receberam o prêmio Nobel de Literatura. Cada volume, em capa dura e revestida de tecido, terá tiragem única de 3000 exemplares, com projeto gráfico de Raul Loureiro e Claudia Warrak. Os quatro primeiros títulos, a serem publicados em junho, são Amada, de Toni Morrison, Desonra, de J.M. Coetzee, Ossos de sépia, de Eugenio Montale e Jovens de um novo tempo despertai, de Kenzaburo Oe.

A programação continua no segundo semestre, quando estão previstas várias atividades, entre as quais um ciclo de grandes conferências em São Paulo e Rio de Janeiro, com participação dos escritores Alex RossAmós OzAntónio Damásio e Ricardo Piglia.
Os selos Claro Enigma e Cia. das Letras promoverão uma série de encontros para professores em São Paulo e Rio de Janeiro. Alberto da Costa e SilvaAna Maria MachadoDrauzio Varella são os autores que compõem o time de palestrantes.

Penguin-Companhia das Letras não poderia ficar de fora dessa programação. Nos dias 15 de agosto, 19 de  setembro e 17 de outubro às 20h30, no teatro Eva Herz, haverá leituras de obras de Lima Barreto, Machado de Assis e Joaquim Nabuco pela Cia. Livre de Teatro, dirigida por Cibele Forjaz.

Os detalhes da programação serão informados pelo nosso blog, acompanhe pelo link www.blogdacompanhia.com.br/25anos

3 de jun. de 2011

[Guest Post] O QUE MARTIN E TOLKIEN TÊM EM COMUM ALÉM DO “R. R.”?

Com a nova febre fantástica de "Crônicas de Gelo e Fogo" rolando por aí, o blog não podia deixar de comentar, né?

Para isso, ninguém melhor que o queridíssimo Thiago Ururahy (mais conhecido como @T_Hurukai), colunista da @_Fantastica. Afinal, ele já devorou todos os livros de Martin e fez uma análise bem interessante sobre o que (não) há em comum entre George R.R Martin e J. R.R. Tolkien, o grande autor de "Senhor dos Anéis", de quem ele é fã. Por isso mesmo, pôde falar com muita propriedade a respeito do assunto.

Com sugestão de título de alguém especial, Thiago fez um dos melhores textos comparativos que já li.
Cuidado com os [spoiler alert]  e boa leitura!
Espero que gostem! 

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J. R.R. Tolkien X George R.R Martin







O QUE MARTIN E TOLKIEN TÊM EM COMUM ALÉM DE “R. R.”?

“... a mais importante obra de fantasia desde que Bilbo encontrou o anel.”

Uma das frases da contracapa de Guerra dos Tronos já nos leva a um assunto bastante debatido: Martin é o novo Tolkien? É melhor? É pior? As (poucas) semelhanças existem, mas eu entendo que são fortalecidas exclusivamente pelo fato de que o público é o mesmo. Não adianta limitar a argumentação dizendo que “As Crônicas de Gelo e Fogo” é uma série adulta, diferente da magia juvenil de “O Senhor dos Anéis”. O público é exatamente o mesmo e eu explico o motivo.

A saga chega em um momento que não poderia ser mais perfeito. Os leitores fanáticos de Tolkien cresceram. Eu li Tolkien com 15 anos e, desde então, ansiava por algo que suprisse essa lacuna literária. Pois bem, George Martin escreve exatamente para esses leitores como eu, que são apaixonados pelo “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”, mas que esperam relações mais adultas entre os personagens e a história. Para nós, não basta mais um belo conto épico do bem contra o mal. Queremos ver uma linguagem mais pesada, passagens mais violentas e personagens mais ardilosos do que o velho estereótipo do herói (i.e., Aragorn).

A Guerra dos Tronos traz todos esses conceitos: intrigas, sexo, traições, mortes, perdas de entes queridos, romance e, claro, uma dose cavalar da velha e boa aventura que tanto amamos. E apenas nos dois últimos eu julgo sensata uma comparação entre os autores. “Senhor dos Anéis” apresenta um romance mais pueril e, até dado momento, platônico. “As Crônicas de Gelo e Fogo” carrega sua dose de amor sublime até a “página 2”, até porque [spoiler alert] o mais romântico dos personagens chega ao final da vida logo no início da série (no final do primeiro volume, Guerra dos Tronos,). [spoiler alert] Já com relação à aventura, temos os nossos hobbits transmutados na figura de Arya, seja com o humor providencial de Merry e Pippin ou com as dificuldades épicas sofridas por Frodo e Sam.

A partir desse ponto, esqueçam as comparações. E o motivo crucial para mim é a relação dos personagens com o leitor. Em “Senhor dos Anéis” você torce pelo bem e odeia o mal. Ponto final. A obra é grandiosa e perfeita, mas limita-se a uma linha óbvia. No livro de Martin, atire a primeira pedra quem não amou, odiou, riu e sentiu pena do mesmo personagem durante os acontecimentos. Estou falando de Tyrion Lannister, o anão. Você esperava que Robert Baratheon fosse um rei épico? Eu também. Depois você percebe que ele está mais para um porco fornicador épico.

Para mim, o último ponto forte que separa os dois livros é a condução da narrativa. Os dois dividem os capítulos em Unidades Dramáticas diferentes. Em “Senhor dos Anéis”, temos o núcleo de Frodo, o núcleo de Aragorn e o núcleo de Merry e Pippin. Em “As Crônicas de Gelo e Fogo” a coisa se torna grandiosa a ponto dos núcleos se cruzarem e voltarem a se separar mais de uma vez. Novamente, requer uma atenção maior do leitor, agora em um momento literário mundial que permite tais extravagâncias.

Concluindo, a comparação entre Tolkien e Martin só é válida porque o público envolvido pelas duas obras é o mesmo. Uma complementa a outra em um momento em que os leitores cresceram. Minha dica: dê “O Senhor dos Anéis” para seus filhos adolescentes. Garanto que alguns anos depois eles utilizarão seu primeiro salário como estagiários para comprar a série completa de “As Crônicas de Gelo e Fogo”.